Continuação imediata do
capítulo anterior.
Cena 1 – Rio Grande
do Sul – Sítio Tavares – Dia
DATENA – Olha bem pra
cara dele! Um cara desses, empresário, bem sucedido, pai de família,
dono do jornal Bertollo, dr Franchesco Bertollo. E o que as
autoridades fazem? Vão trabalhar seus vagabundo! Vamos encontrar o
corpo do cara aí pra família fazer um funeral decente!
Franchesco se assusta.
FRANCHESCO – Franchesco
Bertollo, jornal Bertollo...
Ele começa a lembrar de
tudo.
FRANCHESCO – Esse cara
sou eu!
MAZÉ – Olha e não é
que é tu mesmo, tchê?
BARTOLOMEU – Mas que
barbaridade!
FRANCHESCO – Sim, eu to
lembrando. Eu me chamo Franchesco Bertollo.
Franchesco começa a
sentir uma forte dor de cabeça.
BARTOLOMEU – Mazé,
ajuda o galo véio aí. Ele tá precisando descansar!
Mazé auxilia Franchesco
e o faz deitar um pouco.
Cena 2 – Rua
Indeterminada – Dia
Fábio acaba de sair da
delegacia.
FÁBIO – E agora? O que
eu faço? Ligo pra dona Mariana? Mas depois de tudo que ela tem
passado, dar mais essa preocupação à ela?
Fábio vai andando um
pouco e pensa. Ele pega o celular e liga para seu pai para informar
tudo que tá acontecendo.
Cena 3 – Escola
Napoinara – Pátio – Dia
MARCELO – Você aqui?
LUIZA – Filho! Me dá
um abraço!
MARCELO – Mãe, o que
houve? O que a senhora tá fazendo aqui?
LUIZA – Vim ver meu
filhinho querido.
MARCELO – Mãe, eu não
sou mais criança! Me fala o que tá acontecendo!
LUIZA – Tá bom, meu
filho, eu conto, mas calma...
MARCELO – O que houve?
Cadê meu pai e meu avô? O que aconteceu com eles?
LUIZA – Eles pediram
pra eu passar aqui e te buscar. No caminho te explico.
MARCELO – Eu vou ligar
pro meu pai, pera aí.
Marcelo ajeita as
muletas, pega o celular do bolso e Luiza tira o celular de suas mãos.
LUIZA – Meu querido,
não precisa. Você tá com a mamãe. Eu vou te levar. Vem!
MARCELO – Mãe, me dá
meu celular! Eu quero falar com meu pai!
LUIZA – Você vai
falar, filho. Calma! Confia pelo menos uma vez e vamos lá.
Marcelo desiste de
insistir e vai com Luiza, que o leva até o carro e ambos saem.
Cena 4 – Rio Grande
do Sul – Sítio Tavares – Quarto – Dia
FRANCHESCO – Eu preciso
dar um jeito de voltar pra casa. Preciso avisar que to bem, que to
vivo!
Cena 5 – Favela –
Casa de Tonhão – Dia
Catarina chegando em
casa.
CATARINA – Ainda bem
que o Tonhão não tá. Preciso dar um jeito de acabar com isso. A
situação tá ficando complicada demais.
Ela vai até o quarto,
abre a bolsa, pega uma caixa de remédios.
CATARINA – Isso aqui
vai me ajudar a tomar a decisão certa.
Cena 6 – Escola
Napoinara – Sala de Aula – Dia
DORIVAL – Cadê o
Marcelo que ainda não voltou?
Ciro ouve e aproveita pra
tirar sarro.
CIRO – Tá com saudade
da namoradinha? Hahaha
DORIVAL – Cala boca,
Ciro!
PROFESSOR – Opa, opa!
Vamos parando com a conversa aí! Ciro, Dorival!
DORIVAL – Professor, eu
posso ir ao banheiro?
PROFESSOR – Pode, vou
ver se o inspetor tá por aqui pra auxiliar.
CIRO – Não precisa,
professor! Eu faço isso!
PROFESSOR – Ótimo!
Então, tudo certo!
Antes que Dorival fale
qualquer coisa com relação à proposta de Ciro, este pega no seu
braço e o ajuda a levantar. Dorival não gosta, mas não vê outro
jeito. Ele quer ver se descobre por onde anda Marcelo.
Cena 7 – Rio Grande
Do Sul – Sítio Tavares – Quarto – Dia
Franchesco chama
Bartolomeu, que logo chega.
BARTOLOMEU – Bah, tchê!
Já te acordaste? Precisas de algo?
FRANCHESCO – Bem...
como eu vou dizer...
BARTOLOMEU – Soltes
esta língua, vivente!
FRANCHESCO – Eu lembrei
de tudo. Sou Franchesco Bertollo, dono de um importante jornal do Rio
de Janeiro, o jornal Bertollo.
BARTOLOMEU – Bah, galo
véio! Já sabemos!
FRANCHESCO – Pois é.
Eu queria poder voltar pra lá, avisar a família.
BARTOLOMEU – E o que te
impede?
FRANCHESCO – Eu perdi
tudo no acidente. Queria pedir um favor importante. Por favor, me
empresta dinheiro para que eu possa voltar! Chegando lá, retomando
minha vida, te devolvo tudo e com juros!
BARTOLOMEU – Bah, nem
te estressa com isso, tchê! Claro que te ajudo!
Cena 8 – Casa de
Edvaldo – Dia
EDVALDO – E então,
filho, você acha que foi isso mesmo?
FÀBIO – Claro, pai!
Foi ele! Tenho certeza!
EDVALDO – E o que
podemos fazer?
FÀBIO – Já fiz a
denúncia. O delegado prometeu averiguar.
EDVALDO – Muito bem,
filho. Fez bem. Eles estão mais bem preparados. E você não precisa
se arriscar tanto. Pode ser gente perigosa.
FÀBIO – Nem me fala,
pai. Temo pela Ana. Ela nas mãos desse psicopata! Eu não vou ficar
parado. Vou dar um jeito de encontrar a Ana.
EDVALDO – Filho, você
não tá pensando em...
No momento, a conversa é
interrompida por batidas na porta. É um homem entregando uma carta,
que Fábio logo abre e leva um susto ao ler.
FÁBIO – Não é
possível!
Congela em Fábio
espantado.
FIM DE CAPÌTULO.
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