segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Superação - Capítulo 21


Continuação imediata do capítulo anterior.

Cena 1 – Hospital – Saguão – Dia
FÁBIO – Ah, como é bom respirar o ar da liberdade!
No momento, Guilherme chega.
GUILHERME – Que palhaçada é essa aqui?
ANA – Guilherme, o que você tá fazendo aqui?
GUILHERME – Eu é que pergunto.
ANA – Eu trabalho nesse hospital, lembra?
GUILHERME – (alterado) Isso eu sei! Quero saber o que você tá fazendo com esse aí!
FÁBIO – Pera aí. Esse aí não! E acho bom você falar direito com ela!
GUILHERME – Ah é? E se eu não quiser? Vai me atropelar com essa cadeira? Hahaha
FÁBIO – Cara, cê sabe com quem tá falando?
GUILHERME – Você é o papa por acaso? Nem se fosse! To nem aí!
ANA – (gritando) Parem já com isso!
GUILHERME – Tá defendendo o inválido agora é?
FÁBIO – Invalido é a ….
ANA – Chega! Guilherme, para com isso! Vá embora! Depois conversamos!
GUILHERME – Eu vou, mas isso não vai ficar assim!
Guilherme sai irritado.
FÁBIO – Ana, me desculpe. Eu não quero causar nenhum problema pra você!
ANA – Não se preocupe, Fábio. Depois eu me entendo com ele.

Cena 2. Hospital – Sala do Médico – Dia
EDVALDO – E então, Doutor, me fala a verdade... O Fábio vai ficar como era antes?
DOUTOR ARTHUR – Claro. E por que não? Ele fraturou algumas costelas, teve alguns ferimentos, mas nada de grave.
EDVALDO – Que bom, doutor!
DOUTOR ARTHUR – Ele tá indo pra casa agora, mas eu quero que ele fique alguns dias em repouso, sem fazer muito esforço. E claro, que tome esses remédios que eu vou receitar aqui.
EDVALDO – Pode deixar, Doutor.
MARCELO – Vamos cuidar bem do meu pai!
DOUTOR ARTHUR – Sendo assim, em alguns dias, ele vai ficar novo em folha!

Cena 3. Jornal Bertollo – Recepção – Dia
Franchesco chega pra trabalhar.
FRANCHESCO – Bom dia, Luiza!
LUIZA – Bom dia, Dr. Franchesco!
FRANCHESCO – Tive alguns problemas familiares, por isso to chegando agora.
LUIZA – Não há problema, afinal, o senhor é o chefe! Haha
FRANCHESCO – Tudo em ordem por aqui? Algum recado pra mim?
LUIZA – Um pouco mais cedo teve um rapaz aí querendo falar com o senhor.
FRANCHESCO – E quem era? O que queria? Ele disse?
LUIZA – Não. Não quis se identificar. Cá pra nós, Dr. Franchesco, parecia um marginal.
FRANCHESCO – Ah é? Bom, se for importante, ele deve voltar. Se for pra fazer algum mal, espero que nem volte!
LUIZA – Verdade.
FRANCHESCO – Bom, vou pra minha sala.
LUIZA – Ok.

Cena 4. Hospital – Saguão – Dia
Edvaldo e Marcelo chegam. Ana e Fábio o aguardam.
EDVALDO – E aí, tudo bem? Fábio, cê tá bem? Podemos ir?
FÁBIO – Claro, pai. Tudo certo. Vamos que já to louco pra ir pra casa.
MARCELO – Também quero ir pra casa. Hoje nem vou pra escola.
EDVALDO – Tá bom, Marcelo. Hoje tudo bem, você não vai.
ANA – O ambiente hospitalar não é nada bom mesmo. Fico feliz que estejam todos bem.
EDVALDO – Ana, eu não sei nem como te agradecer por tudo que você fez pelo meu filho.
FÁBIO – Eu também não. Muito obrigado por tudo, Ana.
ANA – Gente, que isso! Qualquer um no meu lugar faria o mesmo. Assim vocês me deixam sem jeito.
MARCELO – Gostei muito de te conhecer, Ana.
ANA – Eu também, Marcelo. E agora que sei que você é colega do meu irmão, vamos nos ver mais.
FÁBIO – Assim espero! Quero te ver de novo, Ana.
ANA – Vamos nos ver sim, Fábio, afinal você trabalha aqui, né?
Fábio fica sem jeito.
FÁBIO – É.
EDVALDO – Bom, vamos lá?
Eles se despedem de Ana, que fica no hospital pra trabalhar.
ANA – Eu fico por aqui. Afinal, tenho que trabalhar! Haha
FÁBIO – Bom trabalho, Ana!
ANA – Obrigada! E boa recuperação pra você.

Cena 5. Escola Napoinara – Sala de Aula – Dia
Os alunos entram em sala. A professora Vanessa cumprimenta e vê que Marcelo não tá.
VANESSA – Bom dia, queridos! Ué, o Marcelo não veio hoje?
DORIVAL – É, professora. Ele teve um problema com o pai dele, que tá no hospital.
VANESSA – Meu Deus, mas será que tá tudo bem?
DORIVAL – Tá sim, professora. Ele só não veio porque o pai dele recebe alta hoje e ele vai ficar lá pra dar um apoio.
VANESSA – Então tá.
CIRO – (baixo) Um deficiente a menos hoje.
Dorival ouve o comentário de Ciro e rebate.
DORIVAL – (baixo) Hoje a aula vai estar menos inteligente.
A professora não ouve a conversa entre os aulos.
VANESSA – Bem, vamos começar a aula? Vou fazer a chamada...

Cena 6. Escola Napoinara – Direção – Dia
Mariana pega o telefone e faz uma ligação.
MARIANA – Alô! Seu Edvaldo? E aí, como tá seu filho?
MARIANA – Ah, que ótima notícia!
MARIANA – Não se preocupe. Fique com ele por esses dias.
..
MARIANA – Claro! Então tá. Mande lembranças à família. Tchau e tenha um bom dia!
Ela desliga.
MARIANA – Tudo bem por lá, graças a Deus.
Mariana volta a fazer suas atividades.

Cena 7. Casa de Edvaldo – Sala – Dia
MARCELO – Quem era, vovô?
EDVALDO – Era a dona Mariana, queria saber como tá o Fábio.
FÁBIO – Quem?
EDVALDO – A mãe da Ana.
FÀBIO – Ah sim. Agradeço a preocupação.
MARCELO – Pai, o vovô vai trabalhar na casa da Ana, sabia?
FÀBIO – É? Como assim, pai?
EDVALDO – Sim, filho. Foi uma surpresa pra mim. Eles tavam precisando de um motorista.
FÀBIO – E o ponto de táxi?
EDVALDO – Não deu pra recusar a proposta, filho. Insistiram tanto. E vai ser bom ter um emprego com salário regular nessa altura da vida. Lá no táxi tem dia que tem mais movimento, outro dia que não...
FÀBIO – Fico muito feliz pelo senhor, pai!
MARCELO – Pai, aí você vai ver mais a Ana.
EDVALDO – Como assim, Marcelo?
MARCELO – Ué, vovô, não percebeu que o pai ficou apaixonado?
FÀBIO – Marcelo! Para já com isso! Ela tem namorado!
EDVALDO – È verdade isso, Fábio? Haha
FÀBIO – Não, pai. Bobagem do Marcelo.
EDVALDO – Se fosse, saiba que eu faria muito gosto.
FÀBIO – Mas não é e não vai ser.
Fábio fica completamente sem jeito.

Cena 8. Jornal Bertollo – Recepção – Dia
Guilherme chega. Luiza toma um susto.
GUILHERME – Bu!
LUIZA – Você de novo?
GUILHERME – Não. O Bozo! Claro que sou eu. Chama o chefe aí. Ele já chegou, né?
LUIZA – Chegou, mas eu não vou chamar se você não disser quem é.
GUILHERME – E eu lá vou dar satisfação pra subalterno?
LUIZA – Senhor, são normas da empresa. Por favor, respeite.
GUILHERME – E se eu não quiser?
No momento, Franchesco aparece.
FRANCHESCO – Guilherme, você por aqui?
GUILHERME – Seu Franchesco! Preciso muito falar com o senhor.
FRANCHESCO – Entre. Vamos conversar na minha sala. Algum problema com a Ana?
GUILHERME – Não, não. Tudo certo. É assunto meu mesmo.
FRANCHESCO – Vamos até minha sala!
Guilherme vai indo em direção à sala de Franchesco, mas antes passa por Luiza e lhe fala ao ouvido.
GUILHERME – (baixinho) Aprendeu, otária?
Guilherme entra. Luiza continua fazendo suas atividades.
LUIZA – Você é quem vai aprender que não deveria ter me provocado! Logo logo!

Congela no olhar ambicioso de Luiza.

FIM DE CAPÌTULO.
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