Continuação imediata do
capítulo anterior.
Cena 1 – Escola
Napoinara – Estacionamento – Dia
DORIVAL – Ajudem!
Ajudem! O Marcelo foi sequestrado!
MARIANA – Sequestrado?
VANESSA – Marcelo
sequestrado?
EDVALDO – Meu neto!
Sequestrado?
DORIVAL – Sim! Eu tinha
ido ao banheiro e ele ficou me esperando lá fora. Quando voltei, ele
não tava mais lá!
VANESSA – Ok, Dorival,
mas sequestro? Será que ele apenas não teve que sair e não
conseguiu te avisar?
DORIVAL – Sem as
muletas? Quando eu saí, comecei a andar e acabei tropeçando nas
muletas dele que tavam jogadas no chão.
EDVALDO – Meu neto tem
grande dificuldade e não conseguiria andar sem elas...
MARIANA – Temos que
fazer algo! Vou ver com os seguranças.
EDVALDO – Eu vou junto!
Precisamos encontrar meu neto!
Cena 2 – Hospital –
Sala do Dr. Arthur – Dia
ARTHUR – Mais cedo ou
mais tarde essa cirurgia teria que ser feita. Melhor que seja agora.
PACIENTE – E é o
senhor que irá realizar a cirurgia?
ARTHUR – Bem... eu...
Não. Tenho um colega que irá fazer. Excelente profissional!
PACIENTE – Se o senhor
o recomenda...
ARTHUR – Meu colega é
um ótimo cirurgião. Com ele estará em boas mãos!
PACIENTE – Obrigado,
doutor. Então vou marcar.
A consulta acaba. O
paciente se despede e sai da sala.
ARTHUR – Eu não posso
fazer essa cirurgia! Não posso! Aquilo não pode acontecer de novo!
Cena 3 – Escola
Napoinara – Guarita - Dia
Mariana e Edvaldo chegam
até a guarita pra falar com o guarda.
MARIANA – Com licença!
GUARDA – Dona Mariana!
MARIANA – Apenas
Mariana, por favor!
GUARDA – Tudo bem, mas
há quê devo a honra de ter a diretora aqui.
EDVALDO – Por acaso viu
meu neto saindo?
GUARDA – Hahaha. Vi
vários alunos saindo, meu senhor! Quem é seu neto?
MARIANA – Desculpe. Ele
está nervoso. Por acaso o senhor não viu aquele aluno que tem uma
deficiência física, o Marcelo? Você conhece ele.
GUARDA – Ah, claro. O
Marcelo! Não. Talvez ele tenha saído junto com outro coleguinha.
EDVALDO – Não é
possível!
MARIANA – Calma, seu
Edvaldo. Nós vamos encontrá-lo!
EDVALDO – Deus te ouça,
dona Mariana! Mas, vamos continuar procurando!
Cena 4 – Casa de
Franchesco – Dia
Franchesco chega do
trabalho.
FRANCHESCO – Mariana?
Ana? Dorival? Onde estão vocês?
Franchesco procura por
toda a casa.
FRANCHESCO – Ué? Ainda
não chegaram?
Cena 5 – Hospital –
Estacionamento – Dia
Fábio e Ana estão
saindo do hospital.
FÁBIO – Então... você
aceita sair comigo hoje?
ANA – (sem jeito)
Aceito!
O telefone de Fábio
toca. Ele atende.
FÀBIO – Alô! Oi, pai!
E aí? (…) O quê? Sequestrado?
ANA – Quem foi
sequestrado, Fábio? Fala!
FÀBIO – (ao telefone)
To indo pra aí!
Fábio desliga o
telefone.
ANA – Fala logo, Fábio!
Quem foi sequestrado?
FÀBIO – Ana, nosso
jantar vai ter que ficar pra outro dia. Preciso ir! O Marcelo, meu
filho, foi sequestrado!
ANA – Meu Deus! Eu vou
com você! Calma, Fábio!
FÀBIO – Vamos!
Eles saem apressados do
hospital.
Cena 7 – Paisagens
da Cidade - Noite
Paisagens da cidade ao
anoitecer, ao som de Raul Seixas – Tente Outra Vez
Cena 8 – Favela
Cabra Manca – Noite
Em uma casebre, Guilherme
chega de carro. Abre o porta malas e tira um grande saco amarrado.
TONHÃO – Que demora!
GUILHERME – Ah, pai!
Tive que fazer o serviço bem feito!
TONHÃO – Òtimo!
Trouxe?
GUILHERME – Claro! Tá
aqui! Agora quero ver se a Ana não volta pra mim!
TONHÃO – Volta, filho!
Volta! E ainda vai nos render uma boa grana de resgate! Hahaha
Guilherme desamarra o
saco e leva um susto.
GUILHERME – O quê???
Esse não é o Dorival!
Congela no rosto de
Marcelo, apavorado.
FIM DE CAPÌTULO.
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