terça-feira, 10 de setembro de 2013

Superação - Capítulo 17


Continuação imediata do capítulo anterior.

Cena 1 – Hospital – Sala de Espera – Noite
Ana tá sentada esperando. O médico chega.
ANA – E então, doutor? Como ele tá?
DOUTOR ARTHUR – O paciente passa bem. Apenas quebrou algumas costelas e teve ferimentos superficiais.
ANA – Graças a Deus!
DOUTOR ARTHUR – Ana, ele é parente seu?
ANA – Não, doutor, mas foram encontrados documentos com ele e a família já foi avisada.

Cena 2. Favela – Casa de Tonhão – Noite
CATARINA – Cadê meus remédios? Eu preciso dos meus calmantes!
TONELADA – Catarina, já disse pra não ficar tomando remédio por conta própria.
CATARINA – Mas ele receitou. Tenho a receita aqui. Quer ver?
TONELADA – Não, não precisa.
CATARINA – Com essa confusão toda aqui, eu preciso me acalmar. Ou vou surtar de vez.
TONELADA – Tá bom, Catarina! Já vi que não vai adiantar discutir, né? Mas, cuidado!

Cena 3. Hospital – Sala de Espera – Noite
Edvaldo vem correndo, com Marcelo pela mão.
ANA – Você deve ser o pai do rapaz, né?
EDVALDO – Sim. Desculpe a demora. Tivemos uns contratempos.
ANA – Tudo bem.
MARCELO – Ei, meu pai tá bem?
EDVALDO – E aí, como ele tá?
ANA – O médico teve aqui agora a pouco e disse que fora os ferimentos superficiais e algumas costelas quebradas ele tá bem.
EDVALDO – Meu Deus! E será que eu posso ver?
MARCELO – Também quero ver meu pai!
ANA – Calma. Vou ver com os médicos.
EDVALDO – A senhora é médica?
ANA – Senhorita, por favor. Não. Eu trabalho aqui na farmácia do hospital.
EDVALDO – Me desculpe.

Cena 4. Paisagens da Cidade – Noite
Paisagens da cidade ao som de Raul Seixas – Tente Outra Vez

Cena 5. Casa da Família Bertollo – Sala – Dia
MARIANA – Dorival, meu filho. To perplexa. Você hoje mais cedo parecia advinhar que alguma coisa tava acontecendo.
DORIVAL – Pois é, mãe. Eu tava preocupado que a Ana não chegava, mas não sei explicar direito o que eu sentia.
MARIANA – Filho, eu tinha essas sensações também. Te entendo!
Franchesco vem do quarto arrumado.
MARIANA – Franchesco, onde você vai essa hora?
FRANCHESCO – Vou até o hospital, pra me certificar que tá tudo bem.
MARIANA – Franchesco, eu já disse que tá tudo bem com a Ana.
FRANCHESCO – Eu sei, mas quero ir até lá.
MARIANA – Então vamos junto! Você fica bem aí, Dorival?
DORIVAL – Eu também vou, mãe!
FRANCHESCO – Então vamos logo!

Cena 6. Favela – Casa de Tonhão – Quarto de Guilherme - Noite
Guilherme deitado na cama, irritado.
GUILHERME – Isso não vai ficar assim! Ana, isso que você fez hoje comigo vai ter volta!
Guilherme pega uma foto de Ana.
GUILHERME – E não é só você, Ana. Aquela sua família metida a besta vai me pagar. Aquele jornal ainda vai ser meu!

Cena 7. Hospital – Sala de Espera – Noite
Edvaldo, Marcelo e Ana estão aguardando o médico vir com mais notícias.
EDVALDO – E então, quer dizer que você trabalha aqui? Meu filho também.
ANA – Sério? Bem que aquele rosto dele não me era estranho.
MARCELO – Meu pai é policial.
EDVALDO – O Fábio é segurança aqui do hospital. Vocês já devem ter se visto.
ANA – Pode ser, mas como sou meio distraída... haha
Nesse momento, Luiza chega.
EDVALDO – Luiza?
MARCELO – Mãe?
LUIZA – Desculpem a demora. Como tá o Fábio?
ANA – Ele tá bem. Logo o médico vai trazer mais notícias, mas apenas quebrou algumas costelas.
LUIZA – Ei Edvaldo, quem é essa vadia aqui? Por acaso é alguma amante do Fábio?

Congela na cara de espanto de Ana.


FIM DE CAPÍTULO.
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