(Eles entram gritando)
Luan: VAMOS GALERA, VAMOS DESTRUIR ESSE LUGAR!
(Eles jogam álcool por toda parte. De seu quarto, Núbia observa tudo)
Núbia: Que palhaçada é essa?
Enfermeiro: Parece que vão incendiar a clínica! Vamos dona.
Núbia: Calma.
(Núbia e o enfermeiro saem do quarto. Eles jogam vários fósforos. Rapidamente o fogo toma conta da clínica)
Enfermeiro: Vamos por ali.
(Eles tentam abrir uma porta, mas ela está trancada)
Núbia: INFERNO! Abre logo isso.
Enfermeiro: A porta emperrou.
(Luan e seus capangas saem da clínica. Minutos depois o fogo chega na cozinha, ele vai de encontro ao botijão de gás. A clínica explode. No mesmo instante, Rodrigo e Eduarda chegam de carro)
Rodrigo: O que é isso?
Eduarda: Ai meu Deus, a clínica pegou fogo!
Rodrigo: E a minha mãe está lá. Eu vou entrar.
Eduarda: Não, não faça isso!
Rodrigo: É a vida da minha mãe que está em risco.
(Ele sai do carro e entra na clínica)
Eduarda: Isso pode ser perigoso. Vou liga para o corpo de bombeiros.
(Ela pega o celular, disca uns números e leva ao ouvido)
Eduarda: Alô, é do corpo de bombeiros?
Cena 2: Clínica Psiquiátrica/Interno/Noite
(Rodrigo entra correndo)
Rodrigo: MÃE! MÃE! CADÊ A SENHORA?
(Cena ao som do instrumental “Perseguição” – Avenida Brasil)
Rodrigo: Ai meu Deus, salva a minha mãe!
(Ele corre por toda clínica, mas não consegue entra nos quartos. O fogo começa a aumentar, ele não consegue mais respirar)
Cena 3: Clínica Psiquiátrica/Externo/Noite
(A ambulância chega. Há uma aglomeração de pessoas em frente a clínica)
Eduarda: Ainda bem que vocês chegaram. O meu marido está lá dentro.
Bombeiro1: Por que a senhora não impediu a entrada dele?
Eduarda: Eu tentei, mas ele insistiu e entrou!
Bombeiro1: Vamos galera, peguem essa mangueira e tentem controlar o fogo. Eu vou entrar na clínica.
Bombeiro2: Mas não é perigoso?
Bombeiro1: Fomos treinados para isso. Agora sem mais perguntas, vamos agir para evitar o pior!
(Alguns bombeiros pegam uma mangueira e jogam água sobre a clínica. O outro entra na clínica, ele força Rodrigo a sair. Minutos depois da saída dos dois, a clínica explode novamente, vindo abaixo)
Rodrigo: NÃAAAO! MÃE!
Eduarda: Seja forte, meu amor.
Rodrigo: Não posso, a minha mãe querida se foi!
Eduarda: Eu sinto muito.
(Rodrigo chora nos braços de Eduarda. Uma ambulância chega)
Eduarda: Calma, meu amor.
Rodrigo: Como ter calma num momentos desses?
Eduarda: Me perdoe, meu amor.
Rodrigo: Tudo bem, você não tem culpa.
Eduarda: Você está respirando mal, meu bem.
Rodrigo: Eu estou com falta de ar.
Eduarda: Vai ali naquela ambulância.
Rodrigo: Tudo bem.
Cena 4: Mansão Marchiori/Sala/Noite
(Ana está sentada no sofá, quando tem um mal pressentimento)
Teresa: O que foi, dona Ana?
Ana: Tive um mal pressentimento... não sei, parece que algo estranho vai acontecer.
Teresa: Deus que nos livre!
Ana: Amém!
(De repente o telefone toca. Ana atende)
Ana: Alô?
[...]
Ana: Ai meu Deus, eu vou para aí!
(Ela desliga o telefone)
Teresa: O que aconteceu?
Ana: A clínica onde a minha estava internada explodiu.
Teresa: Ai meu Deus, coitadinha!
Ana: Eu vou pra lá agora.
Teresa: Tudo bem.
(Ana sai de casa)
Teresa: Tomara que fique tudo bem pra dona Núbia!
Cena 5: Rua/Noite
(Núbia e o Enfermeiro estão andando sobre uma passarela)
Núbia: Enfim livre!
Enfermeiro: Escapamos por pouco.
Núbia: Quase que aquela porta nos trai.
Enfermeiro: Iremos para chácara agora?
Núbia: Calma queridinho, tudo tem seu tempo.
Enfermeiro: E o que faremos agora?
Núbia: Eu irei pra chácara sozinha!
Enfermeiro: Como assim? Você está brincando, né?
Núbia: Não estou brincando, estou falando sério!
Enfermeiro: Como você pode me trair?
Núbia: Não considere isso uma traição.
Enfermeiro: TRAIDORA! MALDITA!
Núbia: Não fale assim de mim, me sinto ofendida.
(Ele agarra no braço de Núbia)
Núbia: Me solta.
Enfermeiro: Só irei te soltar quando chegarmos na delegacia.
Núbia: Nem pensar, você vai me soltar agora.
(Núbia tira o braço a força ele se desequilibra e cai da passarela)
Núbia: Ops... caiu!
(O corpo do enfermeiro chega ao chão morto)
Núbia: Descanse em paz!
(Núbia sai andando calmamente pela passarela)
Cena 6: Clínica Psiquiátrica/Externo/Noite
(Ana chega com seu carro a toda velocidade)
Ana: Encontraram o corpo da Núbia?
Eduarda: Infelizmente não. Os bombeiros me disseram que ela pode ter morrido carbonizada!
Ana: Meu Deus, que horror!
Eduarda: Eu também acho.
Ana: Ela é uma pessoa má, mas não merecia ter um fim assim.
Eduarda: Eu também acho. Ao menos estamos livres das maldades dela!
Ana: Tem razão. Onde o Rodrigo está?
Eduarda: Ele está naquela ambulância.
Ana: Ele passou mal?
Eduarda: Sim, ficou com falta de ar.
Ana: Eu vou até ele.
Eduarda: Tudo bem.
Cena 7: Ambulância/Interno/Noite
Ana: Você está melhor?
Rodrigo: Sim, mas ainda estou abalado.
Ana: Eu também estou, a Núbia não merecia um fim desses.
Rodrigo: Ela não merecia mesmo. Vou sentir tanta falta da mamãe.
Ana: Eu sinto muito.
Rodrigo: Obrigado.
Cena 8: Cena da cidade de São Paulo da noite para o dia
MESES DEPOIS
Cena 9: Mansão Marchiori/Sala/Tarde
Ana: A sua barriga está enorme!
Eduarda: Está mesmo. Já estou com 9 meses.
Ana: Isso significa que o bebê pode nascer a qualquer momento, né?!
Eduarda: Sim, a qualquer momento!
Mariana: Boa tarde, meu amor.
Eduarda: Boa tarde, mamãe. Adoro poder ouvir sua voz, a sua decisão de ter aceitado morar comigo foi perfeita!
Mariana: Mas eu só aceitei porque você está há ponto de ganhar o meu netinho.
(Eduarda sente umas pontadas)
Eduarda: Ai, ai minha barriga.
Mariana: O que foi?
Eduarda: Senti umas pontadas! Ai meu Deus, a bolsa estourou!
Mariana: O meu neto vai nascer!
Ana: Eu vou tirar o carro da garagem.
(Ana se direciona a garagem)
Mariana: E eu vou pegar a bolsa com as coisinhas do bebê.
(Minutos depois Mariana desce as escadas com as coisas o bebê)
HORAS DEPOIS
Cena 10: Hospital/Sala do Parto/Tarde
(Ouve-se o choro do bebê)
Mariana: O meu netinho nasceu!
Rodrigo: O meu filho nasceu!
Ana: Ou filha, não se sabe!
(A médica sai da sala)
Rodrigo: Então doutora, qual o sexo do meu bebê?
(A médica fica em silêncio)
FIM DE CAPÍTULO
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