Continuação imediata do
capítulo anterior.
Cena 1. Hospital –
Cantina – Dia
Ana tá almoçando.
Guilherme chega e a pega com força pelo braço.
GUILHERME – (alterado)
Escuta aqui, Ana! Não tá atendendo minhas ligações por que? Posso
saber?
ANA – Ai, Guilherme! Tá
me machucando!
GUILHERME – Responde
primeiro!
No momento Fábio chega e
empurra Guilherme, fazendo ele soltar o braço de Ana.
FÁBIO – Qual é, cara?
Solta a moça! Tá querendo apanhar?
GUILHERME – Qual é,
digo eu! To falando com minha namorada, não se intromete!
ANA – Parem, por favor!
FÁBIO – Isso não te
dá o direito de ser agressivo com ela!
GUILHERME – Olha aqui,
cara: a namorada é MINHA, não enche!
Fábio se irrita e dá um
soco em Guilherme, que cai no chão. Guilherme levanta e dá um soco
em Fábio. Os dois começam uma luta dentro da cantina, derrubando
mesas e cadeiras.
ANA – (gritando) Parem!
Pelo amor de Deus! Guilherme! Fábio!
Fábio para com o grito
de Ana. Guilherme aproveita e lhe dá um golpe certeiro.
ANA – Meu Deus! Fábio!
Ana corre pra socorrer
Fábio.
GUILHERME – (alterado)
Vai defender ele agora, é? Você viu que não fiz nada! Ele começou
me atacando!
ANA – Guilherme, chega!
GUILHERME – Ana, você
viu!
ANA – Cala a boca,
Guilherme! Fábio, você tá bem?
FÁBIO – (zonzo) Acho
que sim...
GUILHERME – Quem mandou
se meter com a minha namorada! Levou! Bem feito!
ANA – Ex namorada,
Guilherme! Acabou tudo entre nós!
GUILHERME – Quê???
Ana, você não pode tá falando sério... nós...
ANA – Acabou,
Guilherme! Vá embora e não me procure mais!
GUILHERME – Mas, Ana...
ANA – Vá embora, ou
chamo a polícia!
Guilherme sai da cantina
irritado.
Cena 2 – Favela –
Casa de Tonhão – Dia
Tonelada chegando em
casa. Catarina desesperada.
CATARINA – Até que
enfim você chegou!
TONELADA – O que houve,
Catarina? O que tá acontecendo? Cadê o Tonhão?
CATARINA – O Tonhão tá
bem. Como sempre, saiu. Eu é que...
TONELADA – O que você
tem, Catarina? Anda, me fala!
CATARINA – Eu queria
que você me levasse até o hospital. Preciso de uns remédios e...
TONELADA – Nem pensar,
Catarina! Você não pode ficar tomando remédios por conta própria,
já te disse isso. Faz mal. Você vai acabar muito doente!
CATARINA – Aí eu tomo
outros remédios e melhoro. Não seja chato, Tonelada!
TONELADA – Já disse
que não. É para seu bem!
CATARINA – Ah pro meu
bem? Se fosse mesmo pro meu bem, você me levaria lá!
Cena 3 – Jornal
Bertollo – Dia
Franchesco trabalhando.
Toca o celular.
FRANCHESCO – Alô.
…
FRANCHESCO – Claro. Não
tem problema, Guilherme, entendo.
…
FRANCHESCO – Ok. Te
espero amanhã, então! Tchau.
Franchesco desliga o
telefone.
Cena 4 – Rua
Indeterminada – Dia
GUILHERME – Ótimo.
Agora tenho tempo! Veremos se a Ana não volta pra mim! Se não
voltar por bem, vai ter que ser por mal! Hahaha
Cena 5 – Paisagens
da Cidade – Dia
As horas passam ao som de
Raul Seixas – Tente Outra Vez
Cena 6 – Hospital –
Dia
ANA – Fábio, você tá
melhor?
FÁBIO – To sim, obrigado. Não
foi nada.
ANA – Tenho que te
agradecer por hoje. Se não fosse você... O Guilherme tava
descontrolado.... Nem sei o que seria capaz de fazer!
FÁBIO – Não podia
deixar ele fazer o que fez. Não se preocupa, Ana. Ele não vai
aprontar isso de novo!
ANA – Como você sabe?
FÁBIO – Porque agora
eu vou estar sempre por perto. Vou proteger você!
ANA – Como assim?
FÁBIO – Ana, você
terminou com ele. Agora... você...
ANA – Eu...
FÁBIO – Você quer
sair comigo hoje à noite?
Cena 7 – Escola
Napoinara – Saída – Dia
Guilherme aborda um
garoto na saída da escola.
GUILHERME – Ei, garoto!
CIRO – Eu?
GUILHERME – Sim, você
mesmo! Pode me dar uma informação?
CIRO – Fala.
GUILHERME – Por acaso
você estuda na turma de um deficiente visual?
CIRO – Sim. É um
idiota! Vive agarrado com um outro deficiente. Parecem até
namoradinhas!
GUILHERME – Hahaha.
Gostei de você, garoto! Acho que você é a pessoa certa pra me
ajudar!
CIRO – Depende. Vai me
pagar?
GUILHERME – Se você
fizer o que eu mandar, sim.
CIRO – Então, fala
logo, tio!
Guilherme leva Ciro pra
um lugar mais afastado e explica o plano.
Cena 8 – Escola
Napoinara – Estacionamento – Dia
Edvaldo chega de carro.
Mariana já tá aguardando.
EDVALDO – Cheguei cedo,
dona Mariana? Desculpa, é que não me ambientei com o horário
ainda, mas amanhã já me acerto.
MARIANA – Não,
Edvaldo. Tá tudo certo. Os meninos é que ainda não chegaram.
Avisei que estaria esperando aqui, mas...
Vanessa passa por
Mariana e acena.
VANESSA – Tchau, dona
Mariana!
MARIANA – Professora Vanessa, só
um instantinho! O Marcelo e o Dorival ainda estão na sala?
VANESSA – Não. Não
ficou ninguém lá. Eu mesma fechei a sala. Estranho! Eles já saíram
há alguns minutos...
Logo chega Dorival,
amparado por um funcionário.
DORIVAL – Ajudem!
Ajudem! O Marcelo foi sequestrado!
MARIANA – Sequestrado?
VANESSA – Marcelo
sequestrado?
EDVALDO – Meu neto!
Sequestrado?
Congela no desespero de
Edvaldo.
FIM DE CAPÍTULO.
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