Cena 1/ Carro/ Interno/ Noite
LUCRÉCIO: Eu não quero passear com você, Luana. Destrava essas portas e me tira daqui.
LUANA: Você não tem querer.
LUCRÉCIO: O que você vai fazer comigo?
LUANA: Calma. Você fala como se eu fosse uma criminosa.
LUCRÉCIO: Eu sei muito bem que você é pior do que uma criminosa.
LUANA: O que você quer dizer com isso?
LUCRÉCIO: Destrava essas portas agora.
LUANA: Cala essa merda de boca.
Cena 2/ Casa de Raimunda/ Cozinha/ Interno/ Noite
(Solano e Vera estão sentados à mesa, frente a frente)
SOLANO: Está gostando da comida?
VERA: Está ótima. Tem certeza que foi você mesmo quem fez essa comida?
SOLANO: Sinceramente falando, não.
VERA: Eu sabia.
(Os dois riem)
SOLANO: Na verdade, comprei um congelado já temperado. Só fiz pôr no microondas e bimba.
VERA: Mesmo assim, a comida está maravilhosa. E o que vale é a intenção, não é mesmo?
SOLANO: Concordo.
(Os dois riem novamente)
SOLANO: Por que não nos conhecemos antes, Vera?
VERA: Quem sabe por que eu estava internada numa clínica de depressivos.
SOLANO: Eu gosto tanto de você.
(Solano põe a mão dele sobre a mão de Vera)
VERA: Eu também, Solano. Você é um homem tão especial.
SOLANO: Eu me sinto vivo quando fico perto de você, Vera. Você me faz tão bem. Eu gosto de estar perto de você, de compartilhar meus momentos com você.
VERA: Faço das suas palavras as minhas, Solano.
SOLANO: Vera, eu preciso ser franco com você. Estou te amando.
VERA: Amando?
SOLANO: Eu amo você, Vera. Eu não sei como explicar, mas é algo que estou sentindo, algo forte.
VERA: Não precisa falar mais nada.
SOLANO: E você não vai dizer nada?
VERA: Eu tenho medo de embarcar em um relacionamento, Solano. O único homem que eu amei na vida foi meu marido Ernesto.
SOLANO: Deixa eu te ajudar, Vera. Deixa eu te mostrar o que é amar novamente. Dá uma chance para mim, para o amor.
VERA: Solano...
SOLANO: Agora sou eu que peço para você não falar mais nada.
(Solano beija Vera)
Cena 3/ Delegacia/ Interno/ Noite
(Isadora está sozinha na delegacia. Tiago entra)
TIAGO: Com licença.
ISADORA: Tiago? O que você está fazendo aqui a essa hora da noite? Já estou me preparando para fechar a delegacia.
TIAGO: Desculpe por eu não ter certa noção de horário, mas eu estou muito ansioso com esse esclarecimento público de amanha. Você vai aproveitar a oportunidade para mostrar para a cidade as provas que conseguiu para incriminar os verdadeiros assassinos da Amanda?
ISADORA: Ainda não. Mandei as provas para a perícia hoje à tarde. Depois, eles irão enviá-las para um juiz. Aí sim, após esse processo, que eu poderei apresentá-las para o público.
TIAGO: E vai demorar muito?
ISADORA: Não muito.
TIAGO: Então, você tem certeza que não foi o Alexandre quem matou a Amanda?
ISADORA: Depois dessas provas, tenho certeza sim.
TIAGO: Apesar de tudo o que ele me fez, me sinto mal por ter contribuído pela condenação de um inocente.
ISADORA: Bom, isso você tem dizer para ele, não para mim. Mas acho que você não veio até aqui somente para falar do esclarecimento público.
TIAGO: Tem razão. Vim tratar sobre o nosso beijo também.
ISADORA: Tiago, eu já esqueci esse beijo. Acho que...
TIAGO: Mas eu não, delegada Isadora. Eu estou apaixonado pela senhora.
ISADORA: Tiago, você tem certeza disso?
TIAGO: Eu posso estar sendo invasivo, mas não consigo mais sufocar esses sentimentos. O que eu sinto pela senhora é algo muito forte. Não sei se é amor, mas quero ter a certeza. Quero ter uma chance, delegada Isadora.
ISADORA: E o que faz você achar que eu cederei aos seus sentimentos?
TIAGO: Por que eu sei que a senhora gosta de mim.
ISADORA: Tiago...
TIAGO: Gosta sim. Eu percebi que houve um valor da sua parte pelo nosso beijo. E isso me fez achar, ou pelo menos ter a certeza, de que a senhora também sente algo por mim.
ISADORA: Está enganado.
TIAGO: Então, prove para mim que estou enganado, delegada.
(Tiago beija Isadora. Passa-se um tempo. Isadora afasta Tiago)
ISADORA: Você não deveria ter feito isso.
TIAGO: Eu sinto muito, mas não consegui segurar.
ISADORA: Sabe que você está certo sobre o que eu sinto, Tiago? Eu tenho um afeto por você, sinto algo por você também. Mas eu sou uma delegada. Não posso ficar por aí beijando um homem casado, que, ainda por cima, é meu cliente.
TIAGO: As pessoas não podem privar a nossa felicidade.
ISADORA: Mas não podemos mais fazer isso, Tiago. Entenda isso, por favor.
Cena 4/ Casa de Raimunda/ Cozinha/ Interno/ Noite
VERA: Você me pegou de surpresa com esse beijo.
SOLANO: Desculpe. Esse beijo, Vera, revela tudo o que eu sinto por você. Eu te amo.
VERA: Eu também gosto de você, Solano. E eu vou te dar uma chance.
SOLANO: Tenho certeza que você não irá se arrepender.
(Solano beija Vera)
SOLANO: Vera, porque não assumimos os nossos sentimentos para as pessoas?
VERA: Disso eu tenho medo, Solano. O povo dessa cidade é altamente preconceituoso. Com certeza, eles irão criticar o nosso namoro, pelo fato de eu ser mais velha do que você.
SOLANO: Bobagem. Deixem criticar. O que importa é a nossa felicidade. Você aceita namorar comigo, Vera?
VERA: Namorar?
SOLANO: Sim. Você aceita?
VERA: Claro que eu aceito.
(O casal se beija novamente)
Cena 5/ Mansão Bertolin/ Sala de estar/ Interno/ Noite
LUIZA: O Vitor não é assunto meu, Cíntia. Não vejo motivos para nós conversarmos sobre ele.
CÍNTIA: Mas eu vejo. Luiza, o Vitor é pai do seu filho e ele está disposto a querer criar um vínculo com esse menino.
LUIZA: Mas eu não vou deixar o Vitor chegar perto do meu filho. E o pai do Marquinhos é o Felipe. O próprio Vitor quis fugir dessa responsabilidade quando decidiu viajar para Oxford.
CÍNTIA: Eu concordo com você. Eu também não quero que o meu marido...
LUIZA: Marido?
CÍNTIA: Sim. Eu e o Vitor nos casamos na Inglaterra. Na verdade, foi um casamento simbólico, nada legalizado. Mas, mesmo assim, eu vejo que deve ser tratado com respeito. Eu me considero esposa dele. E eu não quero que o meu casamento seja destruído por causa da sua criança.
LUIZA: Se os eu casamento for para o fundo poço, pode ter certeza que o meu filho não será a causa disso. Como eu já disse, eu não quero o Vitor perto do Marquinhos.
CÍNTIA: Eu também não quero.
LUIZA: Ótimo. Então, você, como esposa, trate de mantê-lo bem longe da minha família. E só mais uma ressalva: eu também não quero que você fique perto do meu filho, muito menos da minha família.
CÍNTIA: Eu faço questão de ficar longe.
LUIZA: Então, saia da minha casa.
CÍNTIA: Com licença.
(Cíntia sai)
Cena 6/ Sorveteria/ Interno/ Noite
VITOR: Pelo que eu lembre, eu chamei a Luiza para esse encontro, não você.
FELIPE: Mas eu decidi vim no lugar dela.
VITOR: Eu não vou ficar aqui perdendo o meu tempo com você.
(Vitor levanta-se e Felipe pega no braço dele)
VITOR: Dá para largar o meu braço?
FELIPE: Então, sente-se.
VITOR: Quem diria que um nerdzinho estúpido fosse se transformar em um homem decidido?
(Vitor senta-se e Felipe larga o braço dele)
VITOR: O que você quer?
FELIPE: Eu serei rápido, Vitor. Eu só quero que você fique longe da minha família.
VITOR: A família que você roubou de mim.
FELIPE: Deixe de ser imbecil. Você mesmo decidiu abandonar a Luiza quando ela anunciou a gravidez.
VITOR: Mas o Marquinhos é meu filho.
FELIPE: Ele é meu filho. Eu assumi a paternidade dele quando você decidiu fugir da responsabilidade. Você não tem direito nenhum sobre ele.
VITOR: Eu vou ter meu filho de volta, Felipe.
FELIPE: Nem pense em fazer algo desse tipo, Vitor. Eu não vou deixar você se aproximar da minha família. Se você fizer isso, eu acabo com você. Acabo.
(Felipe sai)
Cena 7/ Hospital/ Lanchonete/ Interno/ Noite
(Lara e Celso estão sentados frente a frente)
LARA: Ainda bem que o seu Caio aceitou a cirurgia.
CELSO: Seu Caio. Você nunca irá chamá-lo de pai, não é?
LARA: Não sei, Celso. Aconteceram tantas coisas. Vamos esperar o tempo passar.
CELSO: Falando em tempo, eu sinto tanta saudade daquela época em que éramos tão felizes juntos.
LARA: Infelizmente, não poderemos mais reviver aquela época, Celso. Depois da revelação de que somos irmãos, tudo mudou.
CELSO: Mas não queria que tivesse mudado. Eu ainda amo você, Lara.
LARA: Celso, por favor. Vamos enterrar o passado.
CELSO: Eu não consigo. E tenho certeza que você não consegue. Você ainda me ama, Lara?
LARA: Eu tento esquecer esse amor. Isso responde a sua pergunta?
CELSO: Não. Eu queria tanto um beijo seu.
LARA: Para com isso, Celso. Nós somos irmãos e irmãos não se beijam na boca. Você, por acaso, costuma beijar a Luiza na boca?
CELSO: Não. Obviamente não. Desculpe.
Cena 8/ Estrada/ Interno/ Noite
(A estrada está deserta. Luana para o carro no acostamento da pista. Ela e Lucrécio saem)
LUCRÉCIO: Por que você me trouxe até aqui?
LUANA: Como você é ingênuo, Lucrécio. Não tem nenhuma idéia do que eu vou fazer?
LUCRÉCIO: Você vai me matar, assim como você fez com a Amanda e com a Raimunda? Como você teve coragem de matar sua própria tia?
LUANA: Eu não matei minha tia, seu velho coroca. O Solano fez isso no meu lugar.
LUCRÉCIO: Seus vermes.
LUANA: Eu não queria matar minha tia, mas ela não me deu alternativa. A tia Raimunda estava sabendo de muita coisa. Eu não poderia correr o risco de sair prejudicada por causa dela. E você está fazendo o mesmo comigo, Lucrécio. Você está sabendo demais.
LUCRÉCIO: Não adianta você me matar. A delegada Isadora já está com provas concretas que irão colocar você e o verme do Solano na cadeia.
LUANA: Você acha mesmo que aquela lista de convidados pode colocar alguém dentro de uma penitenciária, Lucrécio? Ah, por favor.
LUCRÉCIO: A lista pode ser que não, mas as fantasias que você e o Solano estavam usando na festa até que podem colocar vocês atrás das grades.
LUANA: Fantasias?
LUCRÉCIO: Sim, mulher gato. Como vai o Harry Potter?
LUANA: Desgraçado. Eu vou acabar com você. E você deveria me agradecer por querer acabar com tua vida. Estou te fazendo um favor, Lucrécio. Daqui a pouco, você vai encontrar tia Raimunda e aí vocês poderão se casar no paraíso.
(Luana entra no carro)
LUCRÉCIO: Você vai me deixar sozinho nessa estrada erma? É assim que você pretende acabar com a minha vida?
LUANA: Prepare-se, velhote.
(Luana acelera o carro e parte. O carro de Luana se distancia do Lucrécio, que está sozinho. Passa um tempo. Luana faz o retorno e acelera ainda mais o carro, que se aproxima cada vez mais o Lucrécio. Ele percebe a aproximação do carro e corre pela estrada. Luana acelera ainda mais. Lucrécio é atropelado por Luana. Luana para o carro e sai. Ela se aproxima do bagageiro do carro e tira um serrote lá de dentro. Com o serrote em uma das mãos, ela se aproxima o corpo de Lucrécio. Luana se agacha e crava o serrote no meio da barriga de Lucrécio)
Cena 9/ Paisagens de Dourados/ Dia
(Toca música de suspense)
Cena 10/ Hospital/ Centro Cirúrgico/ Interno/ Dia
(Caio entra, deitado em uma maca, sendo levado por dois enfermeiros)
Cena 11/ Mansão Bertolin/ Quarto de Marta e Caio/ Interno/ Dia
(Marta está ao telefone)
MARTA: Seu pai irá fazer a cirurgia agora? Mas como ninguém não me avisou que ele tinha aceitado passar por essa operação?
...
MARTA: Não se preocupe, Celso. Você e a sua irmã bastarda podem ir à floricultura. Eu irei agora para o hospital.
(Marta desliga o telefone. Tiago entra)
TIAGO: Papai vai fazer a cirurgia hoje?
MARTA: Já está no centro cirúrgico. Filho, infelizmente, eu não poderei ir ao esclarecimento público.
TIAGO: Não tem problema. O papai está precisando da senhora agora.
MARTA: Bom, só irei banhar e trocar de roupa.
TIAGO: Só vim avisá-la que eu encontrei a lista de convidados do meu casamento com a Amanda. Estava com a Luana.
MARTA: Com a Luana?
TIAGO: Ela disse que encontrou a lista no meu guarda roupa.
MARTA: É mentira. Eu lembro muito bem de ter guardado as coisas do seu casamento com a Amanda naquela caixa, inclusive a lista de convidados.
TIAGO: Bom, de qualquer maneira, a lista foi encontrada e já está nas mãos da delegada Isadora. Com licença.
(Tiago sai)
MARTA (para si): Será que aquela vadia invadiu o meu quarto?
Cena 12/ Penitenciária/ Sala de visitas/ Interno/ Dia
(Alexandre entra e vê Isadora)
ALEXANDRE: Delegada Isadora. Pensei que não viria mais me visitar.
ISADORA: Estava dando continuidade na investigação da morte da Amanda. Bom, Alexandre, eu vim dar uma notícia que eu tenho certeza que você vai adorar.
ALEXANDRE: Não vá me dizer que eu já posso me considerar um homem livre?
ISADORA: Isso mesmo. Encontrei provas que mostram os verdadeiros responsáveis pela morte da Amanda. Já enviei essas provas para a perícia e, de lá, elas serão mandadas para um juiz. Quando elas chegarem às mãos do juiz, eu irei expedir uma liminar de soltura, na qual será autorizada a sua saída definitiva dessa penitenciária.
ALEXANDRE: E isso vai demorar muito?
ISADORA: Não tanto.
ALXANDRE: E quanto à desconfiança que eu tinha sobre a Luana? Eu estava correto? Foi ela quem matou a Amanda?
ISADORA: Eu não posso revelar isso para você, mas garanto que em breve todos saberão da verdade.
Cena 13/ Mansão Bertolin/ Sala de estar/ Interno/ Dia
(Marta desce a escada e se depara com Vitor, ao lado de Francisca)
MARTA: O que você está fazendo aqui, seu moleque?
FRANCISCA: Com licença.
(Francisca sai)
VITOR: Isso é jeito de recepcionar uma visita, dona Marta?
MARTA: Você não é uma visita. É um encosto. O que você quer aqui? Responda logo antes que eu te enxote da minha mansão como se você fosse um cachorro sarnento.
VITOR: A senhora não faria isso com o pai do seu neto.
MARTA: Pai do meu neto? Você está louco, Vitor? O pai do Marquinhos é o Felipe.
VITOR: Eu não acredito nisso. Até a senhora está compactuando com isso, dona Marta? Tudo bem que eu abandonei a Luiza quando ela veio anunciar a gravidez para mim, mas o fato do Felipe assumir a paternidade do meu filho no meu lugar não faz dele um pai.
MARTA: Como é? Assumir a paternidade no seu lugar? Você está louco, se já não é. A Luiza disse que o Felipe é pai legítimo do meu neto.
VITOR: Então, ela mentiu. O pai biológico do Marquinhos sou eu, o moleque que a senhora tanto odeia.
(Vitor dá um sorriso irônico para Marta)
Cena 14/ Casa de Lucrécio/ Sala/ Interno/ Dia
(Toca a campainha e uma empregada atende)
ISADORA: O Lucrécio está?
EMPREGADA: Não senhora.
ISADORA: Você sabe me informar onde ele foi?
EMPREGADA: Também não.
ISADORA: Obrigada, então.
(Isadora sai)
Cena 15/ Hospital/ Centro Cirúrgico/ Quarto da operação/ Interno/ Dia
(Caio, desacordado, está deitado numa cama. Vários médicos e enfermeiros ao redor dele)
MÉDICO 1: Pinça. Pinça.
(Um dos enfermeiros entrega uma pinça ao médico. Um médico 2 se aproxima do médico 1)
MÉDICO 2: Algum problema?
MÉDICO 1: Sim. Está ocorrendo um problema na sutura. Mesmo costurado, ele continua perdendo muito sangue.
HORAS DEPOIS
Cena 16/ Tribunal/ Interno/ Dia
(Uma cadeira vazia – que é para ser ocupada por Lucrécio - se encontra no centro do tribunal. Ao lado, em uma bancada, está Isadora. E à sua frente, encontra-se um juiz. No fundo da sala, há uma verdadeira platéia, onde estão presentes Tiago, Luana, Vera, Solano, Cíntia, Felipe e Maura)
JUIZ (cochichando para Isadora): Onde está o doutor Lucrécio Dantas que ainda não chegou? Ele já está trinta minutos atrasado.
ISADORA: Eu não sei, meritíssimo.
JUIZ: Você tem certeza que ele não desistiu de protagonizar esse esclarecimento público?
ISADORA: Claro que tenho. O Lucrécio estava disposto a contar para cidade inteira o que viu no cais no momento da morte da Amanda.
JUIZ: Só esperarei por mais dez minutos. Se ele não aparecer durante esse intervalo de tempo, pode considerar esse esclarecimento encerrado.
ISADORA: Sim, meritíssimo.
(Ao fundo, Luana e Tiago conversam)
LUANA: Você não acha que o Lucrécio está demorando muito?
TIAGO: Acho. Deve ter acontecido alguma coisa. Ele sempre foi muito pontual.
(Um menino aparece na sala)
MENINO: Com licença.
JUIZ: O que esse menino está fazendo no tribunal? Esse esclarecimento é proibido para crianças. Alguém tire essa criança daqui.
MENINO: Espere. Eu só vim dar um recado. É sobre o doutor Lucrécio.
ISADORA: O que tem o Lucrécio?
MENINO: Ele está morto.
(Todos se entreolham e comentam a informação entre si)
Cena 17/ Rua/ Dia
(Todos que estavam no tribunal estão passeando pela rua)
TIAGO: Delegada Isadora, como assim o Lucrécio está morto? A senhora sabe o que aconteceu?
ISADORA: Não. Estou tão surpresa quanto você.
(Luana dá um grito e todos olham para ela)
TIAGO: Luana, o que foi?
LUANA (apontando para o alto de um poste): Ali, em cima daquele poste.
(Todos olham para o alto do poste e se surpreendem)
ISADORA: É a cabeça do Lucrécio. Alguém pendurou a cabeça do Lucrécio em cima daquele poste.
(Congela na cabeça de Lucrécio. Toca Spiritual – Katy Perry)
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