Amor à Vida - Já vai tarde

Chegando ao fim hoje (finalmenteee) após 12869 de capítulos, Amor à Vida é um bom exemplo... a não ser seguido! Anunciada pela rede globo como “o seu novo amor das nove”, a intenção era clara: resgatar o público afastado pela voadora Salve Jorge. O que aconteceu? Exatamente. Conseguiram a proeza de fazer uma novela ainda pior. Com uma sucessão de erros inaceitáveis, elenco desafinado (são poucas as exceções) e um texto medíocre, a novela chega ao fim com uma média de pífios 35 pontos, perdendo para outras novelas ruins como Viver a Vida, Insensato Coração e Esperança etc. Aliás, perde para todas exceto a anterior. Mas o que nos fez odiá-la?

 Vejamos...
 01 – Texto ruim Depois de assistir ao fervor das duas primeiras semanas e ver que Walcyr Carrasco seguiria sua fórmula de fazer novela também no horário nobre, viu-se que muito poderia ser esperado de Amor à Vida: cenas chatas de personagens falando em amor, guerra de bolos, Elizabeth Savalla falando alto, alguns atores sem camisa e, claro, sua principal característica: um texto que foge totalmente da realidade, onde personagens falam sobre sentimentos, universos paralelos e religiosidade da maneira mais pueril possível, coisa que não combina nem um pouco com o padrão de novela das 21hs, mas dessa vez faltou o dinossauro e a viagem ao centro oco da terra #Chatiei. O fato é que foi tão ruim que parece que foi escrito por um chimpanzé (ou pelo Otaviano Costa), se o Walcyr sabia escrever novela, esse dom ficou no passado.

02 – Humor sem graça O que falar do humor de Amor à Vida? Hahahahahahahahahahahahahahahahhahaha, mais ou pouco, espera, hahahahahahahahahahahahahahahahaha. Acho que poderia ser melhor definido como “tentativa frustrada de fazer humor”. Tentativa a começar pelo elenco que trazia a ótima Tatá Werneck e a comediante de peso Fabiana Karla, frustração vinda de um texto ruim em que o autor não gosta de improvisos. No começo, até que era legal (um pouco), mas depois que a Valdirene foi pra 37ª tentativa de arranjar marido ficou chato. E a cereja do bolo foi aquela história de Big Brother com a repetição excessiva de “bródis” a cada segundo. Era pra ser engraçado ou pra irritar? #dúvida. Sem falar na Perséfone, uma gorda virgem e com potencial de ninfomaníaca que queria trepar com qualquer um e comer melancia pra emagrecer hahahahaha detalhe: ela é enfermeira, dizem! E sobre o Félix: as piadas sem graças não foram capaz de apagar o brilho do personagem, mas também não foi legal vê-lo repetir os mesmos bordões três vezes a cada cena, sem falar naquela palhaçada de vender “ródog” como uma flor no cabelo. Melhor nem comentar.


 03 – Malvino Salvador em cenas de emoção Porque sim....


 04 – Cenas malas Algumas fotos que vêm a baixo não precisam de introdução. 


05 - Pouco Verossímil Importante para uma novela é que ela seja acreditada pelo público (sic), mas nesse ponto não se pode criticar Amor à Vida, ser pobre e ter a oportunidade de entrar em todos os camarins, médicos com nível de inteligência CAP’s, gente andando de quimono pelas ruas, um hospital milionário que mais parece um bordel, homem vestido de mulher sem maiores explicações, levar 9142974 facadas e ter alta no dia seguinte é muito comum. Ponto pra novela!

06 - Merchandising  social mal feita Tentaram abordar vários temas que pareciam interessantes. A corrupção na saúde a partir do superfaturamento no hospital deu em quê? O Lúpus da Paulinha (apagada, né?) e o câncer da Nicole foram abordados na maneira mais sutil possível. A virgindade/obesidade da Pérsefone, de maneira porca; o autismo da Linda foi sensacionalista e a AIDS daquela enfermeira morena foi um show de horror e ignorância de profissionais aos quais se exige conhecimentos específicos sobre o assunto. Os outros (foram vários) nem merecem explicação, já dá pra imaginar o jeito como acabou.


 E os bastidores... Ah, os bastidores kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. Podemos dizer que foi a melhor parte da novela. Agora no fim, várias notícias surgiram, é fácil chegar à conclusão que os atores estão aliviados ao estarem livres da obrigação de ir ao Projac uma vez por semana pra gravar aquelas cenas desnecessárias, masssss a crise nos bastidores é mais antiga. Após a repercussão do raspa ou não raspa da Marina Ruy Barbosa, a personagem morreu de uma maneira ridícula e o núcleo perdeu sentido. Leona Cavalli teria reclamado e morreu. Marcello Antony disse que sofria pra dizer o texto da novela (hahahahahaha #rei) e ficou com a versão embarangada do Eriberto Leão. Juliano Cazarré falou que não sabia quem era o Ninho e levou umas facadas. Júlio Rocha falou mal e sumiu. Susana Vieira deu detalhes da novela enquanto estava nos camarins do Faustão e sofreu do veneno do autor ao ser chamada de velha, gorda, e parecida com uma geladeira e tendo sido “obrigada” a dizer que não era uma velha atrás de novinhos. Ou seja... Walcyr é Carrasco e parece o Grinch!