terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Superação - Capítulo 7


Continuação imediata do capítulo anterior.

Cena 1. Hospital de Clínicas – Sala 504 – Interior – Noite
ROCHA – Delícia! Seu gordinho chegou! Cadê você?
Tonhão rapidamente coloca o braço sobre o pescoço dele com uma faca na mão.
TONHÃO – Que “delícia” de pescoço, hein? Será uma pena se minha faca cortasse ele. Haha. Lembrado de mim, tampão de esgoto?
Rocha assustado, olha pro seu algoz.
ROCHA – Tonhão???
TONHÃO – Não, o Chapolin Colorado! Eu mesmo, seu estúpido! Achou que tinha se livrado de mim?
Rocha fica apavorado.
ROCHA – Não, por favor! Não faça nada comigo!
TONHÃO – Hahaha. O gordo agora tá apavorado!
ROCHA – Eu... eu... não tive culpa! Era meu trabalho!
TONHÃO – Cala a boca! Por sua causa eu fui descoberto, fui preso naquela droga!
ROCHA – Eu tive que te denunciar, não tive outra escolha!
TONHÃO – Já disse pra calar a boca!
Tonhão aperta um pouco mais a faca no pescoço do policial.
TONHÃO – E na minha primeira tentativa de fuga? Quem foi a bola que denunciou e estragou com tudo? Quem?
ROCHA – Mas depois você fugiu...
TONHÂO – (irritado) Acho que vou cortar essa sua língua!
Rocha se cala.
TONHÃO – Mas como eu sou um bom homem, vou deixar você morrer com o meu perdão. Rocha, está perdoado!
ROCHA – (desesperado) O que você vai fazer? Nãoooooo!
Tonhão passa a faca no pescoço de Rocha sem dó. O sangue jorra. Rocha cai, morto.
TONHÃO – Não foi nada pessoal, Rocha. Boa viagem!
Antes de sair da sala, Tonhão lembra.
TONHÃO – Já ia esquecendo! Isso vem comigo! Não quero vestígios da minha presença.
Tonhão recolhe a faca que usou e leva com ele. Após matar Rocha, ele sai da sala e vai para a segunda parte de seu plano.

Cena 2. Hospital de Clínicas – Corredores – Noite
Almeida tá ainda parado, na maior monotonia, em frente ao quarto de Tonelada.
ALMEIDA – Ai, que serviço chato! Bem fez o Rocha que se deu bem com uma enfermeira! Por que isso não acontece comigo?
Ele abre a porta do quarto e vê que Tonelada tá dormindo.
ALMEIDA – Tudo tranquilo por aqui. Até demais!
De repente surge outro aviãozinho de papel na direção dele.
ALMEIDA – Opa, acho que me dei bem também! Rocha, volta logo que pelo jeito também terei um encontro! Haha
Almeida pega o aviãozinho e desmonta pra ler o bilhete.
ALMEIDA – (ansioso) Quem será a enfermeira agora? Haha
Ele vê o bilhete que diz:
Atenção! Convoque todos os seguranças desse hospital. Há um homem morto na sala 504. Não seria seu amiguinho?”
ALMEIDA - Meu Deus! Rocha!
Almeida corre em direção à recepção pra convocar os seguranças.

Cena 3. Hospital de Clínicas – Sala 521 – Interior – Noite
Tonhão abre um pouco a porta pra espiar.
TONHÃO – Hahaha! Tudo certo! Daqui a pouquinho é hora de entrar em ação!

Cena 4. Favela – Casa de Tonhão – Interior – Noite
Catarina acorda no meio da noite, olha o relógio que marca 4h.
CATARINA – Tonhão, meu amor... ainda não voltou!
Ela levanta, vai até o berço ver como tá Guilherme. Ele dorme tranquilamente.
CATARINA – Guilherme, meu filho! Vou te ensinar a ter uma vida de bem, ser um homem bom. Não quero que corra tantos riscos como seu pai.
Catarina vai até o armário, pega uns calmantes, toma e volta pra cama.

Cena 5. Hospital de Clínicas – Corredores – Interior - Noite
Tonhão percebe que todos foram até a sala 504 por causa do crime. Ele aproveita pra ir até o quarto de Tonelada. Ele leva uma cadeira de rodas.

Cena 6. Hospital de Clínicas – Quarto de Tonelada – Interior – Noite
Tonhão entra disfarçado de médico, como sempre teve andado durante sua missão. Ele vai até Tonelada, que dorme.
TONHÃO – Meu amigo, tenho que agir rápido! Agora é tudo ou nada!
Tonhão tenta acordar Tonelada. Não consegue. Ele dá uns tapas.
TONHÃO – Acorda, vagabundo!
Tonelada acorda assustado, olha pro médico.
TONELADA – Que isso, doutor? Tá doido? Isso são modos de tratar um paciente?
Tonhão tira a máscara.
TONELADA – Tonhão? Você? Como?
TONHÃO – Não importa, Tonhão! Temos que sair daqui agora!
TONELADA – Tá maluco, Tonhão? Tem dois meganha na porta! Aliás, como é que você entrou aqui?
TONHÃO – Dei um jeito! Agora vamos! Não tem ninguém na porta! É a hora!
TONELADA – Ok, mas como vamos sair daqui? E as pessoas?
TONHÃO – Tá tendo um acontecimento importantíssimo aqui no hospital. Estão todos ocupados.
TONELADA – Acontecimento? Foi culpa sua, né, Tonhão?
TONHÃO – Claro! Hahaha
TONELADA – Você sempre com suas ideias!
TONHÃO – Modéstia a parte, sou um gênio! Agora chega de conversa. Coloque isso!
Tonhão mostra um avental, uma peruca de cabelos compridos negros e um véu.
TONELADA – Qualé? Tá me estranhando, cumpadi?
TONHÃO – Prefere ficar aqui e daqui a uns dias voltar pra cadeia? Então coloque e vamos!
Tonelada coloca o avental, senta na cadeira de rodas, coloca a peruca. Tonhão vai empurrando.
TONHÃO – É agora! Vamos!
Eles saem do quarto, com cuidado.

Cena 7. Hospital de Clínicas – Corredores – Interior – Noite
Tonhão sai pelos corredores, empurrando a cadeira de rodas de Tonelada, com o maior cuidado pra não ser visto. Eles chegam próximo a um elevador e entram. Quando tão lá dentro, um policial aparece no corredor, mas a porta fecha e o elevador desce a tempo.
TONHÃO – Ufa, essa foi por pouco! Tudo certo aí, Tonelada?
TONELADA – Fora essa roupinha ridícula, tudo certo!
TONHÃO – Hahaha. Ficou linda!
TONELADA – Melhor calar a boca!
O elevador chega no térreo.

Cena 8. Casa de Edvaldo – Quarto de Edvaldo – Interior – Noite
Edvaldo acorda.
EDVALDO – Não dá mais pra ficar aqui! Não adianta! Tudo vai me fazer lembrar o ocorrido.
Edvaldo troca de roupa.
EDVALDO – Preciso ir até o ponto de táxi pra me despedir dos amigos antes da viagem.
Edvaldo dá um beijo em Fábio, que fica dormindo e vai até seu local de trabalho.

Cena 9. Hospital de Clínicas – Saguão – Interior – Noite
Tonhão e Tonelada chegam no saguão, os seguranças não estão na porta. Ele passa perto de umas funcionárias, que estão conversando.
FUNCIONÁRIA 1 – Pois é, menina! Tão dizendo que encontraram um homem morto lá na sala 504...
FUNCIONÁRIA 2 – Meu Deus! Passou mal?
FUNCIONÁRIA 1 – Não. Mataram!
FUNCIONÁRIA - Credo, nem brinca! Aqui no hospital?
Tonhão dá um sorriso de leve.
TONHÃO – (pensando) Fiquei famoso por aqui! Hahaha
De repente, ouve-se o sistema sonoro do hospital:
Atenção! As portas de saida do hospital devem ser trancadas! Ninguém poderá sair antes de ser revistado pela segurança!”

Congela no desespero de Tonhão.

FIM DE CAPÍTULO.
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