Continuação imediata do
capítulo anterior.
Cena 1 – Casa de
Edvaldo – Dia
FÀBIO – Nem me fala,
pai. Temo pela Ana. Ela nas mãos desse psicopata! Eu não vou ficar
parado. Vou dar um jeito de encontrar a Ana.
EDVALDO – Filho, você
não tá pensando em...
No momento, a conversa é
interrompida por batidas na porta. É um homem entregando uma carta,
que Fábio logo abre e leva um susto ao ler.
FÁBIO – Não é
possível!
EDVALDO – O que não é
possível, Fábio? Quem era? O que é isso?
FÀBIO – Não acredito,
pai! Olha aqui!
Fábio entrega a carta
para Edvaldo ler.
Close na carta que diz:
“Fábio, querido, tudo que aconteceu entre nós foi muito bom, mas
pensei melhor e percebi que não era isso que eu quero pra minha
vida. Por favor, me perdoe! Precisamos nos afastar. Eu não te amo
como pensava que amava. Você vai encontrar outra mulher que te faça
feliz como você merece. Seja feliz, Fábio! Adeus.”
EDVALDO – Fábio, não
é possível!
FÁBIO – Foi o que eu
disse, pai! Não é possível!
EDVALDO – Não é
possível que você seja tão burro, Fábio!
FÀBIO – Pai, por
favor! Eu já to sofrendo!
EDVALDO – Porque quer!
FÀBIO – Como assim?
EDVALDO – Não tá
vendo que tudo foi muito bem escrito, muito bem planejado? É óbvio
que ela foi orientada, ou melhor, obrigada, a escrever tudo isso!
FÀBIO – Você acha,
pai?
EDVALDO – Tenho
certeza! Esquece essa carta, aliás, vamos levar essa carta ao
delegado, pra contribuir nas investigações. Tá Muito claro que ela
tá sob o comando desse homem.
FÀBIO – Pai, muito
obrigado! Se não fosse o senhor...
Fábio abraça Edvaldo.
Cena 2 – Rua
Indeterminada – Dia
No carro, Luiza e
Marcelo, em uma estrada.
MARCELO – Mãe, falta
muito?
LUIZA – Calma, filho,
já já vamos chegar!
MARCELO – Eu quero ver
meu pai, meu avô!
LUIZA – Você vai ver,
Marcelo, calma!
MARCELO – Onde estamos
indo? Que lugar é esse?
LUIZA – Logo você vai
saber, Marcelo...
Cena 3 – Escola
Napoinara – Pátio – Dia
Ciro e Dorival andando
pelo pátio da escola.
DORIVAL – Ciro, o que
você tá querendo?
CIRO – Ajudar, oras...
DORIVAL – Você
ajudando? Conta outra...
CIRO – Por acaso eu não
posso ajudar?
DORIVAL – Ciro, você
sempre foi contra nós, sempre aprontou, agora vem querendo dizer que
quer ajudar?
CIRO – To dizendo que
quero, droga!
DORIVAL – Tá, eu não
vou ficar discutindo! Você viu o Marcelo por aí?
CIRO – Nada. Nem sinal
dele.
Eles passam por Miguel e
Vanessa.
MIGUEL – Ciro, Dorival?
Vocês dois aqui?
VANESSA – E juntos? Sem
brigar? O que tá acontecendo? Haha
CIRO – Tá achando que
eu só penso em brigar? Eu to querendo ajudar!
VANESSA – Ajudar?
Ajudar em quê?
MIGUEL – E o quê vocês
tão fazendo fora da aula? Voltem pra lá!
DORIVAL – O Marcelo
sumiu!
VANESSA – Sumiu? Como
assim?
CIRO – Desapareceu!
MIGUEL – Ciro, verdade
isso? Por acaso você não tem nada a ver com isso?
DORIVAL – Não,
professor. Dessa vez o Ciro é inocente. O inspetor apareceu na sala,
dizendo que tinha alguém querendo falar com o Marcelo no pátio. Ele
saiu pra conversar com essa pessoa e não voltou mais.
VANESSA – Que estranho!
Mas, você disse que o inspetor avisou? Então ele viu quem era a
pessoa. Vamos lá falar com ele.
Cena 4 – Delegacia –
Sala do delegado – Dia
O delegado Homero Severo
está falando com alguém no telefone.
HOMERO – E então, tá
fazendo tudo direitinho?
HOMEM (off) –
Exatamente como planejamos.
HOMERO – Muito bem!
Continue trabalhando.
Homero desliga o
telefone. Fábio e Edvaldo chegam.
FÀBIO – Dr. Homero
Severo!
HOMERO – Fábio, alguma
novidade?
FÀBIO – Sim, chegou
isso.
Fábio entrega para o
delegado a carta que supostamente recebeu de Ana.
HOMERO –
Interessante... Mas então o caso se encerra? Ela te abandonou?
EDVALDO – Não,
delegado! Não percebe o que tá acontecendo?
HOMERO – O senhor me
respeita! Ou eu lhe prendo por desacato!
EDVALDO – Desculpe a
alteração, delegado. É o nervosismo. O que quis dizer é que essa
carta foi muito bem planejada. Provavelmente o psicopata que tá
mantendo a Ana presa a obrigou a escrever isso.
HOMERO – Tem razão,
faz sentido!
FÀBIO – E então,
delegado, o que podemos fazer?
HOMERO – Já tenho uma
equipe fazendo investigações.
Cena 5 – Favela –
Casa de Tonhão – Dia
Tonhão chegando em casa.
Catarina tomou alguns remédios.
CATARINA – Onde você
tava?
TONHÂO – Não te
interessa.
CATARINA – Olha aqui,
Tonhão, eu pensei bem e não vou ficar aceitando tudo que você faz
não.
TONHÂO – Hahaha. Ah é?
Vai fazer o quê?
CATARINA – Eu quero me
separar de você!
TONHÃO – Como é?
Repete!
CATARINA – Eu quero a
separação, Tonhão. Já não dá mais!
Tonhão dá um tapa na
cara de Catarina.
TONHÂO – Catarina,
você nunca mais fala nisso, tá entendendo?
CATARINA – Tonhão,
você é um idiota! Eu não quero mais você!
Tonhão dá um soco em
Catarina que cai no chão.
CATARINA – Tonhão!
Para com isso! É por isso que eu quero a separação. Não dá pra
aguentar isso.
Tonhão vai pra cima de
Catarina e lhe dá mais uns tapas.
TONHÃO – Vagabunda!
Acha que eu vou te deixar livre pra ficar com o Tonelada?
CATARINA – Pois saiba
que ele é muito mais homem que você!
Tonhão dá outro soco em
Catarina, levanta ela e a joga contra a parede. Catarina omeça a
sangrar e chora.
CATARINA – (fraca)
Tonhão, no que você se transformou!
TONHÂO – (irritado)
Cala a boca, vadia!
Tonhão empurra Catarina
que bate a cabeça na parede e cai desacordada.
TONHÃO – Meu Deus! O
que eu fiz? Catarina, acorda! Catarina!
Tonhão pega Catarina no
colo e a leva correndo para o hospital.
Cena 6 – Rio Grande
do Sul – Aeroporto – Dia
BARTOLOMEU – Tchê, tu
me desculpa se não te proporcionei uma viagem do jeito que tu tava
acostumado. A grana aqui não é tanta que nem a tua. Haha
FRANCHESCO – Não tem
problema, seu Bartolomeu! O importante é que eu to voltando pra
minha terra, pra minha família!
MAZÈ – Boa viagem,
bagual! E não vai esquecer de nós aqui!
FRANCHESCO – Claro que
não, tchê! Haha Eu vou voltar, pra pagar a vocês tudo que fizeram
por mim, por toda a ajuda. Muito obrigado!
BARTOLOMEU – Galo véio,
me dá um abraço!
Bartolomeu e Mazé
abraçam Franchesco e se despedem. Franchesco entra no avião rumo ao
RJ.
Cena 7 – Casa de
Edvaldo – Dia
O telefone toca. Edvaldo
atende.
EDVALDO – Alô.
LUIZA (off) – Chama o
Fábio.
EDVALDO – Luiza, o que
você quer?
LUIZA – (off) Não é
com você. Passa pro Fábio. É importante.
Edvaldo coloca o telefone
de lado e chama Fábio.
EDVALDO – Fábio! A
Luiza tá querendo falar com você.
FÀBIO – Ah, a Luiza! O
que ela quer?
EDVALDO – Ela não
disse, mas disse que é importante.
Fábio pega o telefone.
FÁBIO – Fala Luiza! O
que você quer?
LUIZA – (off) Meu amor,
que saudade!
FÀBIO – Chega, Luiza!
Fala logo senão eu vou desligar!
LUIZA – (off) Vem me
ver. Eu vou passar o endereço de onde eu to.
FÀBIO – Faça-me o
favor, Luiza! Eu vou desligar!
LUIZA – Eu to com o
Marcelo aqui comigo!
FÀBIO – Como é???
Você tá com o Marcelo?
LUIZA – Isso! E você
só vai ver ele de novo se ficar comigo! Vamos ser uma família
feliz!
Fábio desliga o telefone
assustado.
EDVALDO – O que ela
queria?
FÀBIO – Ela sequestrou
o Marcelo! E agora? A Ana e o Marcelo sequestrados!
Congela em Fábio
desesperado.
FIM DE CAPÌTULO.
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