Continuação imediata do
capítulo anterior.
Cena 1. Rua – Noite
Guilherme não percebe,
mas ultrapassa o sinal vermelho, no momento em que Fábio tá
atravessando a rua.
ANA – (gritando)
Guilherme, cuidado!
Guilherme atropela Fábio.
ANA – (gritando) Ai,
meu Deus!
Guilherme para o carro.
Ana desce pra ver Fábio.
GUILHERME - E agora,
Ana? E agora?
ANA – Agora, temos que
chamar uma ambulância!
GUILHERME – Eu não vou
ficar aqui, Ana. Não posso!
ANA – Como assim?
GUILHERME – Vão me
acusar! Eu não tive culpa! Tenho que me mandar!
ANA – Não, Guilherme,
não faz isso!
GUILHERME – Não posso
arriscar! Vamos!
ANA - Não vou. Vou ficar aqui pra ajudar.
GUILHERME - Como? Vai ficar aí? Então fica, porque eu to indo! Tchau!
ANA – (desesperada)
Guilherme, volta aqui!
Ana fica desesperada. Ela
liga pra ambulância, que em minutos chega.
Cena 2. Casa da
Família Bertollo – Sala – Noite
Alguns minutos depois do
acontecido, o telefone toca na casa de Franchesco. Mariana atende.
MARIANA – Alô!
…
MARIANA – Filha, até
que enfim você deu notícias! Estamos todos preocupados! Onde você
tá?
…
MARIANA – Ai, meu Deus!
Franchesco que chega no
meio da conversa, se desespera.
FRANCHESCO – O que
houve, Mariana? É a Ana? Onde ela tá?
Mariana ainda no
telefone...
MARIANA – E você, Ana?
Pelo amor de Deus! Você tá bem?
…
FRANCHESCO – Fala logo,
mulher!
MARIANA – (para
Franchesco) Calma, homem! Tá tudo bem com a Ana. (para Ana) Filha, é
seu pai aqui que tá apavorado. Tudo bem então. Quer que vamos pra
aí? … Tá certo! Tchau!
FRANCHESCO – O que
houve, Mariana? Pode me explicar agora?
MARIANA – Ana e
Guilherme tavam voltando da pizzaria e atropelaram um homem...
FRANCHESCO – Não! Não
pode ser! E a Ana, como tá?
MARIANA – Tá bem,
Franchesco. Não me ouviu falar? Ela tá no hospital...
FRANCHESCO – (corta) No
hospital? Vamos pra lá, agora!
MARIANA – Calma, homem!
Deixa de ser apressado! Ela foi acompanhar o homem atropelado. Tá
tudo bem com ela, mas ela vai ficar por lá pra ver como ele tá.
FRANCHESCO – Não acha
que devemos ir?
MARIANA – A Ana disse
que não precisa. Então, vamos aguardar ela chegar.
Cena 3. Favela –
Interior – Noite
Guilherme chega em casa
estressado.
CATARINA – O que houve,
meu filho? Onde você tava?
GUILHERME – Não enche,
mãe!
TONHÃO – Não fala
assim com sua mãe, moleque!
GUILHERME – Não enche
também pai!
TONHÃO – Olha aqui! Me
respeita que eu sou teu pai!
GUILHERME – Cala a
boca, velho!
Tonhão dá um tapa na
cara de Guilherme.
GUILHERME – Não
acredito que você fez isso!
CATARINA – Ai, meu
Deus! Parem com isso!
GUILHERME – Não aceito
apanhar de ninguém!
Tonelada vem do quarto.
TONELADA – O que tá
acontecendo aqui?
GUILHERME – Nada, não
se mete!
Tonelada se cala.
Guilherme vai pro quarto irritado.
CATARINA – Meu Deus, o
que aconteceu com ele?
TONELADA – Calma,
Catarina! Eu vou lá conversar com ele.
TONHÂO – Deixa ele,
Tonelada! Ele não merece que se preocupem com ele.
CATARINA – Tonhão, não
fale assim do nosso filho!
TONHÃO – Ah, cala a
boca!
Tonhão se irrita também
e sai. Tonelada conforta Catarina.
Cena 4. Casa de
Edvaldo – Sala – Noite
O telefone de Edvaldo
toca. Edvaldo vai atender.
EDVALDO – Alô!
…
EDVALDO – Quê???
…
EDVALDO – Claro! To
indo pra aí!
Edvaldo desliga o
telefone. Dorival vem do quarto.
MARCELO – O que houve,
vovô?
Edvaldo fica um pouco
receoso em explicar que o pai de Dorival sofreu um acidente.
EDVALDO
– Não se preocupa, Marcelo. Tudo vai ficar bem. A sua mãe vai vir
aqui ficar um pouco com você.
Cena
5. Paisagens da Cidade – Noite
Cena
6 – Flat de Luiza – Noite
Luiza
tomando uma champagne.
LUIZA
– Ainda vou virar a chefe daquele jornal. Franchesco Bertollo,
querido patrãozinho, seus dias na presidência estão contados! Haha
O
telefone toca.
LUIZA
– Ai, quem será o chato essa hora?
Luiza
atende.
LUIZA
– Alô! (…) Ah, é o senhor! (…) Quê? Não, nem pensar! Olha a
hora! Outra hora eu vou lá ver o chatinho, quer dizer, meu filho.
(...) Como??? To indo pra lá agora! (…) Não! Já disse que não
vou pra aí, vou pra lá direto! (…) Ah, tchau!
Luiza
desliga o telefone na cara de Edvaldo, pega suas coisas e sai.
Cena
7. Casa de Edvaldo – Sala – Noite
MARCELO
– E aí, vovô, a mamãe vai vir que horas?
EDVALDO
– Ela não vai vir hoje, Marcelo.
MARCELO
– Ué, mas o senhor disse que ela viria...
EDVALDO
– Vamos lá no seu quarto. Vou te ajudar a se arrumar e vamos sair.
MARCELO
– Vamos lá na mamãe? E o pai vai junto?
EDVALDO
– Não, Marcelo. Agora sem perguntas... vamos lá se arrumar!
Edvaldo
ajuda Marcelo a se arrumar e em minutos os dois saem em direção ao
hospital.
Cena
8 – Hospital – Sala de Espera – Noite
Ana
tá sentada esperando. O médico chega.
ANA
– E então, doutor? Como ele tá?
Congela
na expressão séria do médico.
FIM
DE CAPÍTULO.
0 comentários:
Postar um comentário