Continuação imediata do
capítulo anterior.
Cena 1 – Rua
Indeterminada – Carro – Dia
ANA – O que você tá
pensando?
GUILHERME – Já vai
saber! Hahaha
ANA – Guilherme! Para
esse carro! Me deixa sair!
GUILHERME – Não!
Hahaha
ANA – Guilherme para
com isso, você tá louco!
GUILHERME – Louco eu
sempre fui, Ana! Por você!
ANA – Guilherme, para
esse carro! A gente vai bater!
GUILHERME – Aí
morremos juntinhos, meu amor!
ANA – Você tá
completamente louco!
Guilherme segue com Ana
em alta velocidade pela rua.
Cena 2 – Rio Grande
do Sul – Sítio Tavares – Dia
Franchesco e Mazé
conversando sentados no sofá. Bartolomeu chega.
BARTOLOMEU – Me diga
uma coisa, vivente! Tu aprecia um mate?
FRANCHESCO – Desculpa,
mas eu não to lembrando do que é.
MAZÉ – O pai perguntou
se tu quer tomar um chimarrão com nós.
FRANCHESCO – Ah sim,
aceito.
BARTOLOMEU – Vou buscar
a cuia pra nós matear um pouco!
MAZÉ – Mas e então,
tchê, tu não te lembras nem do teu nome?
FRANCHESCO – Não.
MAZÉ – Então vou te
chamar de Zé.
FRANCHESCO – Haha. Pode
ser. Quem sabe não era esse meu nome?
Cena 3 – Paisagens
da Cidade – Dia
Cenas da cidade ao som de
Raul Seixas – Tente Outra Vez
Cena 4 – Casa da
Família Bertollo – Dia
Café da manhã na casa.
Apenas Mariana e Dorival em casa.
MARIANA – E sua irmã?
Nem pra dar satisfação!
DORIVAL – Ah, mãe ela
deve ter dormido na casa do Fábio. Hoje ela deve ligar.
MARIANA – É... Vamos,
filho. Come rápido que logo o seu Edvaldo tá aí!
Eles terminam de tomar o
café da manhã.
Cena 5 – Casa de
Edvaldo – Dia
EDVALDO – Anda, filho!
Já estamos atrasados.
FÀBIO – Calma, pai! To
quase pronto!
MARCELO – Eu já to
pronto!
EDVALDO – Agora dá um
jeito de apressar teu pai.
FÁBIO – Tá, to
pronto! To louco pra falar com a Ana. Ontem eu passei lá na farmácia
e ela já tinha ido pra casa.
EDVALDO – Vai ver ela
foi mais cedo pra ajeitar tudo em casa, filho...
FÀBIO – É... quem
sabe...
Cena 6 – Casa da
Família Chateaubriand – Dia
MIGUEL – Vamos, Edgar!
Quer me atrasar e se atrasar?
EDGAR – Tá vamos! Tava
preparando a pasta com a matéria que a Luiza me pediu.
MIGUEL – Luiza? Hmmm
EDGAR – Hmmm o quê,
Miguel? É minha colega de trabalho.
MIGUEL – To brincando,
Edgar! Você leva tudo a sério!
EDGAR – Não. Eu só
não gosto que inventem coisas sobre mim.
MIGUEL – Tá bom. Agora
vamos!
EDGAR – E você vai ver
a Vanessa?
MIGUEL – Ué, vou. Por
quê?
EDGAR – Nada não.
MIGUEL – Você hoje não
tá bem.
Eles saem.
Cena 7 – Casa do
Tonhão – Dia
Tonhão atende uma
ligação.
TONHÂO – Alô.
GUILHERME (off) – Alô,
pai! Sou eu.
TONHÂO – Ah, é você.
Achei que fosse sua mãe. Que é?
GUILHERME (off) – Como
assim, minha mãe? Ela não tá aí com você?
TONHÂO – Não. A
desgraçada não dormiu em casa.
GUILHERME – (off) Pai!
Não fala assim da minha mãe. Eu sei onde ela tá, fica tranquilo
que ela tá bem.
TONHÂO – Me fala, onde
é?
GUILHERME – (off)
Não... Eu liguei pra te pedir uma coisa.
TONHÂO – Não me fala
onde ela tá e quer pedir?
GUILHERME – (off) É
importante pai!
TONHÃO – Fala!
GUILHERME – (off) Vem
até aqui! Vou te passar o endereço de onde eu to.
Tonhão anota o endereço,
desliga o telefone e sai de casa apressado.
CENA 8 – Morro do
Cachorro Abandonado – Cativeiro – Dia
GUILHERME – Ana, Ana...
se eu não te amasse, eu te mataria...
Ana amordaçada apenas
murmura.
GUILHERME – Eu tenho um
servicinho pra você.
ANA – Hm Hm
GUILHERME – Vai
escrever uma carta para sua família, dizendo que você foi viajar
pra colocar a cabeça em ordem diante de tudo que aconteceu. E para
seu namoradinho, você vai dizer que percebeu que não o ama e não o
quer mais e que NUNCA MAIS deve procurar você.
Ana arregala os olhos diante da proposta de Guilherme
Congela em Ana assustada.
FIM DE CAPÌTULO.
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