Continuação imediata do
capítulo anterior.
Cena 1. Hospital de
Clínicas – Sala 504 – Interior – Noite
ROCHA – Delícia! Seu
gordinho chegou! Cadê você?
Tonhão rapidamente
coloca o braço sobre o pescoço dele com uma faca na mão.
TONHÃO – Que “delícia”
de pescoço, hein? Será uma pena se minha faca cortasse ele. Haha.
Lembrado de mim, tampão de esgoto?
Rocha assustado, olha pro
seu algoz.
ROCHA – Tonhão???
TONHÃO – Não, o
Chapolin Colorado! Eu mesmo, seu estúpido! Achou que tinha se
livrado de mim?
Rocha fica apavorado.
ROCHA – Não, por
favor! Não faça nada comigo!
TONHÃO – Hahaha. O
gordo agora tá apavorado!
ROCHA – Eu... eu... não
tive culpa! Era meu trabalho!
TONHÃO – Cala a boca!
Por sua causa eu fui descoberto, fui preso naquela droga!
ROCHA – Eu tive que te
denunciar, não tive outra escolha!
TONHÃO – Já disse pra
calar a boca!
Tonhão aperta um pouco
mais a faca no pescoço do policial.
TONHÃO – E na minha
primeira tentativa de fuga? Quem foi a bola que denunciou e estragou
com tudo? Quem?
ROCHA – Mas depois você
fugiu...
TONHÂO – (irritado)
Acho que vou cortar essa sua língua!
Rocha se cala.
TONHÃO – Mas como eu
sou um bom homem, vou deixar você morrer com o meu perdão. Rocha,
está perdoado!
ROCHA – (desesperado) O
que você vai fazer? Nãoooooo!
Tonhão passa a faca no
pescoço de Rocha sem dó. O sangue jorra. Rocha cai, morto.
TONHÃO – Não foi nada
pessoal, Rocha. Boa viagem!
Antes de sair da sala,
Tonhão lembra.
TONHÃO – Já ia
esquecendo! Isso vem comigo! Não quero vestígios da minha presença.
Tonhão recolhe a faca
que usou e leva com ele. Após matar Rocha, ele sai da sala e vai
para a segunda parte de seu plano.
Cena 2. Hospital de
Clínicas – Corredores – Noite
Almeida tá ainda parado,
na maior monotonia, em frente ao quarto de Tonelada.
ALMEIDA – Ai, que
serviço chato! Bem fez o Rocha que se deu bem com uma enfermeira!
Por que isso não acontece comigo?
Ele abre a porta do
quarto e vê que Tonelada tá dormindo.
ALMEIDA – Tudo
tranquilo por aqui. Até demais!
De repente surge outro
aviãozinho de papel na direção dele.
ALMEIDA – Opa, acho que
me dei bem também! Rocha, volta logo que pelo jeito também terei um
encontro! Haha
Almeida pega o aviãozinho
e desmonta pra ler o bilhete.
ALMEIDA – (ansioso)
Quem será a enfermeira agora? Haha
Ele vê o bilhete que
diz:
“Atenção! Convoque
todos os seguranças desse hospital. Há um homem morto na sala 504.
Não seria seu amiguinho?”
ALMEIDA - Meu Deus!
Rocha!
Almeida corre em direção
à recepção pra convocar os seguranças.
Cena 3. Hospital de
Clínicas – Sala 521 – Interior – Noite
Tonhão abre um pouco a
porta pra espiar.
TONHÃO – Hahaha! Tudo
certo! Daqui a pouquinho é hora de entrar em ação!
Cena 4. Favela –
Casa de Tonhão – Interior – Noite
Catarina acorda no meio
da noite, olha o relógio que marca 4h.
CATARINA – Tonhão, meu
amor... ainda não voltou!
Ela levanta, vai até o
berço ver como tá Guilherme. Ele dorme tranquilamente.
CATARINA – Guilherme,
meu filho! Vou te ensinar a ter uma vida de bem, ser um homem bom.
Não quero que corra tantos riscos como seu pai.
Catarina vai até o
armário, pega uns calmantes, toma e volta pra cama.
Cena 5. Hospital de
Clínicas – Corredores – Interior - Noite
Tonhão percebe que todos
foram até a sala 504 por causa do crime. Ele aproveita pra ir até o
quarto de Tonelada. Ele leva uma cadeira de rodas.
Cena 6. Hospital de
Clínicas – Quarto de Tonelada – Interior – Noite
Tonhão entra disfarçado
de médico, como sempre teve andado durante sua missão. Ele vai até
Tonelada, que dorme.
TONHÃO – Meu amigo,
tenho que agir rápido! Agora é tudo ou nada!
Tonhão tenta acordar
Tonelada. Não consegue. Ele dá uns tapas.
TONHÃO – Acorda,
vagabundo!
Tonelada acorda
assustado, olha pro médico.
TONELADA – Que isso,
doutor? Tá doido? Isso são modos de tratar um paciente?
Tonhão tira a máscara.
TONELADA – Tonhão?
Você? Como?
TONHÃO – Não importa,
Tonhão! Temos que sair daqui agora!
TONELADA – Tá maluco,
Tonhão? Tem dois meganha na porta! Aliás, como é que você entrou
aqui?
TONHÃO – Dei um jeito!
Agora vamos! Não tem ninguém na porta! É a hora!
TONELADA – Ok, mas como
vamos sair daqui? E as pessoas?
TONHÃO – Tá tendo um
acontecimento importantíssimo aqui no hospital. Estão todos
ocupados.
TONELADA –
Acontecimento? Foi culpa sua, né, Tonhão?
TONHÃO – Claro! Hahaha
TONELADA – Você sempre
com suas ideias!
TONHÃO – Modéstia a
parte, sou um gênio! Agora chega de conversa. Coloque isso!
Tonhão mostra um
avental, uma peruca de cabelos compridos negros e um véu.
TONELADA – Qualé? Tá
me estranhando, cumpadi?
TONHÃO – Prefere ficar
aqui e daqui a uns dias voltar pra cadeia? Então coloque e vamos!
Tonelada coloca o
avental, senta na cadeira de rodas, coloca a peruca. Tonhão vai
empurrando.
TONHÃO – É agora!
Vamos!
Eles saem do quarto, com
cuidado.
Cena 7. Hospital de
Clínicas – Corredores – Interior – Noite
Tonhão sai pelos
corredores, empurrando a cadeira de rodas de Tonelada, com o maior
cuidado pra não ser visto. Eles chegam próximo a um elevador e
entram. Quando tão lá dentro, um policial aparece no corredor, mas
a porta fecha e o elevador desce a tempo.
TONHÃO – Ufa, essa foi
por pouco! Tudo certo aí, Tonelada?
TONELADA – Fora essa
roupinha ridícula, tudo certo!
TONHÃO – Hahaha. Ficou
linda!
TONELADA – Melhor calar
a boca!
O elevador chega no
térreo.
Cena 8. Casa de
Edvaldo – Quarto de Edvaldo – Interior – Noite
Edvaldo acorda.
EDVALDO – Não dá mais
pra ficar aqui! Não adianta! Tudo vai me fazer lembrar o ocorrido.
Edvaldo troca de roupa.
EDVALDO – Preciso ir
até o ponto de táxi pra me despedir dos amigos antes da viagem.
Edvaldo dá um beijo em
Fábio, que fica dormindo e vai até seu local de trabalho.
Cena 9. Hospital de
Clínicas – Saguão – Interior – Noite
Tonhão e Tonelada chegam
no saguão, os seguranças não estão na porta. Ele passa perto de
umas funcionárias, que estão conversando.
FUNCIONÁRIA 1 – Pois
é, menina! Tão dizendo que encontraram um homem morto lá na sala
504...
FUNCIONÁRIA 2 – Meu
Deus! Passou mal?
FUNCIONÁRIA 1 – Não.
Mataram!
FUNCIONÁRIA - Credo,
nem brinca! Aqui no hospital?
Tonhão dá um sorriso de
leve.
TONHÃO – (pensando)
Fiquei famoso por aqui! Hahaha
De repente, ouve-se o
sistema sonoro do hospital:
“Atenção! As portas
de saida do hospital devem ser trancadas! Ninguém poderá sair antes
de ser revistado pela segurança!”
Congela no desespero de
Tonhão.
FIM DE CAPÍTULO.
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