terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Fixação - Capítulo 32


Cena 1/ Mansão Bertolin/ Quarto de Tiago/ Interno/ Noite
(Luana se aproxima de Tiago e tira a roupa dele, deixando-o nu. Ela o cobre com o cobertor)
LUANA: Agora eu preciso trazer aquelas garrafas de cerveja que eu separei. O Tiago tem que pensar que consumiu bebida alcoólica e que isso fez com que ele começasse a me assediar.
(Luana sai)

Cena 2/ Rua/ Noite
VITOR: Grávida? Você está grávida?
LUIZA: Exatamente.
VITOR: Isso não pode ser verdade. Você só pode estar brincando comigo, querendo tirar uma com a minha cara.
LUIZA: Você está louco, Vitor? Eu não brincaria com algo tão sério. Eu estou grávida sim e você é o pai.
VITOR: Eu lembro que nós usamos camisinha.
LUIZA: Não seja cínico, Vitor. Você sabe mais do que eu que essa camisinha pode ter furado durante a nossa “noite de amor”.
VITOR: Luiza, nós não temos idade para assumir algo que exige tamanha responsabilidade. Eu não me sinto preparado para enfrentar essa gravidez e ser pai.
LUIZA: Eu também não tenho estrutura para encarar esse problema.
VITOR: Então, aborta essa criança.
LUIZA: O quê?
VITOR: Aborta essa criança. Já que nós dois não pedimos para esse bebê aparecer, abortar é a única solução.
LUIZA: Eu não vou cometer essa monstruosidade com o meu filho. Ele não foi planejado, mas já que ele apareceu, eu irei cuidar dele, sim. Não vou abortar.
VITOR: Pois vai enfrentar essa barra sozinha. Não conta comigo para nada. Não pedi esse filho, portanto não sou obrigado a assumir essa responsabilidade.
LUIZA: Você não pode fazer isso, Vitor. Você é o pai.
VITOR: Eu não sou pai de ninguém. Eu não vou assumir essa criança, Luiza. Se você quer ver bebê esse nascer, o problema é seu.
(Vitor caminha pela rua, se afastando de Luiza)
LUIZA: Eu não fiz essa criança sozinha. Você não pode me abandonar dessa maneira. Seja homem pelo menos uma vez na vida e assuma os seus atos, Vitor.
VITOR: Luiza, eu só te digo uma coisa: na próxima vez que você vier falar comigo, nem pense em tocar no assunto dessa gravidez. Para mim, ela não existe e nunca existiu. Se vira.
(Vitor sai e Luiza fica com os olhos marejados)

Cena 3/ Mansão Bertolin/ Quarto de Tiago/ Interno/ Noite
(Luana entra no quarto, segurando uma caixa nas mãos. Ela coloca a caixa em um canto e, de dentro dela, tira sete garrafas de cerveja, colocando-as na parede. Logo após, Luana tira a roupa, ficando nua, e se deita ao lado de Tiago, cobrindo-se também com o cobertor)

Cena 4/ Restaurante/ Interno/ Noite
RAIMUNDA: Eu não acredito que o Lucrécio está me traindo. Não acredito.
SOLANO: Calma, dona Raimunda. Nem tudo é o que parece ser. A senhora não disse que o doutor Lucrécio ia resolver uns compromissos financeiros com alguém? Vai ver, ele foi ajudar o dono do motel nesses problemas com as finanças.
RAIMUNDA: Você acha que eu sou burra, Solano? Eu sei muito bem o que as pessoas pretendem fazer quando se entram em um motel. Com o Lucrécio não seria diferente. Ele foi se encontrar com alguma amante. Recusou o meu convite para se encontrar com a amante. Cachorro.
SOLANO: Dona Raimunda, a senhora está muito exaltada.
RAIMUNDA: E não é para ficar? Eu nunca esperava um comportamento tão ridículo do Lucrécio. Nunca.
SOLANO: Mantenha a calma, dona Raimunda.
RAIMUNDA: O Lucrécio me paga. Se ele acha que vai continuar me fazendo de corna mansa, ele está muito enganado. Amanhã, sim, ele terá motivos de verdade para se encontrar com a tal amante biscateira.

Cena 5/ Clínica de Tratamento/ Quarto de Vera/ Interno/ Noite
(Vera está deitada. Um enfermeiro entra no quarto, carregando uma bandeja repleta de medicamentos)
ENFERMEIRO: Segunda medicação da noite, dona Vera
VERA: Não quero
ENFERMEIRO: Como não quer? Esse remédio é muito importante para o seu tratamento.
VERA: E você acha que eu tenho vontade de me tratar depois do que todos vocês dessa merda de clínica fizeram com o meu filho?
ENFERMEIRO: Eu pensei que a senhora tinha entendido quando lhe comuniquei que as visitas de seu filho foram suspensas.
VERA: Eu não tenho que entender nada. Quem tem que entender alguma coisa aqui é vocês que trabalham nesse lugar. A visita do Vitor é muito importante para o meu tratamento também. Ou vocês acham que remédios dão carinho, amor, alegria? Digo isso, porque todos esses sentimentos são significativos para a recuperação de uma pessoa doente e depressiva como eu.
ENFERMEIRO: Eu não tiro a sua razão, dona Vera. Mas o seu filho errou quando resolveu contar para você que sua irmã havia sido assassinada. A senhora entrou em depressão justamente porque perdeu o marido. Quem garante que a morte da sua irmã não irá piorar seu estado de saúde?
VERA: Você acabou de tocar no assunto da morte do meu marido Ernesto e da minha irmã Amanda. De todos os meus familiares, só restou o Vitor para me fazer companhia. Ele que me completa, que me preenche. A presença dele faz com que eu não me sinta sozinha e abandonada. Como eu irei me tratar de uma depressão, sendo que vocês querem que eu fique sozinha, sem a visita e a constante presença do único amor que me restou, o meu filho?
ENFERMEIRO: Dona Vera, eu sei que agora parece irônico e até mesmo difícil ter que lidar com essa situação, mas no fim a senhora se adapta.
VERA: Enquanto as visitas do meu filho continuarem suspensas, eu não irei seguir o tratamento a risca. Sempre darei um jeito de burlar o uso dos medicamentos.
ENFERMEIRO: A senhora não pode se comportar dessa maneira. Estamos fazendo isso pelo seu bem.
VERA: O meu bem agora se resume ao Vitor, ao meu filho. Sem ele, sem esse tratamento.

Cena 6/ Paisagens de Dourados/ Dia
(Toca Beautiful Place – Good Charlotte)

Cena 7/ Mansão Bertolin/ Quarto de Celso/ Interno/ Dia
(Celso acorda e vê Lara arrumando as malas)
CELSO: Lara? O que você está fazendo?
LARA: Arrumando minhas coisas. Pretendo voltar para São Paulo ainda hoje.
CELSO: Mas por quê? Pelo que eu saiba, você ainda tem uma semana de folga por conta da licença que pediu no restaurante.
LARA: É verdade, mas eu prefiro voltar agora. Aproveitar esse tempo prévio para reorganizar minha volta à rotina paulista.
CELSO: Lara, não minta para mim. O que está acontecendo?
LARA: E você ainda pergunta? Sua ex-namorada desembarca hoje aqui em Dourados e sua mãe faze questão de hospedá-la na mansão. Além disso, tem seus pais que se mostram contra mim e ao nosso namoro. Não estou conseguindo mais aturar essa situação.
CELSO: Não fica assim, meu amor. Nós dois nos mudaremos para uma pousada a partir de hoje.
LARA: Eu prefiro que não. Esta é a sua casa. Você tem que ficar aqui, e não se mudar para um quarto de pousada apenas para me agradar. Irei fazer o seguinte. Eu volto a me hospedar naquele hotel em que eu fiquei quando nós chegamos na cidade e você continua morando aqui na sua casa, certo?

Cena 8/ Mansão Bertolin/ Quarto de Tiago/ Interno/ Dia
(Tiago acorda e se surpreende ao ver Luana dormindo ao seu lado na cama)
TIAGO: Luana? LUANA.  LUANA!
(Tiago chacoalha Luana e ela acorda)
TIAGO: Luana, o que você está fazendo na minha cama? O que nós estamos fazendo nus na minha cama?
LUANA: Você não lembra?
TIAGO: Do quê? A última coisa de que eu me recordo é você entrando no meu quarto e me oferecendo um suco de maracujá. Depois, eu não me lembro de mais nada.
LUANA: Como não se lembra, Tiago?
TIAGO: Luana, como você veio parar nua na minha cama? O que aconteceu?
LUANA: Você me assediou, Tiago.
TIAGO: Eu o quê? Você não pode estar falando sério.
LUANA: Eu estou dizendo a verdade. Você me assediou. Estávamos bebendo os nossos sucos e conversando sobre várias coisas, quando você pediu que eu trouxesse umas garrafas de cerveja que tinham na geladeira. Você insistiu tanto que eu acabei trazendo. Olhe-as ali, naquele canto da parede.
TIAGO: E depois?
LUANA: Depois você ficou estranho comigo e começou a me assediar. Eu tentei me livrar daquela situação, mas você me imobilizou na cama e rasgou minha roupa inteira. Eu não tive saída. Você havia me dominado.
TIAGO: Não pode ser. Eu nunca me comportei dessa maneira monstruosa com mulher nenhuma. Eu nunca seria capaz de abusar alguém.
LUANA: Mas me abusou. Eu estou muito chateada com você, Tiago. Eu também não esperava esse comportamento de você.
TIAGO: Perdão Luana. Eu não sei o que me deu.
LUANA: Mas eu acho que sei, sim. Naquelas duas vezes que ficamos sozinhos na sala de estar, você veio com uma conversa de que eu estava te lembrando a Amanda e, devido a isso, você se achou no direito de me beijar.
TIAGO: Mas você estava me lembrando a Amanda mesmo.
LUANA: Eu acho que você acabou transando comigo, achando que estava tendo uma noite de amor com a Amanda.
TIAGO: Pode ser, mas nada justifica o comportamento que eu tive com você. Perdão.
LUANA: Eu te perdôo, Tiago. Mas espero que isso nunca mais se repita. E não se preocupe: eu não irei te denunciar para a polícia nem contar para a sua família o que aconteceu aqui. Eu só quero esquecer tudo isso.
TIAGO: Obrigado, Luana. E mais uma vez eu te peço desculpas.
LUANA: Eu só quero que você me empreste uma roupa. A minha está toda rasgada e eu não posso ir para o meu quarto completamente nua.
TIAGO: Claro.
(Tiago se veste e vai ao seu guarda roupa. Ele pega uma camisa para Luana, que se veste com a peça de roupa)
TIAGO: Coube no seu corpo.
LUANA: Ainda bem. Acho que a essa hora, todos ainda estão dormindo. Não terei problemas de ir ao meu quartinho vestida com a sua camisa. Obrigada pela ajuda.
(Luana sai.)

Cena 9/ Mansão Bertolin/ Corredor/ Interno/ Dia
(Luana sai do quarto de Tiago e caminha pelo corredor. Atrás dela, aparece Vivian, que viu a cena)

Cena 10/ Escola/ Pátio/ Interno/ Dia
CÍNTIA: A Luiza está grávida?
VITOR: Exatamente. E eu sou o pai.
CÍNTIA: Eu não acredito nisso. Está na cara que a Luiza está mentindo para você. Ela ainda não se conformou de te perder.
VITOR: A Luiza não mentiria sobre algo tão sério como esse.
CÍNTIA: Isso não pode estar acontecendo, Vitor. Você não vai assumir essa criança, entendeu? O combinado era você transar com a Luiza e depois largar qualquer tipo de vínculo com ela para sempre. Grávida ou não, aquela imbecil não terá o seu apoio.
VITOR: Pode ficar tranqüila. Eu não pretendo assumir a paternidade desse bebê. Se depender de mim, a Luiza vai enfrentar essa barra sozinha.
(O telefone de Vitor toca e ele atende)
VITOR: Alô?
...
VITOR: Certo. Obrigado por avisar. Ok.
(Vitor desliga a chamada e põe o celular no bolso)
CÍNTIA: Quem era?
VITOR: Um enfermeiro da clínica onde mamãe está internada. Minhas visitas estão liberadas.
CÍNTIA: Que bom, meu amor.
(Cíntia abraça Vitor)

Cena 11/ Escola/ Sala de aula/ Interno/ Dia
FELIPE: Esse comportamento ridículo do Vitor era bem previsível.
LUIZA: Agora, só me resta enfrentar esse problema sozinha.
FELIPE: Nada disso, Luiza. O Vitor é o pai dessa criança que você está esperando. Ele é obrigado a assumir esse bebê. Não sei se você sabe, mas existem recursos judiciais que obrigam o pai a assumir o filho.
LUIZA: Não quero usar recurso nenhum. Queria que o Vitor me apoiasse e aceitar essa criança de livre espontânea vontade, e não por meio de uma obrigação judicial.
FELIPE: Mas ele não pode se comportar dessa maneira. Você não gerou o seu filho sozinha.
LUIZA: Eu conheço o Vitor, Felipe. Nada do que eu faça irá fazer com que ele assuma essa criança.
FELIPE: Eu vou conversar com ele.
LUIZA: Você tem certeza?
FELIPE: Eu disse que nunca iria te deixar sozinha, não disse? Prometi para mim mesmo e para você que nunca iria te abandonar. Eu vou conversar com o Vitor, sim. E ele querendo ou não, será obrigado a me escutar.

Cena 12/ Casa de Raimunda/ Sala/ Interno/ Dia
(Alguém bate na porta e Raimunda atende)
RAIMUNDA: Lucrécio.
LUCRÉCIO: Oi, amor. Resolvi passar aqui antes de ir para o cais. Quero me desculpar pessoalmente por ter recusado o seu convite. Eu sinto muito, mas tive que resolver um compromisso muito importante...
RAIMUNDA: ... Naquele motel.
LUCRÉCIO: Motel?
RAIMUNDA: Eu te vi entrando naquele motel, Lucrécio. Coincidência ou não, o restaurante em que eu fui jantar com o Solano ficava bem na frente do motel em que você foi para se encontrar com a sua amante.
LUCRÉCIO: Amor, não é isso que você está pensando. Eu posso explicar.
RAIMUNDA: Ah, mas você vai me explicar mesmo. Estou esperando. Como é o nome da vagabunda, hein, Lucrécio? Onde você estava com a cabeça quando pensou em me trair?

Cena 13/ Mansão Bertolin/ Quartinho de Luana/ Interno/ Dia
(Luana está ao telefone, conversando com Solano)
LUANA: Queria ser uma mosquinha só para ver a cara da tia Raimunda quando ela viu o Lucrécio entrando naquele motel.
SOLANO (do outro lado da linha): Juro para você que eu estava segurando o riso. Foi muito engraçado. Agora, não entendi porque você desmarcou a ida para o jantar.
LUANA: Tive coisas mais importantes para fazer, como, por exemplo, dar um avanço no meu plano de entrar para a família Bertolin.
SOLANO: O que você fez?
LUANA: Prefiro te falar pessoalmente.

Cena 14/ Mansão Bertolin/ Sala de jantar/ Interno/ Dia
(Marta passa pelo local e Vivian se aproxima da patroa)
VIVIAN: Dona Marta, dona Marta, eu preciso falar com a senhora.
MARTA: O que houve, Vivian?
VIVIAN: Ai meu Deus, não sei nem que palavras eu devo usar.
MARTA: Para de besteira e desembucha de uma vez, Vivian.
VIVIAN: Ok. Vou falar. (falando rapidamente): A Luana e o seu Tiago passaram a noite juntos.
MARTA: Não entendi direito. Fala mais devagar.
VIVIAN: A Luana e o seu Tiago passaram a noite juntos.
MARTA: O quê?

Cena 15/ Mansão Bertolin/ Quartinho de Luana/ Interno/ Dia
(Luana levanta-se da cama e põe o celular no bolso. Marta entra)
MARTA: Vagabunda.
LUANA: O quê?
MARTA: Vagabunda, sim. Piraninha da pior qualidade. Você não vale nada mesmo, não é, sua vadia?
LUANA: Do que a senhora está falando, dona Marta? Por que está me tratando desse jeito?
MARTA: Não se faça de cínica. Você não tem vergonha nessa cara, garota?
LUANA: Dona Marta, não é porque a senhora é dona dessa casa, que pode invadir o quartinho desse jeito e me ofender dessa maneira. Eu já agüentei todo tipo de humilhação da senhora. Até tapa na cara, eu já aturei. Agora, chega. Eu sou sua empregada. Não sou obrigada a ter que ouvir esses xingamentos.
MARTA: Cala a merda dessa boca.
(Marta dá um tapa em Luana)
LUANA: A senhora está louca?
MARTA: Estou possessa de raiva. Eu quero ver até onde vai o seu cinismo, a sua cara de pau. Eu que não sou obrigada a aturar a sua presença dentro da minha casa. Você forjou um acidente para atrair a atenção do meu filho, bancou a vítima para fazer com que ele se sentisse culpado. Agora, já chega. Forjar uma situação para que o Tiago pense que vocês transaram foi a gota d’água.
LUANA: A senhora está enganada, dona Marta. Eu não forjei nada.
MARTA: Eu sei que você está planejando dar um golpe na minha família, sua pilantra. Eu sei. Para falar a verdade, eu nunca gostei de você, sempre achei que tinha alguma coisa de errada no seu comportamento. Mas eu não vou deixar você desgraçar a minha família. Não vou mesmo. E se você pretende usar o Tiago como porta de entrada para você aplicar essa pilantragem, pode tirar o seu cavalinho da chuva, sua vadia.
LUANA: A senhora está sendo injusta comigo, dona Marta.
MARTA: Eu estou sendo paciente, mas agora chega. CHEGA. Arruma tuas tralhas e some da minha casa. Eu não quero mais ver você vagando nos corredores da minha mansão. Eu quero ver você fora daqui. Some.
LUANA: A senhora não pode demitir. A única pessoa capaz de fazer isso é o seu Tiago, que me contratou e que me trouxe para cá.
MARTA: Dane-se o Tiago e as decisões dele. A casa é minha e eu escolho quem entra e quem sai daqui de dentro. Pega as tuas porcarias e se manda daqui, antes que eu te arraste até o portão pelos cabelos e te jogue naquela caçamba de lixo, que fica bem em frente à fachada da mansão.
LUANA: A senhora não seria tão baixa.
MARTA: Você duvida? Fora da minha casa, fora da vida da minha família. Some daqui, sua vagabunda. SOME DAQUI!
(Marta encara Luana, que se assusta)
(Congela em Luana. Toca Falling Down – Oasis)
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