segunda-feira, 10 de junho de 2013

Preciosa - Capítulo 21



Cena 1 / Fazenda de Antunes / Cada de Gumercindo / Sala / Interior / Noite
Continuação imediata da última cena do capítulo anterior.
Rayssa aos berros. João tentando acalmá-la!
João – Eu não fiz isso, me escuta!
Ele se aproxima e tenta tocá-la.
Rayssa – Não me toca!
Ela pega o telefone e disca.
João – O que você vai fazer?
Rayssa – Seu Antunes? Seu Antunes eu preciso que o senhor venha aqui, o meu pai foi morto!
João – Isso, o Antunes vai te explicar, vai explicar que eu não faria isso!
Rayssa – O seu amigo, o João, foi ele seu Antunes!
João – Não!

CORTA PARA:
Cena 2 / Fazenda de Antunes / Quarto / Interior / Noite
Antunes – O que? Acalma-se Rayssa, você não está falando coisa com coisa, eu to indo para ai!
Teresa – O que foi?
Antunes – A Rayssa disse que o Gumercindo tá morto e que foi o João!
Tereza – O que? Que absurdo!
Antunes – Eu to indo para lá!
Teresa – Eu vou junto!

Cena 3 / AMANHECE

Cena 4 / Fazenda de João / Sala / Interior / Manhã
Letícia desce as escadas, ainda com cara de sono, acabara de acordar com Rosimar lhe avisando que Antunes estava na sala.
Letícia – O que houve? Você aqui tão cedo!
Antunes – O João...
Anabele – O que aconteceu com meu pai?
Letícia – Quando acordei ele não estava mais na cama!
Antunes – Ele não dormiu aqui!
Letícia – O que aconteceu com meu marido Antunes, eu estou ficando nervosa?
Antunes – O João foi preso!
Letícia – Preso?
Anabele – Preso? Mas preso por quê?
Antunes olha para as duas, Ricardo vem descendo as escadas.
Ricardo – Quem foi preso?
Antunes – O João! Mataram o Gumercindo e o João estava na casa, sujo de sangue! E ao que tudo indica sangue do Gumercindo!
Os três se olham.

Cena 5 / Delegacia / Sala do delegado / Interior / Manhã
O policial traz Rafael algemado. Ele senta em frente ao delegado.
Santana – Tá mais calmo hoje rapaz?
Rafael balança a cabeça positivamente.
Santana – Nada como ver o sol nascer quadrado!
Rafael – Eu quero sair daqui doutor!
Santana – Não vai ser tão fácil assim meu caro, você nem réu primário é!
Rafael – Foi um acidente daquela vez!
Santana – E agora? Foi o que? Você quase matou um garoto, isso se ele ainda não vier a falecer como o ciclista do Rio de Janeiro!
Rafael – Ele me provocou, ele que começou a briga!
Santana – É muito fácil acusar alguém que não pode se defender!
Rafael – Eu to falando a verdade! Eu dei uma cantada na namorada dele e ele partiu para cima de mim, eu só me defendi!
Santana – O espancou e depois fugiu!
Rafael não responde.
Santana – O seu silêncio fala por você! Eu já colhi o depoimento da menina, vou encaminhar a denuncia ao ministério e por enquanto você continua preso aqui mesmo!
Rafael – Eu não vou sair daqui hoje?
Santana – Claro que não!
O delegado vira-se para um dos policiais.
Santana – Podem levá-lo!

Rio de Janeiro

Cena 6 / Restaurante / Salão / Interior / Manhã
Maria Célia – Então? Temos um trato?
Juiz – A senhora sabe que poderia ser presa por tentar me comprar?
Maria Célia – E o senhor sabe que jamais voltará a ver tanto dinheiro na vida!
Ele olha para o papel em que a quantia foi escrita.
Maria Célia – O senhor tem duas opções, ferrar com a vida do meu filho, colocá-lo atrás das grades por um acidente e destruir a vida dele, ou...
Ele torna a olhá-la.
Maria Célia -... Aceitar o dinheiro e tirar férias pro resto da vida!
Juiz – Eu aceito!
Ela sorri.

Cena 7 / Fazenda de Antunes / Sala / Interior / Manhã
Rayssa chora ao lado de Tereza.
Rayssa – A gente não se dava muito bem, mas ele era meu pai!
Tereza – Ô minha querida!
As duas se abraçam.
Rayssa – Primeiro a minha mãe, agora isso!
Ricardo entra, ela levanta e o abraça.
Rayssa – Meu pai Ricardo!
Ricardo – Eu soube! Vai ficar tudo bem!
Ela o abraça forte. Tereza os observa.

Cena 8 / Prédio de Adalberto / Frente / Externo / Manhã
Lavínia para em frente ao prédio.
Porteiro – Pois não?
Lavínia – O Rafael mora nesse prédio né?
Porteiro – Sim, filho do seu Adalberto!
Lavínia – Esse mesmo, será que ele se encontra? Eu precisava dar uma palavrinha com ele!
Porteiro – Não dona, ele... Não sei se eu posso contar!
Lavínia – Pode confiar, eu sou amiga dele!
Porteiro – Ele foi preso na noite passada!
Lavínia – Preso?
Ela sorri disfarçadamente.

Cena 9 / Delegacia / Cela de visita / Interior / Manhã
Letícia entra. (Diálogos em muito ritmo)
João – Que bom que você veio!
Letícia – Por que João? Por que você o matou?
João – Eu não matei ninguém!
Letícia – Você fez ameaças João, você gritou aos quatro ventos que mataria o Gumercindo!
João – Eu não fiz isso meu amor, eu juro, armaram para mim!
Letícia – Você não precisava ter feito isso, já  passou tanto tempo daquele incêndio, a gente já ia se reerguer com a venda da pedra...
João- LETÍCIA ME ESCUTA, EU NÃO FIZ ISSO!
Ela para de falar.
Letícia – Mas você estava lá João, sujo com o sangue dele, a arma tem as suas digitais!
João – Eu não fiz isso e eu preciso que você acredite em mim, eu preciso da sua ajuda para sair daqui!
Ela se aproxima e o beija.
Letícia – Se você está dizendo, mas quem armaria para você?
João – Eu não sei... Eu estou confuso com tudo isso, eu não tenho inimigos, nada faz sentido nesse momento!

Cena 10 / Fazenda de Antunes / Galpão / Interior / Manhã
Antunes – Com a morte do Gumercindo eu preciso que você tome conta do galpão, essa pedra gigantesca é muito valiosa!
Empregado – Sim senhor!
Antunes – Só precisa vigiar o local mesmo, quase ninguém sabe da pedra, mas...
Ele abre a porta e se depara com o galpão vazio. 
Antunes – O que isso? Cadê a pedra?


Fim do capítulo
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