Continuação imediata do
capítulo anterior.
Cena 1. Rua –
Exterior – Dia
TONHÃO – Eu vou te
tirar desse hospital, Tonelada. Você não vai ter que voltar para
aquele presídio. Eu prometo, meu amigo!
Tonhão segue determinado
para o hospital, com o objetivo de tirar de lá seu amigo Tonelada.
Cena 2. Favela –
Casa de Tonhão – Interior – Dia
Catarina tá nervosa
esperando Tonhão, que saiu novamente sem dar explicações.
CATARINA – Deus, onde
será que ele foi? Não permita que nada aconteça com meu Tonhão,
por favor!
Catarina fica desesperada
e resolve tomar uns calmantes.
Cena 3. Casa de
Edvaldo – Quarto de Fábio – Interior – Dia
Quando Edvaldo vai ao
hospital, uma vizinha fica cuidando de Fábio.
FÁBIO – Tia, cadê o
papai e a mamãe?
VIZINHA – Fábio, o
papai logo vai voltar. E vai trazer um presente pra você.
FÁBIO – Oba! E a
mamãe, tia?
VIZINHA – Meu querido,
a mamãe vai demorar um pouquinho mais.
FÁBIO – Por que, tia?
A vizinha não sabe como
explicar.
VIZINHA – A mamãe...
ela foi viajar, Fábio. Agora, vamos continuar brincando?
FÁBIO – Vamos, tia!
A vizinha disfarça bem a
tristeza ao lembrar de Viviane e segue distraindo Fábio.
Cena 4. Paisagens da
Cidade – Dia
Cena 5. Hospital de
Clínicas – Corredor – Interior – Dia
Edvaldo vem saindo com
seu filho no colo, pensativo.
EDVALDO – É, meu
filho... Agora somos só nós! E seu irmãozinho, em casa, Fábio.
O bebê sorri para ele.
EDVALDO – Como você é
bonito, meu filho! Puxou a beleza de sua mãe.
Edvaldo lembra de Viviane
e volta a tristeza.
EDVALDO – E agora, meu
Deus! Como vai ser?
Edvaldo começa a ter uns
pensamentos estranhos.
EDVALDO – Não, isso
não! Tem que ter outro jeito! Mas, qual?
Os pensamentos de Edvaldo
estão confusos.
EDVALDO – Não! Eu não
sou um monstro! Não posso fazer isso! Mas, não vejo outra solução!
Edvaldo então, se enche
de coragem e toma uma importante decisão na sua vida.
Cena 6 – Hospital de
Clínicas – Exterior – Dia
Tonhão vem chegando ao
hospital.
Cena 7. - Hospital de
Clínicas – Rouparia - Interior – Dia
Edvaldo entra escondido
na sala de rouparias do hospital.
EDVALDO – Meu filho, me
perdoa, mas não tenho outra alternativa!
O bebê sorri para
Edvaldo.
EDVALDO – Deus sabe o
quanto tá me doendo fazer isso...
Edvaldo coloca o bebê
deitado em meio a uns travesseiros e lençóis limpos.
EDVALDO – O hospital
precisa sempre manter tudo bem limpo, organizado, então, não vai
demorar muito pra alguém chegar aqui e pegar roupas novas.
O bebê se agita.
EDVALDO – Calma, meu
filho! Tudo vai ficar bem! Eu não conseguiria te dar a vida que você
merece. Você vai encontrar uma alma caridosa que vai cuidar bem de
você!
O bebê se acalma.
Edvaldo começa a chorar.
EDVALDO – Meu filho,
papai vai sempre lembrar de você! Fica bem! Que Deus guie sua vida e
te proteja em todas as suas dificuldades! Me perdoa por isso!
Edvaldo com lágrimas nos
olhos, deixa seu filho lá dentro e sai, com cuidado pra não ser
visto.
Cena 8. Hospital de
Clínicas – Saguão – Dia
Tonhão vem entrando.
Edvaldo vem saindo, apressadamente. Eles se esbarram.
TONHÃO – Que isso?
EDVALDO – Me perdoe,
senhor! Eu não to bem. Tava distraído e não vi.
TONHÃO – Tá, tudo
bem!
Edvaldo sai. Tonhão
segue em frente com o plano de resgatar tonelada. Ele tem uma ideia.
TONHÃO – (pensando)
Claro! Se eu me disfarçar de médico, vai ser mais fácil transitar
por aqui sem que desconfiem. Onde é que fica a sala de roupas desse
hospital?
Congela em Tonhão,
determinado.
FIM DE CAPÍTULO.
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