quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Superação - Capítulo 3


Continuação imediata do capítulo anterior.

Cena 1. Rua – Exterior – Dia
TONHÃO – Eu vou te tirar desse hospital, Tonelada. Você não vai ter que voltar para aquele presídio. Eu prometo, meu amigo!
Tonhão segue determinado para o hospital, com o objetivo de tirar de lá seu amigo Tonelada.

Cena 2. Favela – Casa de Tonhão – Interior – Dia
Catarina tá nervosa esperando Tonhão, que saiu novamente sem dar explicações.
CATARINA – Deus, onde será que ele foi? Não permita que nada aconteça com meu Tonhão, por favor!
Catarina fica desesperada e resolve tomar uns calmantes.

Cena 3. Casa de Edvaldo – Quarto de Fábio – Interior – Dia
Quando Edvaldo vai ao hospital, uma vizinha fica cuidando de Fábio.
FÁBIO – Tia, cadê o papai e a mamãe?
VIZINHA – Fábio, o papai logo vai voltar. E vai trazer um presente pra você.
FÁBIO – Oba! E a mamãe, tia?
VIZINHA – Meu querido, a mamãe vai demorar um pouquinho mais.
FÁBIO – Por que, tia?
A vizinha não sabe como explicar.
VIZINHA – A mamãe... ela foi viajar, Fábio. Agora, vamos continuar brincando?
FÁBIO – Vamos, tia!
A vizinha disfarça bem a tristeza ao lembrar de Viviane e segue distraindo Fábio.

Cena 4. Paisagens da Cidade – Dia

Cena 5. Hospital de Clínicas – Corredor – Interior – Dia
Edvaldo vem saindo com seu filho no colo, pensativo.
EDVALDO – É, meu filho... Agora somos só nós! E seu irmãozinho, em casa, Fábio.
O bebê sorri para ele.
EDVALDO – Como você é bonito, meu filho! Puxou a beleza de sua mãe.
Edvaldo lembra de Viviane e volta a tristeza.
EDVALDO – E agora, meu Deus! Como vai ser?
Edvaldo começa a ter uns pensamentos estranhos.
EDVALDO – Não, isso não! Tem que ter outro jeito! Mas, qual?
Os pensamentos de Edvaldo estão confusos.
EDVALDO – Não! Eu não sou um monstro! Não posso fazer isso! Mas, não vejo outra solução!
Edvaldo então, se enche de coragem e toma uma importante decisão na sua vida.

Cena 6 – Hospital de Clínicas – Exterior – Dia
Tonhão vem chegando ao hospital.

Cena 7. - Hospital de Clínicas – Rouparia - Interior – Dia
Edvaldo entra escondido na sala de rouparias do hospital.
EDVALDO – Meu filho, me perdoa, mas não tenho outra alternativa!
O bebê sorri para Edvaldo.
EDVALDO – Deus sabe o quanto tá me doendo fazer isso...
Edvaldo coloca o bebê deitado em meio a uns travesseiros e lençóis limpos.
EDVALDO – O hospital precisa sempre manter tudo bem limpo, organizado, então, não vai demorar muito pra alguém chegar aqui e pegar roupas novas.
O bebê se agita.
EDVALDO – Calma, meu filho! Tudo vai ficar bem! Eu não conseguiria te dar a vida que você merece. Você vai encontrar uma alma caridosa que vai cuidar bem de você!
O bebê se acalma. Edvaldo começa a chorar.
EDVALDO – Meu filho, papai vai sempre lembrar de você! Fica bem! Que Deus guie sua vida e te proteja em todas as suas dificuldades! Me perdoa por isso!
Edvaldo com lágrimas nos olhos, deixa seu filho lá dentro e sai, com cuidado pra não ser visto.

Cena 8. Hospital de Clínicas – Saguão – Dia
Tonhão vem entrando. Edvaldo vem saindo, apressadamente. Eles se esbarram.
TONHÃO – Que isso?
EDVALDO – Me perdoe, senhor! Eu não to bem. Tava distraído e não vi.
TONHÃO – Tá, tudo bem!
Edvaldo sai. Tonhão segue em frente com o plano de resgatar tonelada. Ele tem uma ideia.
TONHÃO – (pensando) Claro! Se eu me disfarçar de médico, vai ser mais fácil transitar por aqui sem que desconfiem. Onde é que fica a sala de roupas desse hospital?

Congela em Tonhão, determinado.

FIM DE CAPÍTULO.
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