sábado, 1 de fevereiro de 2014

Superação - Capítulo 45


Continuação imediata do capítulo anterior.

Cena 1 – Casa de Edvaldo – Dia
FÀBIO – Nem me fala, pai. Temo pela Ana. Ela nas mãos desse psicopata! Eu não vou ficar parado. Vou dar um jeito de encontrar a Ana.
EDVALDO – Filho, você não tá pensando em...
No momento, a conversa é interrompida por batidas na porta. É um homem entregando uma carta, que Fábio logo abre e leva um susto ao ler.
FÁBIO – Não é possível!
EDVALDO – O que não é possível, Fábio? Quem era? O que é isso?
FÀBIO – Não acredito, pai! Olha aqui!
Fábio entrega a carta para Edvaldo ler.
Close na carta que diz: “Fábio, querido, tudo que aconteceu entre nós foi muito bom, mas pensei melhor e percebi que não era isso que eu quero pra minha vida. Por favor, me perdoe! Precisamos nos afastar. Eu não te amo como pensava que amava. Você vai encontrar outra mulher que te faça feliz como você merece. Seja feliz, Fábio! Adeus.”
EDVALDO – Fábio, não é possível!
FÁBIO – Foi o que eu disse, pai! Não é possível!
EDVALDO – Não é possível que você seja tão burro, Fábio!
FÀBIO – Pai, por favor! Eu já to sofrendo!
EDVALDO – Porque quer!
FÀBIO – Como assim?
EDVALDO – Não tá vendo que tudo foi muito bem escrito, muito bem planejado? É óbvio que ela foi orientada, ou melhor, obrigada, a escrever tudo isso!
FÀBIO – Você acha, pai?
EDVALDO – Tenho certeza! Esquece essa carta, aliás, vamos levar essa carta ao delegado, pra contribuir nas investigações. Tá Muito claro que ela tá sob o comando desse homem.
FÀBIO – Pai, muito obrigado! Se não fosse o senhor...
Fábio abraça Edvaldo.

Cena 2 – Rua Indeterminada – Dia
No carro, Luiza e Marcelo, em uma estrada.
MARCELO – Mãe, falta muito?
LUIZA – Calma, filho, já já vamos chegar!
MARCELO – Eu quero ver meu pai, meu avô!
LUIZA – Você vai ver, Marcelo, calma!
MARCELO – Onde estamos indo? Que lugar é esse?
LUIZA – Logo você vai saber, Marcelo...

Cena 3 – Escola Napoinara – Pátio – Dia
Ciro e Dorival andando pelo pátio da escola.
DORIVAL – Ciro, o que você tá querendo?
CIRO – Ajudar, oras...
DORIVAL – Você ajudando? Conta outra...
CIRO – Por acaso eu não posso ajudar?
DORIVAL – Ciro, você sempre foi contra nós, sempre aprontou, agora vem querendo dizer que quer ajudar?
CIRO – To dizendo que quero, droga!
DORIVAL – Tá, eu não vou ficar discutindo! Você viu o Marcelo por aí?
CIRO – Nada. Nem sinal dele.
Eles passam por Miguel e Vanessa.
MIGUEL – Ciro, Dorival? Vocês dois aqui?
VANESSA – E juntos? Sem brigar? O que tá acontecendo? Haha
CIRO – Tá achando que eu só penso em brigar? Eu to querendo ajudar!
VANESSA – Ajudar? Ajudar em quê?
MIGUEL – E o quê vocês tão fazendo fora da aula? Voltem pra lá!
DORIVAL – O Marcelo sumiu!
VANESSA – Sumiu? Como assim?
CIRO – Desapareceu!
MIGUEL – Ciro, verdade isso? Por acaso você não tem nada a ver com isso?
DORIVAL – Não, professor. Dessa vez o Ciro é inocente. O inspetor apareceu na sala, dizendo que tinha alguém querendo falar com o Marcelo no pátio. Ele saiu pra conversar com essa pessoa e não voltou mais.
VANESSA – Que estranho! Mas, você disse que o inspetor avisou? Então ele viu quem era a pessoa. Vamos lá falar com ele.

Cena 4 – Delegacia – Sala do delegado – Dia
O delegado Homero Severo está falando com alguém no telefone.
HOMERO – E então, tá fazendo tudo direitinho?
HOMEM (off) – Exatamente como planejamos.
HOMERO – Muito bem! Continue trabalhando.
Homero desliga o telefone. Fábio e Edvaldo chegam.
FÀBIO – Dr. Homero Severo!
HOMERO – Fábio, alguma novidade?
FÀBIO – Sim, chegou isso.
Fábio entrega para o delegado a carta que supostamente recebeu de Ana.
HOMERO – Interessante... Mas então o caso se encerra? Ela te abandonou?
EDVALDO – Não, delegado! Não percebe o que tá acontecendo?
HOMERO – O senhor me respeita! Ou eu lhe prendo por desacato!
EDVALDO – Desculpe a alteração, delegado. É o nervosismo. O que quis dizer é que essa carta foi muito bem planejada. Provavelmente o psicopata que tá mantendo a Ana presa a obrigou a escrever isso.
HOMERO – Tem razão, faz sentido!
FÀBIO – E então, delegado, o que podemos fazer?
HOMERO – Já tenho uma equipe fazendo investigações.

Cena 5 – Favela – Casa de Tonhão – Dia
Tonhão chegando em casa. Catarina tomou alguns remédios.
CATARINA – Onde você tava?
TONHÂO – Não te interessa.
CATARINA – Olha aqui, Tonhão, eu pensei bem e não vou ficar aceitando tudo que você faz não.
TONHÂO – Hahaha. Ah é? Vai fazer o quê?
CATARINA – Eu quero me separar de você!
TONHÃO – Como é? Repete!
CATARINA – Eu quero a separação, Tonhão. Já não dá mais!
Tonhão dá um tapa na cara de Catarina.
TONHÂO – Catarina, você nunca mais fala nisso, tá entendendo?
CATARINA – Tonhão, você é um idiota! Eu não quero mais você!
Tonhão dá um soco em Catarina que cai no chão.
CATARINA – Tonhão! Para com isso! É por isso que eu quero a separação. Não dá pra aguentar isso.
Tonhão vai pra cima de Catarina e lhe dá mais uns tapas.
TONHÃO – Vagabunda! Acha que eu vou te deixar livre pra ficar com o Tonelada?
CATARINA – Pois saiba que ele é muito mais homem que você!
Tonhão dá outro soco em Catarina, levanta ela e a joga contra a parede. Catarina omeça a sangrar e chora.
CATARINA – (fraca) Tonhão, no que você se transformou!
TONHÂO – (irritado) Cala a boca, vadia!
Tonhão empurra Catarina que bate a cabeça na parede e cai desacordada.
TONHÃO – Meu Deus! O que eu fiz? Catarina, acorda! Catarina!
Tonhão pega Catarina no colo e a leva correndo para o hospital.

Cena 6 – Rio Grande do Sul – Aeroporto – Dia
BARTOLOMEU – Tchê, tu me desculpa se não te proporcionei uma viagem do jeito que tu tava acostumado. A grana aqui não é tanta que nem a tua. Haha
FRANCHESCO – Não tem problema, seu Bartolomeu! O importante é que eu to voltando pra minha terra, pra minha família!
MAZÈ – Boa viagem, bagual! E não vai esquecer de nós aqui!
FRANCHESCO – Claro que não, tchê! Haha Eu vou voltar, pra pagar a vocês tudo que fizeram por mim, por toda a ajuda. Muito obrigado!
BARTOLOMEU – Galo véio, me dá um abraço!
Bartolomeu e Mazé abraçam Franchesco e se despedem. Franchesco entra no avião rumo ao RJ.

Cena 7 – Casa de Edvaldo – Dia
O telefone toca. Edvaldo atende.
EDVALDO – Alô.
LUIZA (off) – Chama o Fábio.
EDVALDO – Luiza, o que você quer?
LUIZA – (off) Não é com você. Passa pro Fábio. É importante.
Edvaldo coloca o telefone de lado e chama Fábio.
EDVALDO – Fábio! A Luiza tá querendo falar com você.
FÀBIO – Ah, a Luiza! O que ela quer?
EDVALDO – Ela não disse, mas disse que é importante.
Fábio pega o telefone.
FÁBIO – Fala Luiza! O que você quer?
LUIZA – (off) Meu amor, que saudade!
FÀBIO – Chega, Luiza! Fala logo senão eu vou desligar!
LUIZA – (off) Vem me ver. Eu vou passar o endereço de onde eu to.
FÀBIO – Faça-me o favor, Luiza! Eu vou desligar!
LUIZA – Eu to com o Marcelo aqui comigo!
FÀBIO – Como é??? Você tá com o Marcelo?
LUIZA – Isso! E você só vai ver ele de novo se ficar comigo! Vamos ser uma família feliz!
Fábio desliga o telefone assustado.
EDVALDO – O que ela queria?
FÀBIO – Ela sequestrou o Marcelo! E agora? A Ana e o Marcelo sequestrados!

Congela em Fábio desesperado.


FIM DE CAPÌTULO.
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