Continuação imediata do
capítulo anterior.
Cena 1 – Hospital –
Sala de Espera – Noite
Ana tá sentada
esperando. O médico chega.
ANA – E então, doutor?
Como ele tá?
DOUTOR ARTHUR – O
paciente passa bem. Apenas quebrou algumas costelas e teve ferimentos
superficiais.
ANA – Graças a Deus!
DOUTOR ARTHUR – Ana,
ele é parente seu?
ANA – Não, doutor, mas
foram encontrados documentos com ele e a família já foi avisada.
Cena 2. Favela –
Casa de Tonhão – Noite
CATARINA – Cadê meus
remédios? Eu preciso dos meus calmantes!
TONELADA – Catarina, já
disse pra não ficar tomando remédio por conta própria.
CATARINA – Mas ele
receitou. Tenho a receita aqui. Quer ver?
TONELADA – Não, não
precisa.
CATARINA – Com essa
confusão toda aqui, eu preciso me acalmar. Ou vou surtar de vez.
TONELADA – Tá bom,
Catarina! Já vi que não vai adiantar discutir, né? Mas, cuidado!
Cena 3. Hospital –
Sala de Espera – Noite
Edvaldo vem correndo, com
Marcelo pela mão.
ANA – Você deve ser o
pai do rapaz, né?
EDVALDO – Sim. Desculpe
a demora. Tivemos uns contratempos.
ANA – Tudo bem.
MARCELO – Ei, meu pai
tá bem?
EDVALDO – E aí, como
ele tá?
ANA – O médico teve
aqui agora a pouco e disse que fora os ferimentos superficiais e
algumas costelas quebradas ele tá bem.
EDVALDO – Meu Deus! E
será que eu posso ver?
MARCELO – Também quero
ver meu pai!
ANA – Calma. Vou ver
com os médicos.
EDVALDO – A senhora é
médica?
ANA – Senhorita, por
favor. Não. Eu trabalho aqui na farmácia do hospital.
EDVALDO – Me desculpe.
Cena 4. Paisagens da
Cidade – Noite
Paisagens da cidade ao
som de Raul Seixas – Tente Outra Vez
Cena 5. Casa da
Família Bertollo – Sala – Dia
MARIANA – Dorival, meu
filho. To perplexa. Você hoje mais cedo parecia advinhar que alguma
coisa tava acontecendo.
DORIVAL – Pois é, mãe.
Eu tava preocupado que a Ana não chegava, mas não sei explicar
direito o que eu sentia.
MARIANA – Filho, eu
tinha essas sensações também. Te entendo!
Franchesco vem do quarto
arrumado.
MARIANA – Franchesco,
onde você vai essa hora?
FRANCHESCO – Vou até o
hospital, pra me certificar que tá tudo bem.
MARIANA – Franchesco,
eu já disse que tá tudo bem com a Ana.
FRANCHESCO – Eu sei,
mas quero ir até lá.
MARIANA – Então vamos
junto! Você fica bem aí, Dorival?
DORIVAL – Eu também
vou, mãe!
FRANCHESCO – Então
vamos logo!
Cena 6. Favela –
Casa de Tonhão – Quarto de Guilherme - Noite
Guilherme deitado na
cama, irritado.
GUILHERME – Isso não
vai ficar assim! Ana, isso que você fez hoje comigo vai ter volta!
Guilherme pega uma foto
de Ana.
GUILHERME – E não é
só você, Ana. Aquela sua família metida a besta vai me pagar.
Aquele jornal ainda vai ser meu!
Cena 7. Hospital –
Sala de Espera – Noite
Edvaldo, Marcelo e Ana
estão aguardando o médico vir com mais notícias.
EDVALDO – E então,
quer dizer que você trabalha aqui? Meu filho também.
ANA – Sério? Bem que
aquele rosto dele não me era estranho.
MARCELO – Meu pai é
policial.
EDVALDO – O Fábio é
segurança aqui do hospital. Vocês já devem ter se visto.
ANA – Pode ser, mas
como sou meio distraída... haha
Nesse momento, Luiza
chega.
EDVALDO – Luiza?
MARCELO – Mãe?
LUIZA – Desculpem a
demora. Como tá o Fábio?
ANA – Ele tá bem. Logo
o médico vai trazer mais notícias, mas apenas quebrou algumas
costelas.
LUIZA – Ei Edvaldo,
quem é essa vadia aqui? Por acaso é alguma amante do Fábio?
Congela na cara de
espanto de Ana.
FIM DE CAPÍTULO.
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