Continuação imediata do
capítulo anterior.
Cena 1 – Hospital –
Saguão – Dia
FÁBIO – Ah, como é
bom respirar o ar da liberdade!
No momento, Guilherme
chega.
GUILHERME – Que
palhaçada é essa aqui?
ANA – Guilherme, o que
você tá fazendo aqui?
GUILHERME – Eu é que
pergunto.
ANA – Eu trabalho nesse
hospital, lembra?
GUILHERME – (alterado)
Isso eu sei! Quero saber o que você tá fazendo com esse aí!
FÁBIO – Pera aí. Esse
aí não! E acho bom você falar direito com ela!
GUILHERME – Ah é? E se
eu não quiser? Vai me atropelar com essa cadeira? Hahaha
FÁBIO – Cara, cê sabe
com quem tá falando?
GUILHERME – Você é o
papa por acaso? Nem se fosse! To nem aí!
ANA – (gritando) Parem
já com isso!
GUILHERME – Tá
defendendo o inválido agora é?
FÁBIO – Invalido é a
….
ANA – Chega! Guilherme,
para com isso! Vá embora! Depois conversamos!
GUILHERME – Eu vou, mas
isso não vai ficar assim!
Guilherme sai irritado.
FÁBIO – Ana, me
desculpe. Eu não quero causar nenhum problema pra você!
ANA – Não se preocupe,
Fábio. Depois eu me entendo com ele.
Cena 2. Hospital –
Sala do Médico – Dia
EDVALDO – E então,
Doutor, me fala a verdade... O Fábio vai ficar como era antes?
DOUTOR ARTHUR – Claro.
E por que não? Ele fraturou algumas costelas, teve alguns
ferimentos, mas nada de grave.
EDVALDO – Que bom,
doutor!
DOUTOR ARTHUR – Ele tá
indo pra casa agora, mas eu quero que ele fique alguns dias em
repouso, sem fazer muito esforço. E claro, que tome esses remédios
que eu vou receitar aqui.
EDVALDO – Pode deixar,
Doutor.
MARCELO – Vamos cuidar
bem do meu pai!
DOUTOR ARTHUR – Sendo
assim, em alguns dias, ele vai ficar novo em folha!
Cena 3. Jornal
Bertollo – Recepção – Dia
Franchesco chega pra
trabalhar.
FRANCHESCO – Bom dia,
Luiza!
LUIZA – Bom dia, Dr.
Franchesco!
FRANCHESCO – Tive
alguns problemas familiares, por isso to chegando agora.
LUIZA – Não há
problema, afinal, o senhor é o chefe! Haha
FRANCHESCO – Tudo em
ordem por aqui? Algum recado pra mim?
LUIZA – Um pouco mais
cedo teve um rapaz aí querendo falar com o senhor.
FRANCHESCO – E quem
era? O que queria? Ele disse?
LUIZA – Não. Não quis
se identificar. Cá pra nós, Dr. Franchesco, parecia um marginal.
FRANCHESCO – Ah é?
Bom, se for importante, ele deve voltar. Se for pra fazer algum mal,
espero que nem volte!
LUIZA – Verdade.
FRANCHESCO – Bom, vou
pra minha sala.
LUIZA – Ok.
Cena 4. Hospital –
Saguão – Dia
Edvaldo e Marcelo chegam.
Ana e Fábio o aguardam.
EDVALDO – E aí, tudo
bem? Fábio, cê tá bem? Podemos ir?
FÁBIO – Claro, pai.
Tudo certo. Vamos que já to louco pra ir pra casa.
MARCELO – Também quero
ir pra casa. Hoje nem vou pra escola.
EDVALDO – Tá bom,
Marcelo. Hoje tudo bem, você não vai.
ANA – O ambiente
hospitalar não é nada bom mesmo. Fico feliz que estejam todos bem.
EDVALDO – Ana, eu não
sei nem como te agradecer por tudo que você fez pelo meu filho.
FÁBIO – Eu também
não. Muito obrigado por tudo, Ana.
ANA – Gente, que isso!
Qualquer um no meu lugar faria o mesmo. Assim vocês me deixam sem
jeito.
MARCELO – Gostei muito
de te conhecer, Ana.
ANA – Eu também,
Marcelo. E agora que sei que você é colega do meu irmão, vamos nos
ver mais.
FÁBIO – Assim espero!
Quero te ver de novo, Ana.
ANA – Vamos nos ver
sim, Fábio, afinal você trabalha aqui, né?
Fábio fica sem jeito.
FÁBIO – É.
EDVALDO – Bom, vamos
lá?
Eles se despedem de Ana,
que fica no hospital pra trabalhar.
ANA – Eu fico por aqui.
Afinal, tenho que trabalhar! Haha
FÁBIO – Bom trabalho,
Ana!
ANA – Obrigada! E boa
recuperação pra você.
Cena 5. Escola
Napoinara – Sala de Aula – Dia
Os alunos entram em sala.
A professora Vanessa cumprimenta e vê que Marcelo não tá.
VANESSA – Bom dia,
queridos! Ué, o Marcelo não veio hoje?
DORIVAL – É,
professora. Ele teve um problema com o pai dele, que tá no hospital.
VANESSA – Meu Deus, mas
será que tá tudo bem?
DORIVAL – Tá sim,
professora. Ele só não veio porque o pai dele recebe alta hoje e
ele vai ficar lá pra dar um apoio.
VANESSA – Então tá.
CIRO – (baixo) Um
deficiente a menos hoje.
Dorival ouve o comentário
de Ciro e rebate.
DORIVAL – (baixo) Hoje
a aula vai estar menos inteligente.
A professora não ouve a
conversa entre os aulos.
VANESSA – Bem, vamos
começar a aula? Vou fazer a chamada...
Cena 6. Escola
Napoinara – Direção – Dia
Mariana pega o telefone e
faz uma ligação.
MARIANA – Alô! Seu
Edvaldo? E aí, como tá seu filho?
…
MARIANA – Ah, que ótima
notícia!
…
MARIANA – Não se
preocupe. Fique com ele por esses dias.
..
MARIANA – Claro! Então
tá. Mande lembranças à família. Tchau e tenha um bom dia!
…
Ela desliga.
MARIANA – Tudo bem por
lá, graças a Deus.
Mariana volta a fazer
suas atividades.
Cena 7. Casa de
Edvaldo – Sala – Dia
MARCELO – Quem era,
vovô?
EDVALDO – Era a dona
Mariana, queria saber como tá o Fábio.
FÁBIO – Quem?
EDVALDO – A mãe da
Ana.
FÀBIO – Ah sim.
Agradeço a preocupação.
MARCELO – Pai, o vovô
vai trabalhar na casa da Ana, sabia?
FÀBIO – É? Como
assim, pai?
EDVALDO – Sim, filho.
Foi uma surpresa pra mim. Eles tavam precisando de um motorista.
FÀBIO – E o ponto de
táxi?
EDVALDO – Não deu pra
recusar a proposta, filho. Insistiram tanto. E vai ser bom ter um
emprego com salário regular nessa altura da vida. Lá no táxi tem
dia que tem mais movimento, outro dia que não...
FÀBIO – Fico muito
feliz pelo senhor, pai!
MARCELO – Pai, aí você
vai ver mais a Ana.
EDVALDO – Como assim,
Marcelo?
MARCELO – Ué, vovô,
não percebeu que o pai ficou apaixonado?
FÀBIO – Marcelo! Para
já com isso! Ela tem namorado!
EDVALDO – È verdade
isso, Fábio? Haha
FÀBIO – Não, pai.
Bobagem do Marcelo.
EDVALDO – Se fosse,
saiba que eu faria muito gosto.
FÀBIO – Mas não é e
não vai ser.
Fábio fica completamente
sem jeito.
Cena 8. Jornal
Bertollo – Recepção – Dia
Guilherme chega. Luiza
toma um susto.
GUILHERME – Bu!
LUIZA – Você de novo?
GUILHERME – Não. O
Bozo! Claro que sou eu. Chama o chefe aí. Ele já chegou, né?
LUIZA – Chegou, mas eu
não vou chamar se você não disser quem é.
GUILHERME – E eu lá
vou dar satisfação pra subalterno?
LUIZA – Senhor, são
normas da empresa. Por favor, respeite.
GUILHERME – E se eu não
quiser?
No momento, Franchesco
aparece.
FRANCHESCO – Guilherme,
você por aqui?
GUILHERME – Seu
Franchesco! Preciso muito falar com o senhor.
FRANCHESCO – Entre.
Vamos conversar na minha sala. Algum problema com a Ana?
GUILHERME – Não, não.
Tudo certo. É assunto meu mesmo.
FRANCHESCO – Vamos até
minha sala!
Guilherme vai indo em
direção à sala de Franchesco, mas antes passa por Luiza e lhe fala
ao ouvido.
GUILHERME – (baixinho)
Aprendeu, otária?
Guilherme entra. Luiza
continua fazendo suas atividades.
LUIZA – Você é quem vai aprender que não deveria ter me provocado! Logo logo!
Congela no olhar
ambicioso de Luiza.
FIM DE CAPÌTULO.
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