segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Superação - Capítulo 41


Continuação imediata do capítulo anterior.

Cena 1 – Rio Grande do Sul – Floresta – Dia
FRANCHESCO – Finalmente cheguei! Não aguentava mais só ver árvore e mato na frente! Onde será que isso vai dar?
Franchesco caminha mais um pouco e é surpreendido por uma arma apontada pra ele.
HOMEM – Te achei, maldito!
FRANCHESCO – Não, por favor! Eu não lembro de nada. Não sei que mal eu fiz, mas não me mata!
MAZÉ – Bah, mas é um homem! Tu me desculpa! Eu tava caçando, achei que fosse um porco selvagem.
FRANCHESCO – Eu não tomo banho há uns dias, tá certo me confundir com um porco.
MAZÉ – Não, não foi isso que eu quis dizer! Mas tchê, tu tá machucado? Que houve contigo?
FRANCHESCO – Não sei. Acho que um acidente. Não consigo lembrar de nada.
MAZÉ – Vem comigo, bagual! Vamo lá pra casa que eu e o pai vamo cuidar de ti e dessas tuas ferida!
Mazé auxilia Franchesco e o leva para seu sítio, que fica próximo daquele local.

Cena 2 – Casa de Tonhão – Dia
CATARINA – Vou sair!
TONHÂO – E eu com isso?
CATARINA – Vai continuar me tratando assim?
TONHÃO – É o que você merece, vagabunda!
CATARINA – Eu devia dar um tapa na sua cara, seu ignorante!
TONHÃO – Experimenta fazer isso que eu te quebro!
CATARINA – Não vou ficar discutindo com um animal!
TONHÃO – Então não discuta sozinha!
Catarina sai e bate a porta.

Cena 3 – Escola Napoinara – Diretoria – Dia
VANESSA – Dona Mariana, mas já aqui? Deveria ter ficado mais tempo descansando. Eu cuidaria de tudo por aqui.
MARIANA – Eu já me sinto melhor, Vanessa. Obrigada. E também, trabalhar vai me ajudar a esquecer um pouco os problemas.
VANESSA – Entendo. Mas, mandou me chamar? Posso ajudar em alguma coisa?
MARIANA – Sim. Eu ainda to meio perdida com tudo, queria que continuasse por aqui, comigo, nos períodos em que você não tá dando aula.
VANESSA – Claro. Ficarei sim.

Cena 4 – Jornal Bertollo – Dia
EDGAR – (pensando) Vanessa, Vanessa... Quero essa mulher pra mim!
LUIZA – Edgar! Edgar! EDGAR!
EDGAR – (assustado) Hã? Que? Onde?
LUIZA – Presta atenção no trabalho! Se fosse o Dr. Guilherme em vez de mim, você estaria demitido!
EDGAR – Foi uma pequena distração, desculpa.
LUIZA – Sei... E que não se repita essa “distração”. Trouxe aqui o material de um dos repórteres. Faça uma matéria para a edição de amanhã!
EDGAR – Deixa comigo!

Cena 5 – Rio Grande do Sul – Sítio Tavares – Dia
BARTOLOMEU – Que demora, tchê! Foste buscar onde esse animal? Lá pras bandas do Uruguai?
Ele percebe que Mazé trouxe um homem em vez de um animal.
BARTOLOMEU – Tchê, que fizeste? Quem é esse bagual?
MAZÈ – Pai, encontrei ele machucado na floresta. Parece um homem de bem.
FRANCHESCO – Não quero incomodar. Na verdade nem sei quem eu sou.
BARTOLOMEU – Bah, mas tu não te lembra nem quem tu és?
FRANCHESCO – Não.
MAZÉ – Pai, chega de conversa e traz alguma coisa pra ele comer.
BARTOLOMEU – Fique à vontade, vivente! Se fores gente de bem, que o meu lar sirva de recuperação pra ti! Vou buscar algo pra te alimentar!
FRANCHESCO – Agradeço muito.

Cena 6 – Escola Napoinara – Pátio – Dia
MIGUEL – Muito bem, então, Marcelo e Dorival, estão dispensados das atividades físicas.
CIRO – Ah não! Quer dizer que a gente vai se matar aqui e os dois vão ficar na boa?
MARCELO – Ciro, vai pastar!
CIRO – Como é? Tá querendo briga, aleijado?
DORIVAL – Parem!
CIRO – Vai defender, é? Quer apanhar também?
MIGUEL – Chega! Ninguém vai brigar aqui! Ciro, vá se juntar ao grupo e me aguardem. Vocês, Marcelo e Dorival, estão dispensados das atividades físicas, mas não ficarão tranquilos aí, sem nada pra fazer.
CIRO – Hahaha. Bem feito!
DORIVAL – O que vamos fazer?
MIGUEL – Você e o Marcelo vão até a biblioteca e vão fazer um trabalho sobre a origem do futebol no Brasil. Em dupla. Um ajuda o outro e me entreguem no final da aula.
MARCELO – Ah não!
DORIVAL – Vamos lá, Marcelo! Eu te ajudo.
MARCELO – Tá bom! Vamos então...
A aula começa. Marcelo e Dorival vão até a biblioteca fazerem o trabalho.

Cena 7 – Favela Cabra Manca – Dia
Tonelada arrumando a casa, quando batem na porta. Ele vai até lá e tem uma surpresa.
TONELADA – Catarina! Que surpresa! Como soube que eu tava aqui?
CATARINA – Como vai, Tonelada? Como você tá? O Guilherme me contou.
TONELADA – Ah sim. É... to levando... Mas, entra aí!
Catarina entra.
CATARINA – Que lugar é esse que você veio morar, hein Tonelada?
TONELADA – É... foi o que deu! O Guilherme me ajudou a encontrar. E você como é que tá? O Tonhão não fez nada contra você, né?
CATARINA – Ah, aquele lá tá cada vez mais ignorante. Só me dá patada ultimamente! Mas, só xinga, não tentou nada.
TONELADA – Se eu souber que ele te agrediu, vou esquecer que ele é meu amigo de infância e ele vai ver!
CATARINA – Para, Tonelada... Já tivemos brigas o suficiente. Agora quero paz!
Catarina e Tonelada seguem conversando.

Cena 8 – Hospital – Farmácia – Dia
Fábio chega, a farmácia já tá fechada.
FÁBIO – Com licença! A farmácia já fechou?
FUNCIONÁRIA – Já, sim, seu guarda! To aqui fazendo a faxina e vi que a moça que trabalha aí já saiu.
FÀBIO – Tá bom, obrigado!
Fábio vai saindo, achando tudo estranho.
FÀBIO – (pensando) Ué? A Ana saiu e nem me esperou? Que estranho!

Cena 9 – Escola Napoinara – Estacionamento – Dia
Edvaldo chega de carro.
EDVALDO – E aí? Como passaram o dia? Dona Mariana, a senhora tá bem?
MARIANA – É... o trabalho me ajudou um pouquinho a esquecer... agora é que vai ser complicado!
DORIVAL – Eu to aqui com a senhora, mãe! Vou te ajudar!
MARIANA – Meu filho! Você e a Ana vão me ajudar muito agora!
DORIVAL – Claro, mãe!
EDVALDO – Podemos ir?
Mariana, Dorival e Marcelo entram no carro e eles vão para casa.

Cena 10 – Rua Indeterminada – Carro – Dia
ANA – O que você quer comigo, Guilherme? Me deixa ir embora!
GUILHERME – Não. Vamos ter uma conversinha!
ANA – Já conversamos tudo que tinha pra conversar, Guilherme! Para com isso!
GUILHERME – Você é que pensa, Ana! Ainda temos muito o que conversar!
ANA – O que você tá querendo, Guilherme?
GUILHERME – Você!
ANA – Guilherme, chega! Acabou! Você sabe muito bem!
GUILHERME – É o que veremos!
ANA – O que você tá pensando?
GUILHERME – Já vai saber! Hahaha
ANA – Guilherme! Para esse carro! Me deixa sair!
GUILHERME – Não! Hahaha
Congela em Ana assustada.


FIM DE CAPÌTULO.
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