Continuação imediata do
capítulo anterior.
Cena 1 – Casa de
Tonhão – Dia
Catarina começa a
chorar. Tonelada a abraça. Um clima começa a surgir. Eles se
beijam. No momento, Tonhão chega em casa e os surpreende.
TONHÃO – (gritando)
Que merda é essa aqui?
Catarina e Tonhão se
assustam.
TONELADA – Tonhão, eu
posso explicar...
TONHÃO – Cala a boca!
TONELADA – Tonhão, eu
não quis...
TONHÂO – Não quis e
tava pegando minha mulher, desgraçado? E eu te considerava meu
melhor amigo!
TONELADA – Não é
isso... Eu não quis que fosse assim! Você é meu melhor amigo, meu
irmão!
TONHÃO – Já disse pra
calar a boca, seu merda!
Tonhão dá um soco na
cara de Tonelada.
TONELADA – Eu não vou
revidar, Tonhão. Eu sei o que você tá sentindo.
CATARINA – Parem!
TONHÂO – E cala a boca
você também, vadia!
TONELADA – Tonhão,
vamos resolver entre nós! Não brigue com a Catarina!
TONHÃO – Vai defender
a amante, é? Como é que eu não desonfiei? Você sempre defendendo
ela...
TONELADA – Tonhão...
Tonhão dá outro soco em
Tonelada, que nada faz.
TONHÃO – Já sei o que
vou fazer! Já devia ter feito isso antes!
TONELADA – Tonhão, o
que você vai fazer? A gente sempre foi amigo, desde infância,
lembra?
TONHÂO – Tá com
medinho, é? Cagão! Você é que deveria ter lembrado que somos
amigos de infância antes de fazer essa trairagem!
TONELADA – Deixa eu
explicar, Tonhão!
TONHÃO – Cala a boca!
Tonhão pega Tonelada e
sai com ele porta à fora.
CATARINA – Ai, meu
Deus! Cadê meus remédios?
Enquanto isso, na rua...
Tonhão joga Tonelada no chão.
TONHÂO – Fica longe da
minha casa, da minha família!
TONELADA – Mas,
Tonhão... Onde é que eu vou ficar?
TONHÂO – Te vira!
Tonhão entra.
TONELADA – (gritando)
Poupa a Catarina, Tonhão! Ela não tem culpa de nada!
Cena 2 – Rio Grande
do Sul – Floresta – Dia
Franchesco
segue caminhando pela floresta, na mesma direção, parando várias
vezes pra descansar e se alimentando de insetos que encontra.
Cena 3 – Casa de
Família Chateaubriand – Dia
MIGUEL
– E essa é a minha casa! Seja bem vinda!
VANESSA
– Com licença!
MIGUEL
– Fique à vontade! Senta...
Vanessa
senta no sofá.
MIGUEL
– Quer beber alguma coisa?
VANESSA
– Eu aceito um copo d'água
MIGUEL
– Tem suco. Aceita?
VANESSA
– Pode ser...
Miguel
vai até a cozinha buscar um suco. Vanessa fica aguardando na sala..
Cena 4 – Jornal
Bertollo – Sala da Presidência – Dia
GUILHERME – Ai, ai!
Como é bom ser poderoso! Hahaha O próximo passo é ter a Ana de
volta!
Luiza bate na porta e
entra.
LUIZA – Com licença,
Guilherme...
GUILHERME – Já disse
que é doutor Guilherme, pra você!
LUIZA – Tá certo,
dou-tor Gui-lher-me!
GUILHERME – Olha a
irônia... Fala logo!
LUIZA – Tem um homem aí
querendo falar com você.
GUILHERME – Quem é?
LUIZA – Ele disse que é
da família. Tinha um nome bem estranho!
GUILHERME – Hahaha.
Pode mandar entrar que eu sei quem é.
Cena 5 – Casa de
Tonhão – Dia
CATARINA – O que você
fez com o Tonelada?
TONHÃO – Preocupada
com o amante, é? Vagabunda!
CATARINA – Pode me
xingar, Tonhão, você sabe que não ligo! Mas, por favor, não faz
nada com o Tonelada! Ele é seu amigo de infância!
TONHÂO – Ele deveria
ter lembrado disso... agora é tarde!
CATARINA – (assustada)
O que você fez, Tonhão???
TONHÃO – Nada,
Catarina. Pode ficar tranquila que ele tá vivo. Sò mandei ele pra
fora daqui e ele que não pense em se aproximar de novo, senão, aí
é que eu vou fazer!
CATARINA – Graças a
Deus!
TONHÃO – Feliz pelo
amante? Eu deveria ter te mandado junto!
Cena 6 – Casa da
família Chateaubriand – Dia
Vanessa aguardando na
sala, quando Edgar chega.
EDGAR – Ora ora...
temos visita! E que visita! Haha
VANESSA – Muito prazer,
Vanessa! Sou colega do Miguel.
Ela estende a mão. Ele
retribui e beija a mão de Vanessa.
EDGAR – Encantado. Eu
sou irmão do Miguel. Ele não me falou que tinha uma colega tão
bela!
VANESSA – haha Que
isso!
EDGAR – Ei, eu já te
vi!
VANESSA – Sério? Onde?
EDGAR – Na verdade, eu
quase te atropelei um dia desses! Haha Me perdoa!
VANESSA – Então você
é o desgraçado? Nossa! Te xinguei tanto naquele dia!
Os dois riem. Miguel
chega.
MIGUEL – To vendo que
vocês já se conheceram!
Cena 7 – Jornal
Bertollo – Sala da Presidência – Dia
Tonelada entra.
GUILHERME – Tonelada,
meu amigo! O que tá fazendo aqui, cara?
TONELADA – To vendo que
você subiu de vida mesmo, hein? Que sala!
GUILHERME – E não é?
Haha
TONELADA – Bem
Guilherme, o que me trouxe aqui não é nada agradável.
GUILHERME – Como assim?
O que aconteceu? Fala Tonelada! Aconteceu algo com minha mãe ou meu
pai?
TONELADA – Bem,
aconteceu...
GUILHERME – Cara,
desembucha! Você tá me deixando nervoso! O que aconteceu? Eles tão
bem?
TONELADA – Na verdade,
aconteceu entre eu e sua mãe, Guilherme!
GUILHERME – Como assim,
Tonelada? Não to te entendendo!
TONELADA – Bem... como
é que vou dizer... Guilherme, depois do que aconteceu, eu tive que
vir aqui falar com você, achei melhor você saber por mim. Vou ser
direto! Eu e sua mãe nos beijamos, seu pai nos flagrou e me expulsou
de casa!
Tonelada recupera o
fôlego depois de contar tudo, já esperando apanhar de Guilherme,
que apenas fica calado.
TONELADA – Como é? Não
vai falar nada?
GUILHERME – Tonelada,
eu devia te matar! Como é que você teve coragem?
TONELADA – Eu sei,
Guilherme! Eu errei! Me perdoa! Mas, entendo, se você quiser me
bater, me xingar! To pronto! Vai lá!
Guilherme pega Tonelada
pelo colarinho...
GUILHERME – (alterando
a voz) Eu devia... eu devia...
TONELADA – Vai, bate!
Eu mereço!
Guilherme solta Tonelada.
GUILHERME – Não vou
fazer nada, Tonelada. Apesar da sacanagem que você fez com meu pai,
tenho notado que você cuida bem melhor da minha mãe do que meu
próprio pai.
TONELADA – Ela merece,
Guilherme. É uma pessoa incrível!
GUILHERME – Tá, chega!
Não vai ficar elogiando aqui na minha frente!
TONELADA – O que você
pretende fazer?
GUILHERME – Temos que
ver onde você vai morar agora. Lá em casa, realmente não dá mais!
E eu já sei onde!
TONELADA – Onde?
GUILHERME – Você vai
saber! Vem!
Guilherme e Tonelada saem
da sala.
GUILHERME – Luiza, eu
não volto mais hoje!
LUIZA – Ok, doutor
Guilherme!
Cena 8 – Paisagens
da Cidade – Dia
Cenas da Cidade ao som de
Raul Seixas – Tente Outra Vez.
Uma semana depois...
Cena 9 – Hospital –
Saguão – Dia
Edvaldo empurrando a
cadeira de rodas com Mariana. Marcelo guiando Dorival pelo braço.
MARIANA – Não deveria
ter ficado tanto tempo aqui! Foi só um desmaio!
EDVALDO – Se o médico
achou melhor... foi bom pra senhora descansar, dona Mariana!
DORIVAL – Que bom que
pude vir buscar você, mãe!
MARIANA – É... mas, o
senhor não vá acostumando que não vai ficar faltando aula!
MARCELO – E meu pai?
EDVALDO – Tá
trabalhando aqui perto. Quer falar com ele enquanto vamos até a
farmácia falar com a Ana?
MARCELO – Não, não
precisa. Falo com ele em casa.
Edvaldo, Mariana, Marcelo
e Dorival seguem até a farmácia pra conversarem com a Ana
rapidamente e depois seguem pra casa, já que Mariana recebeu alta.
Cena 10 – Rio Grande
do Sul – Floresta – Dia
FRANCHESCO – Finalmente
cheguei! Não aguentava mais só ver árvore e mato na frente! Onde
será que isso vai dar.
Franchesco caminha mais
um pouco e é surpreendido por uma arma apontada pra ele.
HOMEM – Te achei,
maldito!
Congela em Franchesco
assustado.
FIM DE CAPÌTULO.
0 comentários:
Postar um comentário