quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Superação - Capítulo 18


Continuação imediata do capítulo anterior.

Cena 1. Hospital – Sala de Espera – Noite
Nesse momento, Luiza chega.
EDVALDO – Luiza?
MARCELO – Mãe?
LUIZA – Desculpem a demora. Como tá o Fábio?
ANA – Ele tá bem. Logo o médico vai trazer mais notícias, mas apenas quebrou algumas costelas.
LUIZA – Ei Edvaldo, quem é essa vadia aqui? Por acaso é alguma amante do Fábio?
ANA – Quem é vadia aqui?
LUIZA – Quem será?
Luiza agarra Ana pelos cabelos. As duas começam a brigar. Edvaldo rapidamente dá um jeito de separar a briga.
MARCELO – Mãe!!!
EDVALDO – Luiza! Para já com isso! Respeita a moça!
LUIZA – Eu não tenho que respeitar ninguém aqui! Eu é que devo ser respeitada! Onde já se viu, eu chegar aqui e encontrar outra esperando pelo meu marido!
ANA – Me desculpe. Eu não sabia que ele era casado. Só vim ajudar, fiquei preocupada com o rapaz...
MARCELO – Meu pai e minha mãe não são mais casados. Se separaram.
LUIZA – Cala a boca, moleque! Ninguém te chamou na conversa!
MARCELO – (tímido) Desculpa mãe.
EDVALDO – Não, Marcelo. Não tem que se desculpar por nada! Quem deve um pedido de desculpas aqui é a sua mãe, para a Ana.
LUIZA – Eu? Nunca!
ANA – Não precisa, eu entendo...
EDVALDO – Faço questão! Anda, Luiza! Peça desculpas!
LUIZA – Eu não! Quer saber? Volto outra hora! Tchau!
Luiza sai, deixando Edvaldo sem jeito.
EDVALDO – Ana, me desculpe pelos modos da Luiza.
MARCELO – Não liga. Minha mãe é sempre assim.

Cena 2. Rua – Carro de Franchesco – Noite
Franchesco andando rápido em direção ao hospital.
DORIVAL – Pai, anda devagar!
MARIANA – É, Franchesco! Ouve o Dorival. Por enquanto não tem ninguém da família ferido. Não quer que sejamos nós, né?
Franchesco diminui um pouco a velocidade.
FRANCHESCO – Desculpem. É que to um pouco nervoso.
DORIVAL – Pai, a mãe já disse que tá tudo bem com a Ana. Não precisa se preocupar.
FRANCHESCO – Tá bom, filho!

Cena 3. Favela – Casa de Tonhão – Quarto de Guilherme – Noite
Guilherme ainda irritado, com a foto de Ana nas mãos. Tonelada entra.
TONELADA – Guilherme, posso entrar?
GUILHERME – Que é, Tonelada?
TONELADA – Queria só conversar um pouquinho. Podemos?
GUILHERME – Não quero saber de sermão. Hoje eu to irritado.
TONELADA – Baixa a guarda, Guilherme. Não vou te dar sermão.
GUILHERME – Tá bom. Que você quer?
TONELADA – Bonita sua namorada nessa foto.
GUILHERME – É. A Ana é muito linda mesmo.
TONELADA – Tem bom gosto hein! Podia me apresentar a mãe dela, né? Haha
GUILHERME – Esquece, cara. Ela é casada. O pai dela é dono do jornal Bertollo.
TONELADA – Era brincadeira. Haha
Guilherme sorri.
TONELADA – Bom ver você sorrindo, Guilherme. Parecia meio triste quando chegou. Posso ajudar?
GUILHERME – Ah, tive um desentendimento aí com a Ana.
TONELADA – Relaxa, Guilherme. De cabeça quente você não resolveria nada. Amanhã cê vai lá e conversa com ela. Vai dar tudo certo. Se quiser, vou com você.
GUILHERME – Valeu pela força, Tonelada, mas vou sozinho. Não sou mais criança!
TONELADA – Cê que sabe! Qualquer coisa, tô aí!
GUILHERME – Obrigado, Tonelada. Você tá sendo mais meu pai do que meu próprio pai.
TONELADA – Sou amigo de infância do seu pai. Sou praticamente seu tio. Haha
GUILHERME – Tá bom, titio! Haha
TONELADA – Guilherme, posso te fazer um pedido?
GUILHERME – Fala, titio! Haha
TONELADA – Queria que você fosse conversar com sua mãe. Ela ficou bem nervosa com tudo. Cê sabe que ela tem aquele probleminha, né?
GUILHERME – Tá certo, Tonelada. Vou lá.
TONELADA – Isso aí. Sabia que você entenderia.
Guilherme abraça Tonelada.

Cena 4. Hospital – Sala de Espera – Noite
O médico chega. Edvaldo, Marcelo e Ana se levantam.
EDVALDO – E então, doutor? Como tá meu filho?
DOUTOR ARTHUR – Fizemos todos os exames necessários e ele quebrou algumas costelas, além de ferimentos superficiais, mas não se preocupe. O estado dele é estável. Fizemos todos os procedimentos e agora ele vai ficar em observação.
EDVALDO – Podemos ir lá ver ele?
DOUTOR – Sim, mas um por vez. O estado não é grave, mas é bom que o paciente não se estresse muito. Ele precisa de repouso.
EDVALDO – Eu vou. Você fica aí, Marcelo? Depois eu te ajudo a entrar lá pra ver seu pai.
MARCELO – Pode deixar, vovô.
ANA – Deixa que eu cuido dele,
EDVALDO – Obrigado, Ana.
MARCELO – Eu não sou criança pra ter que ser cuidado!
ANA – Claro que não. Então, eu te faço companhia. Pode ser?
MARCELO – Pode.

Cena 5. Paisagens da Cidade – Noite
Cenas da cidade ao som de Raul Seixas – Tente Outra vez

Cena 6. Casa de Tonhão – Quarto de Tonhão e Catarina – Noite
Guilherme chega devagar. Catarina tá deitada.
GUILHERME – Mãe?
CATARINA – Oi, filho. Tá melhor.
GUILHERME – To mãe. E a senhora?
CATARINA – Tomei um calmante. To ficando com um sono...
GUILHERME – Não quero atrapalhar. Vim aqui pra te pedir perdão pela confusão hoje.
CATARINA – Tudo bem, meu filho. Tá perdoado. Não gosto de te ver assim revoltado.
GUILHERME – Tive uns problemas aí, mas tudo bem. Não se preocupa. Vou resolver.
CATARINA – Me dá um abraço, Guilherme!
Guillherme abraça Catarina.
CATARINA – Não quero que você faça aquelas coisas erradas que cê sabe que seu pai faz.
GUILHERME – Ah mãe, não pensa nisso...
CATARINA – Me promete que não vai se meter em encrenca, filho?
GUILHERME – Prometo, mãe. Agora descansa. Fica bem, viu?
CATARINA – Você não vai sair essa hora, né?
GUILHERME – Não, mãe. Fica tranquila. Já vou dormir.
CATARINA – Tá bom, então. Boa noite, filho!
GUILHERME – Boa noite, mãe!

Cena 7. Hospital – Quarto 520 – Noite
Edvaldo entra no quarto onde Fábio tá.
FÁBIO – Pai?
EDVALDO – Filho! O que houve com você? Que susto você nos deu!
FÁBIO – Desculpa, pai.
EDVALDO – Não precisa se desculpar, filho. Graças a Deus você tá bem.
FÀBIO – É... to ainda com muita dor.
EDVALDO – Vai passar, filho. O médico vai te dar a medicação, afinal você sofreu um acidente.
FÀBIO – Não tive culpa, pai. Cê sabe que eu cuido. O motorista do carro é que teve culpa.
EDVALDO – Não vamos falar disso agora, filho. Você tem que descansar.
FÁBIO – E o Marcelo? Como ele tá?
EDVALDO – Tá bem. Ele tá aí fora esperando. Daqui a pouco ajudo ele a entrar pra te ver.
FÀBIO – Que bom, pai. Mas, como eu vim parar aqui? Não lembro de nada.
EDVALDO – Uma moça te trouxe.
FÁBIO – Uma moça?
EDVALDO – É. Inclusive ela tá bem preocupada. Tá aí fora, com o Marcelo.
FÁBIO – Queria falar com ela.
EDVALDO – Vou dizer pra ela entrar, então.

Cena 8. Favela – Casa de Tonhão – Quarto de Guilherme – Noite
GUILHERME – Não me importa a hora. Preciso falar com você AGORA!
Guilherme pega o celular, disca os números de Ana. O telefone cai na caixa postal.
GUILHERME – (irritado) Droga! Cê vai me pagar, Ana!
Guilherme abre a gaveta, pega um envelope.
GUILHERME – Isso aqui vai me ajudar! Família Bertollo, cês não sabem com quem tão lidando!

Congela em Guilherme irritado.


FIM DE CAPÍTULO.
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