segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Superação - Capítulo 16


Continuação imediata do capítulo anterior.

Cena 1. Rua – Noite
Guilherme não percebe, mas ultrapassa o sinal vermelho, no momento em que Fábio tá atravessando a rua.
ANA – (gritando) Guilherme, cuidado!
Guilherme atropela Fábio.
ANA – (gritando) Ai, meu Deus!
Guilherme para o carro. Ana desce pra ver Fábio.
GUILHERME - E agora, Ana? E agora?
ANA – Agora, temos que chamar uma ambulância!
GUILHERME – Eu não vou ficar aqui, Ana. Não posso!
ANA – Como assim?
GUILHERME – Vão me acusar! Eu não tive culpa! Tenho que me mandar!
ANA – Não, Guilherme, não faz isso!
GUILHERME – Não posso arriscar! Vamos!
ANA - Não vou. Vou ficar aqui pra ajudar.
GUILHERME - Como? Vai ficar aí? Então fica, porque eu to indo! Tchau!
ANA – (desesperada) Guilherme, volta aqui!
Ana fica desesperada. Ela liga pra ambulância, que em minutos chega.

Cena 2. Casa da Família Bertollo – Sala – Noite
Alguns minutos depois do acontecido, o telefone toca na casa de Franchesco. Mariana atende.
MARIANA – Alô!
MARIANA – Filha, até que enfim você deu notícias! Estamos todos preocupados! Onde você tá?
MARIANA – Ai, meu Deus!
Franchesco que chega no meio da conversa, se desespera.
FRANCHESCO – O que houve, Mariana? É a Ana? Onde ela tá?
Mariana ainda no telefone...
MARIANA – E você, Ana? Pelo amor de Deus! Você tá bem?
FRANCHESCO – Fala logo, mulher!
MARIANA – (para Franchesco) Calma, homem! Tá tudo bem com a Ana. (para Ana) Filha, é seu pai aqui que tá apavorado. Tudo bem então. Quer que vamos pra aí? … Tá certo! Tchau!
FRANCHESCO – O que houve, Mariana? Pode me explicar agora?
MARIANA – Ana e Guilherme tavam voltando da pizzaria e atropelaram um homem...
FRANCHESCO – Não! Não pode ser! E a Ana, como tá?
MARIANA – Tá bem, Franchesco. Não me ouviu falar? Ela tá no hospital...
FRANCHESCO – (corta) No hospital? Vamos pra lá, agora!
MARIANA – Calma, homem! Deixa de ser apressado! Ela foi acompanhar o homem atropelado. Tá tudo bem com ela, mas ela vai ficar por lá pra ver como ele tá.
FRANCHESCO – Não acha que devemos ir?
MARIANA – A Ana disse que não precisa. Então, vamos aguardar ela chegar.

Cena 3. Favela – Interior – Noite
Guilherme chega em casa estressado.
CATARINA – O que houve, meu filho? Onde você tava?
GUILHERME – Não enche, mãe!
TONHÃO – Não fala assim com sua mãe, moleque!
GUILHERME – Não enche também pai!
TONHÃO – Olha aqui! Me respeita que eu sou teu pai!
GUILHERME – Cala a boca, velho!
Tonhão dá um tapa na cara de Guilherme.
GUILHERME – Não acredito que você fez isso!
CATARINA – Ai, meu Deus! Parem com isso!
GUILHERME – Não aceito apanhar de ninguém!
Tonelada vem do quarto.
TONELADA – O que tá acontecendo aqui?
GUILHERME – Nada, não se mete!
Tonelada se cala. Guilherme vai pro quarto irritado.
CATARINA – Meu Deus, o que aconteceu com ele?
TONELADA – Calma, Catarina! Eu vou lá conversar com ele.
TONHÂO – Deixa ele, Tonelada! Ele não merece que se preocupem com ele.
CATARINA – Tonhão, não fale assim do nosso filho!
TONHÃO – Ah, cala a boca!
Tonhão se irrita também e sai. Tonelada conforta Catarina.

Cena 4. Casa de Edvaldo – Sala – Noite
O telefone de Edvaldo toca. Edvaldo vai atender.
EDVALDO – Alô!
EDVALDO – Quê???
EDVALDO – Claro! To indo pra aí!
Edvaldo desliga o telefone. Dorival vem do quarto.
MARCELO – O que houve, vovô?
Edvaldo fica um pouco receoso em explicar que o pai de Dorival sofreu um acidente.
EDVALDO – Não se preocupa, Marcelo. Tudo vai ficar bem. A sua mãe vai vir aqui ficar um pouco com você.

Cena 5. Paisagens da Cidade – Noite

Cena 6 – Flat de Luiza – Noite
Luiza tomando uma champagne.
LUIZA – Ainda vou virar a chefe daquele jornal. Franchesco Bertollo, querido patrãozinho, seus dias na presidência estão contados! Haha
O telefone toca.
LUIZA – Ai, quem será o chato essa hora?
Luiza atende.
LUIZA – Alô! (…) Ah, é o senhor! (…) Quê? Não, nem pensar! Olha a hora! Outra hora eu vou lá ver o chatinho, quer dizer, meu filho. (...) Como??? To indo pra lá agora! (…) Não! Já disse que não vou pra aí, vou pra lá direto! (…) Ah, tchau!
Luiza desliga o telefone na cara de Edvaldo, pega suas coisas e sai.

Cena 7. Casa de Edvaldo – Sala – Noite
MARCELO – E aí, vovô, a mamãe vai vir que horas?
EDVALDO – Ela não vai vir hoje, Marcelo.
MARCELO – Ué, mas o senhor disse que ela viria...
EDVALDO – Vamos lá no seu quarto. Vou te ajudar a se arrumar e vamos sair.
MARCELO – Vamos lá na mamãe? E o pai vai junto?
EDVALDO – Não, Marcelo. Agora sem perguntas... vamos lá se arrumar!
Edvaldo ajuda Marcelo a se arrumar e em minutos os dois saem em direção ao hospital.

Cena 8 – Hospital – Sala de Espera – Noite
Ana tá sentada esperando. O médico chega.
ANA – E então, doutor? Como ele tá?

Congela na expressão séria do médico.


FIM DE CAPÍTULO.
Compartilhar:
← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário