quarta-feira, 8 de abril de 2015

FAKING 01X08

FAKING
·         Estreia: 30/03/2015
·         Gênero: Drama, Comédia
·         Duração: 08 Cenas
·         Origem: Brasil
·         Roteiro: André Feliph
·         Distribuidor: IPBQ Luxury
·         Classificação: 16 anos
·         Ano: 2015

1ª CENA / AEROPORTO INTERNACIONAL DO GALEÃO / MEIO DIA

Ben e Guto conversam em frente o portão de embarque imediato.
BEN: Guto, você não pode ir, não pode me deixar aqui.
GUTO: Eu achei que já estivéssemos conversado sobre isso.
BEN: Eu vou esquecer o Asher. Se quiser, eu peço até a minha transmissão da revista. Mas não estraga o que começamos a viver por causa daquele beijo tão banal.
GUTO: Ben, você não entende. A questão não é você, sou eu. É a minha vida! Acho que o que tínhamos pra viver já vivemos. Foi até bom isso ter acontecido agora, se não a decepção seria bem maior no futuro.
BEN: Você não gosta mais de mim, é isso?
GUTO: Claro que sim! Eu vou lembrar de você sempre. Eu te adoro cara.
BEN: Então fica comigo.
GUTO: Eu não posso. Já fiz minhas escolhas. Por mais dolorida que seja, se eu ficar será pior pra mim. Com o passar do tempo você se acostuma, nós nos acostumamos.
Ben agarra Guto e da um abraço bem apertado.
BEN: Eu adorei te conhecer. Você foi a pessoa mais incrível que eu conheci nos últimos meses. Desculpa por ter te decepcionado.
GUTO: Eu também adorei te conhecer. Você é uma pessoa maravilhosa. E vou esperar sua visita lá na Califórnia.
É anunciada a ultima chamada para o voo com destino a Califórnia.
BEN: Eu vou sim, pode me esperar.           
GUTO: Vou contar os dias. Agora deixa eu ir. Te adoro Ben, fica com Deus.
Ben observa Guto cruzar o portão de embarque com lagrimas nos olhos. Cena ao som de Vanessa da Mata – Boa Sorte

2ª CENA / EDIFÍCIO SOLEDADE / INTERNO / TARDE

CONNOR: [...] DNA?! Como assim eu te forcei alguma coisa?
ISIS: Larga de ser cínico, seu merda! Você me obrigou a assinar aqueles papeis em inglês e depois sumiu. Quando eu voltei do banheiro, percebi que você foi embora e levou a pasta. A cerveja que havia deixado encima da mesa também sumiu. Você armou tudo isso pra me ferrar!
TUANE: E agora você vai ter que explicar o que você tem contra a gente!
CONNOR: Peraí! A gente? Como assim a gente? Eu não estou entendendo.
PATRICK: Não se faça de idiota. Você sabe muito bem do que estamos falando. Você descobriu que a Isis matou aquele cara e agora está tentando ferrar com ela.
ISIS: Quem matou aquele cara foi você!
TUANE: ISIS!
Connor é pego de surpresa. Ele olha pra cara de cada um ali presente.
CONNOR: Quer dizer que vocês... Ai meu Deus! Vocês mataram aquele cara!
TUANE: Eu não matei ninguém!
ISIS: Mas participou do crime como cumplice e ainda ajudou a enterra-lo.
CONNOR: Que absurdo! Eu já tava achando essa história louca, mas eu vejo que a coisa e muito mais seria. Vocês três são assassinos, mataram um cara!
PATRICK: Pronto! Satisfeita, Isis. Você acaba de fazer mais uma merda!
CONNOR: Eu vou ligar pra policia, agora!
Tuane pega o telefone da mão de Connor.
TUANE: Você não vai ligar pra ninguém!
CONNOR: Ah, não? E o que vocês vão fazer o que? Me matar?!
TUANE: Você vai ter que assumir que deu um golpe na Isis e subornou o resultado do exame.
CONNOR: HAHAHHAHAHAHAAHAHAHAHAHA
PATRICK: Ta rindo de que, babaca?
CONNOR: Vocês acham mesmo que eu sou o único metido nessa jogada? Tem mais gente por trás disso. Quem fez o exame de DNA foi a mando dos advogados da vitima que a Isis cometeu... Os vocês cometeram, não estou entendendo mais nada. Vitima essa que não é o carinha que vocês jogaram na ribanceira.
Eles se chocam
PATRICK: Que palhaçada é essa, cara?
CONNOR: A palhaçada é que vocês já estão sendo investigado pela justiça há muito tempo. O caso da morte do filho da Marta foi reaberto. Ela acusa a Isis como a principal suspeita da morte do filho. Agora foi encontrado DNA dela no corpo desse carinha que vocês mataram. A família de outras vitimas já estão investigando se a Isis teve relações com essas pessoas antes de suas mortes. Ou seja, galera, a casa de vocês caiu. Eu sou peixe pequeno nessa história toda. Quer me matar? Mata! Mas tenha consciência que será mais um crime na lista de vocês.
PATRICK: Você destruiu a minha vida.
CONNOR: Eu? Tem certeza? Vocês são loucos, psicopatas... Fazem mal a sociedade.
TUANE: Não deem ouvidos a ele. Ele esta querendo desestabilizar a gente. Precisamos fugir.
CONNOR: O que será impossível! Eu não sei qual a ligação de vocês dois em todos esses crimes, mas a vida de vocês está nas mãos da Isis. Neste momento, a foto dela deve estar espalhada em todos os jornais. Até a policia federal já deve estar à procura dela. O único jeito de vocês dois fugirem é a Isis não culpando vocês no depoimento dela.
Patrick e Tuane olham para Isis que chora desesperadamente.
ISIS: A minha vida acabou!
TUANE: Não, a gente vai conseguir sair dessa. Vem comigo.
Tuane puxa Isis pelo braço e elas saem do apartamento. Patrick vai logo atrás. Ao ficar sozinho no apartamento, Connor respira aliviado.
CONNOR: Esses três não vão tão longe!

3ª CENA / EDIFICIO ALVARENGA / AREA INTERNA / TARDE

Lírio abre a porta e Danny entra.
LÍRIO: Eu não já disse que a gente não pode se encontrar aqui?
DANNY: Fica de boa que eu vi quando o Connor saiu.
LÍRIO: Então você agora fica de butuca na frente do meu apartamento?
DANNY: Ai, Lírio, me poupe.
LÍRIO: Me poupe digo eu. O que você veio fazer aqui?
DANNY: Tô precisando de uma grana.
LÍRIO: De novo?! Já é a terceira vez que te dou dinheiro esse mês!
DANNY: Qual foi? Vai ficar me regulando agora? Se não quiser me dar, beleza, mas aí o seu namoradinho vai ficar bem tristinho com a história que vou contar a ele.
LÍRIO: Ta, tudo bem! (Ele tira dinheiro da carteira). Toma essa grana e some. Não me apareça antes do mês acabar.
DANNY: Pode ficar sossegado, Lírindo. Seu segredinho vai ficar bem guardadinho.
LÍRIO: Assim espero!

4ª CENA /  EDIFÍCIO SOLEDADE / APT. CLAUDIO / QUARTO DE PATRICK / TARDE

Branca entra no quarto do filho e encontra ele arrumando uma mochila.
BRANCA: Que roupas são essas? Porque esta arrumando essa mochila?
PATRICK: Eu vou... Vou passar o final de semana na casa da Isis.
BRANCA: Você nunca leva roupas... Pelo menos não essa quantidade.
PATRICK: Você não acha que eu estou grandinho demais pra ficar me regulando, não?
BRANCA: Eu sou sua mãe. Pra mim você sempre será um bebê.
PATRICK: Poupe-me de suas babaquices.
BRANCA: Patrick, meu filho, eu não admito que você fale assim comigo!
Ele para de arrumar a mochila, olha para a mãe por alguns segundos.
PATRICK: Tudo bem, desculpas. É que as vezes eu gostaria de ficar sozinho e a senhora vem me encher de perguntas e...
BRANCA: Eu vou embora, não seja por isso.
PATRICK: Fica!
Ele abraça ela bem apertado como se tivesse dando um adeus.
PATRICK: Eu sei que não sou o melhor filho do mundo, mas eu te amo muito.
BRANCA: Eu também te amo muito, meu querido. Você é a razão de toda a minha vida. Mas agora vou deixar você acabar de arrumar sua mochila. Qualquer coisa to lá na cozinha.
Ela sai e ele volta a pôr mais roupas na mochila.

5ª CENA / EDIFÍCIO SOLEDADE / INTERNO / TARDE

Ben chega em casa e encontra Connor.
BEN: Você?!
Eles se encaram
CONNOR: Ben... Eu vim aqui justamente pra falar com você.
BEN: Eu achei que já tínhamos conversado tudo.
CONNOR: Não! Eu preciso que você me explique algumas coisas. Você sempre implicou com o Lírio, mas nunca chegou pra conversar comigo sobre ele. Até que eu encontrei aquelas fotos dentro de um envelope no seu guarda-roupa. Eu perdi a cabeça, achei que você estava armando pra acabar com o meu namoro.
BEN: Connor, sinceramente, eu não sei porque você está voltando com esse assunto.
CONNOR: Eu descobrir que o Lírio investiga a minha vida há muito tempo. Ele tem uma pasta no computador com várias informações minhas e da minha família. Eu sei que você sabe mais do Lírio do que eu mesmo. Você precisa me explicar.
BEN: Você já conversou com ele sobre isso?
CONNOR: Não! Ele nem sabe que eu sei. E mesmo se eu perguntasse, jamais falaria a verdade. Por isso que preciso saber de você; O que o Lírio esconde de mim?

Corta Para:
6ª CENA / CARRO DE PATRICK / ESTRADA / TARDE

PATRICK: [...] Não sei não... A Isis não vai gostar nadinha de saber que a gente fugiu sem dizer nada a ela.
TUANE: A gente não pode se arriscar assim. E se a Isis revelar que a gente foi cumplice dela em todos os assassinatos? Ferrou. Vamos presos também!
PATRICK: Mas e se ela não falar, levar a culpa de tudo?
TUANE: Acho bem improvável. Mas seja lá qual for a decisão dela, precisamos nos garantir, sair do Brasil.
PATRICK: E pra onde nós vamos?
TUANE: Argentina. A américa do sul é o único lugar que podemos entrar sem passaporte. Chegando na Argentina a gente pega outro destino.
PATRICK: Não seria mais fácil a gente ir de avião? De carro vai demorar muito!
TUANE: Patrick, cala a boca e não reclama. Se não fosse por mim a gente não ia sair dessa tão cedo.
PATRICK: Eu estou com medo.
TUANE: Vai dar tudo certo.

7ª CENA / EDIFÍCIO SOLEDADE / INTERNO / TARDE

CONNOR: [...] Então, Ben. Você vai ou não me contar sobre o Lírio?
Félix chega em casa
FÉLIX: Ué! Não sabia que você estava aqui Connor.
CONNOR: Eu precisava conversar com o Ben.
FÉLIX: Então quer dizer que vocês se acertaram?
CONNOR: Vai depender do que o Ben tem pra me dizer.
FÉLIX: Bom, eu vou deixar vocês a vontade.
BEN: NÃO! Você fica. Vamos acabar logo com essa palhaçada.
CONNOR: Então fala!
BEN: Eu mentir pra vocês quando disse que vim do interior pra morar na cidade grande. Eu já morava aqui. Cheguei na adolescência, porque minha mãe havia me botado pra fora de casa quando descobriu que eu era gay. Não tinha onde morar, foi aí que vi um anuncio no jornal de uma casa de shows que alugava quartos para jovens que vinham do interior, eu fui. Mas a casa de show na verdade era uma espécie de cabaré, porém gay. Para pagar a estadia lá, tínhamos que fazer programas na zona sul. Era algo muito organizado e rendia muito dinheiro. Eu acabei topando e lá eu conheci o Lírio. Apesar de ser o garoto que mais lucrava fazendo programas, sempre foi ambicioso. Ele não se conformava por ganhar a vida fazendo programas, porém não queria sair pra arranjar um emprego fixo, então vivia com um papo de que iria encontrar algum otário pra casar e depois dar um pé na bunda.
Close na cara de decepção do Connor.
FÉLIX: Eu to passado!
CONNOR: DESGRAÇADO! Ele me pediu em casamento.
FÉLIX: Então ele queria te dar um golpe.
CONNOR: Ben, você sabia de tudo isso e nunca me contou.
BEN: Mas você não deixou!
CONNOR: Como não?
BEN: Aquelas fotos, eu ia te explicar porque eu estou deitado com o Lírio naquela cama. Mas você começou a gritar, não me deixava falar.
CONNOR: Claro. Se coloca no meu lugar. Eu havia acabado de encontrar fotos com o meu namorado na cama do meu melhor amigo. E foi por isso que você não contou nada, porque estava mancomunado com ele.
BEN: Connor, não tem sentido essa atrocidade que você está falando.
CONNOR: Como não? Liga os pontos, você pode muito bem estar acobertando ele pra tirar sua porcentagem quando ele me desse o golpe.
BEN: EU FUI CHANTAGEADO!
CONNOR: Mentira!
BEN: Connor, você acha que era fácil para mim ter que vender o corpo pra pagar um quartinho, os estudos, pra ter o que comer? Você acha que eu me orgulhava disso? Que eu achava lindo mentir pra minha mãe todas as vezes que ela perguntava como estou no trabalho? Você fala isso porque sempre foi rico. Seus pais, mesmo nos Estados Unidos, sempre te deu todo! Você morou nesse apartamento classe C porque quis, suas condições pode te proporcionar coisas melhores. Eu fui cego pelo dinheiro fácil de apenas uma noite. Eu fatura muito, me achava o tal. Eu era burro, isso sim! E o Lírio sabia o quanto esse meu passado me doía, e usou pra comprar o meu silencio. Mas é claro que eu não concordei, daí nós tivemos uma briga e ele me acertou na cabeça. Repara bem nas fotos, eu não estou dormindo, estou desmaiado. Ele armou tudo isso porque sabia que se caso eu contasse toda a verdade, essas fotos seriam usadas contra mim.
CONNOR: E daí você decidiu pegar essas fotos e guardar no seu guarda-roupa.
BEN: Aquilo era copia. Ele me deu justamente pra cada vez que pensar em contar a verdade pra você, eu olhar pras fotos e pensar na chantagem. Mas eu juro, eu já estava quase contando isso pra você.
CONNOR: Eu não acredito. Não acredito como pude ser tão burro! Tão idiota! Que odioooooooooo.
BEN: Connor, eu nunca quis o seu mal. Você e o Félix são os meus primeiros amigos, jamais eu trairia vocês.
FÉLIX: Connor, eu acredito no Ben. Não é porque ele revelou o passado do Lírio, mas eu sempre achei aquele garoto estranho.
CONNOR: Eu preciso conversar com o Lírio. Ele tem que me explicar essa historia direito!

Corta Para:
8ª CENA / DELEGACIA DE POLICIA / SALA DO DELEGADO / TARDE

Isis depondo
DELEGADO: [...] Então a senhorita assume que levou o corpo daquele rapaz até a ribanceira?
ISIS: Assumo. Eu fiquei apavorada ao encontrar aquele corpo na minha casa. Como eu disse, havia dado uma festa, acredito que ele passou mal e caiu.
DELEGADO: Ele foi estrangulado!
ISIS: Mas eu não sabia, eu não vi. Quando encontrei o corpo a festa havia acabado, eu me desesperei. Fiquei com medo e o único jeito que tinha pra escapar era jogando o corpo naquela ribanceira.
DELEGADO: E a senhorita carregou o corpo, colocou no seu carro e despachou?
ISIS: Sim, foi justamente assim.
DELEGADO: Dona Isis, eu vou te fazer uma pergunta e olhar no fundo dos seus olhos. A senhorita, em algum momento, teve ajuda de uma segunda, ou quem sabe terceira pessoa?
Isis é pega de surpresa, não esperava pela pergunta
Flash Back
PATRICK: Você destruiu a minha vida.
CONNOR: Eu? Tem certeza? Vocês são loucos, psicopatas... Fazem mal a sociedade.
TUANE: Não deem ouvidos a ele. Ele esta querendo desestabilizar a gente. Precisamos fugir.
CONNOR: O que será impossível! Eu não sei qual a ligação de vocês dois em todos esses crimes, mas a vida de vocês está nas mãos da Isis. Neste momento, a foto dela deve estar espalhada em todos os jornais. Até a policia federal já deve estar a procura dela. O único jeito de vocês dois fugirem é a Isis não culpando vocês no depoimento dela.
Patrick e Tuane olham para Isis que chora desesperadamente.
Fim do Flash Back
DELEGADO: Então, dona Isis. Estou esperando a resposta. A senhora teve a ajuda de alguém em todos esses assassinatos?
Isis encara o delegado. Fica muda e apreensiva.

CONTINUA...


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