segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Fixação - Capítulo 26



Cena 1/Cais/ Interno/ Noite
(Amanda está morta, completamente ensangüentada. Luana, segurando o revólver na mão, se aproxima do corpo e se agacha)
LUANA: Isso é o que acontece com gente que quer atrapalhar os meus planos, Amanda. (para Solano): Passa o pano.
(Solano pega um pano e entrega para Luana. Ela volta à posição onde estava e limpa o revólver com o pano. Luana posiciona o revólver ao lado do corpo de Amanda)
LUANA: Vamos embora.
SOLANO: Você não vai trocar de fantasia?
LUANA: Bem lembrado.
(Luana tira a fantasia de mulher gato e volta a se vestir como Chapeuzinho Vermelho)
LUANA: Agora vamos. Não podemos perder tempo.
(Luana e Solano caminham e passam pela mesa romântica. A CAM foca na mesa, que, agora, está sem o celular de Lucrécio)

Cena 2/ Mansão Amorim/ Sala/ Interno/ Noite
MÉDICO: Nós viemos levá-la de volta para a clínica.
VERA: Eu não quero. Eu quero ficar aqui, na minha casa.
MÉDICO: Impossível, dona Vera. A senhora não pode abandonar o tratamento na metade. Por favor, não ofereça resistência.
MIRNA: Dona Vera, é o melhor para a sua saúde.
VERA: Eu não quero. EU NÃO QUERO!
MÉDICO: Infelizmente, terei que fazer isso à força. Equipe, por favor, segure-a.
(Dois enfermeiros seguram Vera)
VERA: Mas o que é isso? Larguem meu braço. Vocês não podem fazer isso comigo, não têm esse direito.
VITOR: Larguem a minha mãe.
MÉDICO: Isso não será possível. É para o bem dela. Enfermeiros, levem-na para a ambulância.
(Aos gritos, Vera sai da mansão, acompanhada pelos enfermeiros. Vitor corre em direção da mãe, mas Mirna o intervém, segurando no braço do rapaz. Mirna e Vitor vêem Vera ser posta na ambulância)

Cena 3/ Mansão Bertolin/ Quarto de Caio e Marta/ Interno/ Noite
MARTA: Não pode ser. Você é o pai da Lara. Isso significa que você me traiu. Você me traiu, Caio.
CAIO: Marta, calma.
MARTA: Calma? Eu disse que eu nunca uma suportaria traição e você me vem com essa de ser pai da Lara. Como isso foi acontecer? Por que você fez isso comigo, Caio?
CAIO: Ocorreu naquela época em que eu fui para São Paulo fazer faculdade de administração. Eu acabei conhecendo a Andressa, mãe da Lara, e nós tivemos um caso amoroso.
MARTA: Naquela época, nós já éramos noivos. Caio, eu já estava grávida do Celso. Como você teve coragem de fazer isso comigo?
CAIO: Marta, o que eu tive com a Andressa não teve valor nenhum. Eu juro. Eu também não sabia que ela tinha engravidado. Não sabia da existência dessa menina, da Lara.
MARTA: Chega. Chega. Você passou esse tempo todo me enganando, sem mencionar esse fato do seu passado.
CAIO: Marta, eu juro, você é a mulher da minha vida. Nunca mais eu te traí desde quando eu saí de Sampa e voltei para Dourados. Eu juro.
MARTA: E o pior de tudo: o Celso está namorando a própria irmã.
CAIO: Eu sei. Não posso deixar isso acontecer. Eu vou contar a verdade para eles, Marta.
MARTA: Nunca. Eu não quero aquela bastarda na minha família. Eu sei o que fazer para separar os dois definitivamente. E quanto a você, Caio, vou pensar muito se eu devo te perdoar ou não, seu traidor.
(Marta sai. Caio a acompanha)

Cena 4/ Mansão Bertolin/ Jardim/ Interno/ Noite
(Alexandre está sentado em um dos bancos do jardim. Lucrécio entra.)
LUCRÉCIO: Preciso falar com você.
ALEXANDRE: Lucrécio? O que houve? Não era para você ter ligado para mim quando saísse do cais?
LUCRÉCIO: Aconteceu uma tragédia
ALEXANDRE: Tragédia?
LUCRÉCIO: A Amanda está morta.
ALEXANDRE: Morta? Como assim morta? Do que você está falando, Lucrécio?
LUCRÉCIO: Quando você me ligou naquela hora perguntando se o jantar já estava pronto, eu deixei meu celular em cima da mesa. O problema é que quando fui embora, acabei esquecendo o celular e só dei falta quando eu já estava no carro. Dei o retorno e voltei para o cais e quando eu cheguei lá, vi a Amanda morta, no chão, toda ensangüentada.
ALEXANDRE: Não pode ser. A Amanda morta? Não. Não pode ser.
(Alexandre corre em direção ao portão)
LUCRÉCIO: Aonde você vai?
ALEXANDRE: Vou ao cais.
(Alexandre sai. Lucrécio entra na sala da mansão)

Cena 5/ Mansão Bertolin/ Parte de trás da casa/ Jardim/ Interno/ Noite
(Vivian caminha pelo jardim, com uma sacola de lixo na mão)
VIVIAN: Sempre sobra para empregada no final.
(Vivian se aproxima da lixeira e joga o lixo. Ela olha um pouco o local e vê Tiago desacordado)
VIVIAN: Meu Deus. Seu Tiago.
(Vivian se aproxima de Tiago. Ela o chacoalha e ele acorda)
TIAGO: Vivian?
VIVIAN: Seu Tiago, ainda bem que o senhor está vivo.
TIAGO: O que aconteceu?
VIVIAN: Eu não sei. Acabei de ver o senhor desacordado aqui no chão do jardim.
TIAGO: Eu lembro que estava procurando pela Amanda, mas não me recordo de como fui parar aqui. Preciso voltar para a festa.
(Tiago levanta-se e sai. Vivian vai atrás dele)

Cena 6/ Cais/ Interno/ Noite
(Alexandre caminha apressadamente pelo cais, quando se depara com o corpo de Amanda. Com os olhos marejados, Alexandre se apóia no corpo da mulher)
ALEXANDRE (chorando): Não pode ser. Amanda, fale comigo. Por favor, Amanda, acorde. Amanda.
(Alexandre abraça Amanda e se suja com o sangue dela. Ele vê o revólver e pega na arma)
ALEXANDRE: Foi com isso que mataram a Amanda? Eu vou descobrir quem fez isso e eu vou matar o responsável.

Cena 7/ Mansão Bertolin/ Sala de estar/ Interno/ Noite
(Tiago sobe a escada enquanto Marta e Caio descem.)
TIAGO: Algum de vocês viu a Amanda?
MARTA: Ela não está com você?
TIAGO: Não. Para falar a verdade, aconteceu uma coisa, deixa para lá.
(Tiago faz um sinal para o DJ e ele para a música)
TIAGO: Atenção, por favor. Atenção.
(Todos se voltam para Tiago)
TIAGO: Algum de vocês viu a Amanda? Já faz um tempo em que eu não a vejo.
LUCRÉCIO: Tiago, Tiago, com licença.
CAIO: Lucrécio. Faz muito tempo que você chegou? Ainda não tinha te visto aqui.
LUCRÉCIO: Caio, depois nós conversamos com mais calma. Tiago, eu sei onde a Amanda está.
TIAGO: Sabe?
LUCRÉCIO: Sei. A Amanda está morta.

Cena 8/ Cais/ Interno/ Noite
(Alexandre está ao lado do corpo de Amanda. Tiago, Marta, Caio, Celso, Lara, Luiza, Felipe, Luana, Solano, Vivian, Lucrécio, Cíntia e o resto dos convidados figurantes entram. Delegado Andrade e sua equipe entram também, junto com os outros já citados. Tiago corre pelo cais, até que para, ao se deparar com Amanda morta)
TIAGO (com os olhos marejados): Amanda.
(Alexandre vira-se para Tiago e levanta-se)
ALEXANDRE: Tiago.
TIAGO: Por favor, Alexandre, saia da minha frente.
(Alexandre junta-se à multidão e Tiago se aproxima do corpo de Amanda. Ele se agacha e se apóia na esposa. Tiago abraça Amanda e desaba no choro)
TIAGO: Amanda, meu amor, volte para mim. Volte. Amanda. Amanda, meu amor. Por quê? Meu Deus, por quê?
(Ao fundo, está Alexandre e o resto das pessoas que assistem a tristeza de Tiago com os olhos marejados. Delegado Andrade se aproxima de Alexandre)
DELEGADO: Com licença. Sou Delegado Andrade. Estou encarregado de investigar em que circunstâncias se deram a morte de Amanda Amorim.
ALEXANDRE: Prazer. Alexandre Bueno.
DELEGADO: Notei que você encontrou o corpo da vítima antes de todo mundo.
ALEXANDRE: Delegado Andrade, eu não quero ser indelicado, mas eu não tenho estrutura para dar um depoimento agora. Todos nós acabamos de descobrir essa brutalidade. Acho que ninguém aqui é capaz de depor sobre o acontecido.
DELEGADO: Eu sei disso. Na verdade, não quero seu depoimento agora. Apenas, vim lhe comunicar que eu quero que o senhor se apresente à delegacia amanhã. E, no caso, para depor dobre a morte da garota. Amanhã.
ALEXANDRE: Eu irei sim. Não se preocupe.
(Lucrécio aproxima-se do delegado e de Alexandre e interrompe a conversa dos dois)
LUCRÉCIO: Com licença. Alexandre, será que eu poderia conversar com você?
ALEXANDRE: Claro, doutor Lucrécio. Com licença, delegado Andrade.
(Alexandre e Lucrécio se afastam do delegado. Eles vão a um lugar mais reservado)
LUCRÉCIO: Como você está?
ALEXANDRE: Péssimo. Nunca poderia imaginar que algo assim poderia acontecer com a Amanda.
LUCRÉCIO: Parece que a comoção é tanta que ninguém reparou na mesa preparada para o jantar romântico.
ALEXANDRE: Se alguém vier questionar sobre isso, eu já tenho a resposta certa. Doutor Lucrécio, eu estou com medo.
LUCRÉCIO: Medo?
ALEXANDRE: Quando eu achei o corpo da Amanda, comecei a tomar atitudes sem pensar nas conseqüências. Eu acabei pegando no revólver que foi deixado ao lado do corpo dela. Se a polícia resolver analisar a arma, minhas digitais serão encontradas. Eu não sei o que eu faço.
(Luana passa por Lucrécio e Alexandre e acaba escutando parte da conversa dos dois. Ela caminha até Solano, que está afastado de todos.)
LUANA: Parece que meu plano deu certo.
SOLANO: Do que você está falando?
LUANA: O Alexandre pegou no revólver que eu usei para matar a Amanda. Ou seja, caso a polícia investigue a arma, vai acabar encontrando as digitais do Alexandre e ele será acusado de assassinar a Amanda.
(Luana esboça rapidamente um sorriso maléfico. Muito à frente, está Amanda morta. Tiago apoiado sobre ela. Delegado Andrade se aproxima)
DELEGADO: Com licença. Tiago, eu lamento muito pelo que ouve, mas agora, é necessário que eu transfira o corpo da Amanda para um necrotério.
TIAGO: Necrotério?
DELEGADO: Sim. Tudo indica que foi um assassinato e a presença desse revólver, que será investigado, prova nitidamente o que eu estou dizendo. O corpo da Amanda será enviado para um necrotério para que se faça uma biópsia, além de uma análise mais clara.
TIAGO: Não. Vocês não podem tirá-la de mim.
DELEGADO: É importante, Tiago. Se você quer que o responsável pela morte da sua esposa seja encontrado e punido, é necessário que esse processo seja realizado. Equipe, por favor, pegue com cuidado o corpo da vítima. Iremos levá-la para o necrotério da cidade.
(A equipe policial se aproxima. Marta afasta Tiago, choroso, do corpo de Amanda. A equipe pega o corpo com cuidado e leva-o para fora do cais. Delegado Andrade faz o mesmo com o revólver: pega cuidadosamente e embala a arma. Tiago abraça Marta e chora no ombro da mãe)

Cena 9/ Paisagens de Dourados/ Dia
(Toca Apologize – One Republic)

Cena 10/ Mansão Bertolin/ Quarto de Tiago/ Interno/ Dia
(Tiago está sentado próximo à janela. O rapaz está com os olhos marejados, olhando para a vista da janela)

Cena 11/ Escola/ Sala de aula/ Interno/ Dia
(Felipe e Luiza estão sentados frente a frente)
LUIZA: A noite de ontem foi muito desgastante. Você sabe disso.
FELIPE: Sei sim. Por menos que eu conhecia a Amanda, ela não merecia ter um fim tão brutal.
LUIZA: Não merecia mesmo. E o pior de tudo que tudo aconteceu no dia do casamento dela. Todos da minha casa estão sofrendo com essa perda. Principalmente o Tiago.
FELIPE: Como ele está?
LUIZA: Triste. Muito triste. Nem sei se conseguiu dormir direito. O Tiago amava muito a Amanda. Ele costumava dizer que ela era a mulher da vida dele.
(Luiza põe a mão na barriga e levanta-se)
FELIPE: Algum problema, Luiza?
LUIZA: Estou com vontade de vomitar. Um enjôo. Vou ao banheiro. Volto já.
(Luiza sai)

Cena 12/ Mansão Bertolin/ Cozinha/ Interno/ Dia
(Luana está lavando a pia. Alexandre entra)
ALEXANDRE: Luana.
LUANA: Alexandre. Deseja alguma coisa?
ALEXANDRE: Só quero que você faça um café para mim. Só não ponha nenhuma substância duvidosa, por favor.
(Alexandre sai)

Cena 13/ Mansão Bertolin/ Sala de estar/ Interno/ Dia
(Alexandre entra. Tiago desce a escada)
ALEXANDRE: Tiago. Você está bem?
TIAGO: Não. Não estou bem. Não consegui dormir direito. Passei a madrugada inteira pensando na Amanda, nos momentos em que passamos juntos. Sinto tanta falta dela, Alexandre.
ALEXANDRE: Eu e Amanda tínhamos nossas desavenças, mas eu carregava uma afeição muito grande por ela. Também estou sofrendo muito pelo o que aconteceu. A Amanda não merecia aquilo. Vocês dois tinham uma vida tão bonita pela frente.
TIAGO: Por que isso foi acontecer com ela, Alexandre? Por quê? Tanta gente ruim no mundo, por que essa brutalidade foi acontecer justamente com ela?
ALEXANDRE: Às vezes, a vida é tão enigmática.
(Marta desce a escada)
MARTA: Meu filho, já está acordado?
TIAGO: Não mãe. Não acordei porque eu não dormi.
(Marta abraça Tiago)
MARTA: Filho, você tem que reagir ao ocorrido. Não pode ficar assim.
(Luana entra, trazendo o café de Alexandre)
LUANA: Aqui está o seu café, Alexandre.
ALEXANDRE: Seu Alexandre.
LUANA: Perdão, Alexandre. Bom, algum de vocês deseja algo para beber? Dona Marta? Tiago?
MARTA: Eu não quero nada.
TIAGO: Eu quero um café, Luana. Por favor.
LUANA: Com licença.
TIAGO: Espera. Mudei de idéia. Não quero café. Quero suco de maracujá. Era o suco preferido da Amanda.
LUANA: Certo.
TIAGO: E me traga morango, por favor.
MARTA: Morango?
TIAGO: Era o gosto dos lábios da Amanda. Tinha gosto de morango.

Cena 14/ Escola/ Sala de aula/ Interno/ Dia
(Luiza entra e senta-se frente a frente com Felipe)
FELIPE: Está melhor?
LUIZA: Estou sim. Eu, sinceramente, não sei o que está acontecendo comigo. Vai fazer uma semana que sinto esses enjôos, essa vontade de vomitar, essas repulsões a cheiros que antes me agradavam, como cheiros de perfumes ou comidas. Eu não sei o que está acontecendo.
FELIPE: Luiza, eu tenho uma hipótese.
LUIZA: Hipótese? Que hipótese?
FELIPE: Luiza, você lembra que no ano passado nós trabalhamos juntos em um trabalho sobre sistema reprodutor, atividade sexual?
LUIZA: Lembro. O nosso tema foi até...
FELIPE: Gravidez.
LUIZA: Isso.
FELIPE: Eu lembro que durante o seminário foi falado sobre os indícios de uma gravidez, os sintomas.
LUIZA: Mas o que isso tem a ver com o meu problema, Felipe?
FELIPE: Você ainda não percebeu que os sintomas ditos no seminário são os mesmos que você acabou de me relatar?
LUIZA: Espera aí, Felipe. Você não está querendo dizer que eu...
FELIPE: Luiza, você pode está grávida.

Cena 15/ Mansão Bertolin/ Sala de estar/ Interno/ Dia
(Estão Alexandre, Marta e Tiago conversando. Todos estão sentados no sofá)
MARTA: Eu reparei que havia uma mesa de jantar ao lado do corpo da Amanda.
ALEXANDRE: Eu preparei aquela mesa. Na verdade, era um jantar que eu estava preparando para o Tiago e para a Amanda.
TIAGO: Eu fico muito agradecido, Alexandre. Pena que não foi possível a realização desse jantar. Eu não consigo tirar a imagem da Amanda morta da minha cabeça.
MARTA: Filho, não preserve essa imagem dentro da sua cabeça. Procure preservar no seu coração e na sua mente os momentos de alegria e de felicidade que você vivenciou com a Amanda.
ALEXANDRE: Isso mesmo, Tiago. Ouça os conselhos da dona Marta.
MARTA: Tiago, você pretende enterrar a Amanda hoje?
TIAGO: Sim, mãe. A Amanda era uma mulher incrível. Ela merece ser enterrada.
MARTA: Perguntei isso porque tudo aconteceu de uma maneira tão repentina e tão recente, que eu pensei que você queria um tempo a mais para digerir essa história e, assim, logo depois, enterrar a Amanda.
(Vivian entra com uma correspondência na mão)
VIVIAN: Seu Tiago, mandaram essa correspondência para o senhor.
(Vivian entrega a encomenda para Tiago, que pega a encomenda. Vivian sai)
MARTA: Encomenda? A essa hora da manhã?
ALEXANDRE: Abra logo, Tiago. Pode ser algo importante.
(Tiago abre a correspondência e vê as fotos que mostram Alexandre e Amanda aos beijos no cais)
TIAGO (para si): Mas... Mas o que é isso? Não pode ser. Não pode ser.
ALEXANDRE: O que houve, meu amigo?
TIAGO: Amigo? Não me chame de amigo, seu traidor.
(Tiago dá um soco em Alexandre, que cai no chão)
MARTA: Tiago, que comportamento é esse?
TIAGO: Olhe, mãe, a correspondência que eu acabei de receber. Olhe.
(Tiago entrega as fotos para Marta, que vê as imagens)
TIAGO: O Alexandre nunca foi meu amigo. Nunca. Traíra. Canalha. Desgraçado.
ALEXANDRE (levantando-se): Tiago, acalme-se. O que está acontecendo? O que tinha nessa correspondência?
TIAGO: Fotos, Alexandre. Havia fotos na encomenda. Fotos que mostram você e a Amanda aos beijos. Você fingia ser meu amigo e, nas minhas costas, tratava de me trair com a Amanda, a minha noiva, a minha mulher. Você não vale nada.
ALEXANDRE: Eu posso explicar.
TIAGO: Cala a boca. CALA A BOCA!
(Tiago dá outro soco em Alexandre e encara o rapaz)
(Congela em Alexandre. Toca Silhouettes – Avicii)
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