sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Superação - Capítulo 44


Continuação imediata do capítulo anterior.

Cena 1 – Rio Grande do Sul – Sítio Tavares – Dia
DATENA – Olha bem pra cara dele! Um cara desses, empresário, bem sucedido, pai de família, dono do jornal Bertollo, dr Franchesco Bertollo. E o que as autoridades fazem? Vão trabalhar seus vagabundo! Vamos encontrar o corpo do cara aí pra família fazer um funeral decente!
Franchesco se assusta.
FRANCHESCO – Franchesco Bertollo, jornal Bertollo...
Ele começa a lembrar de tudo.
FRANCHESCO – Esse cara sou eu!
MAZÉ – Olha e não é que é tu mesmo, tchê?
BARTOLOMEU – Mas que barbaridade!
FRANCHESCO – Sim, eu to lembrando. Eu me chamo Franchesco Bertollo.
Franchesco começa a sentir uma forte dor de cabeça.
BARTOLOMEU – Mazé, ajuda o galo véio aí. Ele tá precisando descansar!
Mazé auxilia Franchesco e o faz deitar um pouco.

Cena 2 – Rua Indeterminada – Dia
Fábio acaba de sair da delegacia.
FÁBIO – E agora? O que eu faço? Ligo pra dona Mariana? Mas depois de tudo que ela tem passado, dar mais essa preocupação à ela?
Fábio vai andando um pouco e pensa. Ele pega o celular e liga para seu pai para informar tudo que tá acontecendo.

Cena 3 – Escola Napoinara – Pátio – Dia
MARCELO – Você aqui?
LUIZA – Filho! Me dá um abraço!
MARCELO – Mãe, o que houve? O que a senhora tá fazendo aqui?
LUIZA – Vim ver meu filhinho querido.
MARCELO – Mãe, eu não sou mais criança! Me fala o que tá acontecendo!
LUIZA – Tá bom, meu filho, eu conto, mas calma...
MARCELO – O que houve? Cadê meu pai e meu avô? O que aconteceu com eles?
LUIZA – Eles pediram pra eu passar aqui e te buscar. No caminho te explico.
MARCELO – Eu vou ligar pro meu pai, pera aí.
Marcelo ajeita as muletas, pega o celular do bolso e Luiza tira o celular de suas mãos.
LUIZA – Meu querido, não precisa. Você tá com a mamãe. Eu vou te levar. Vem!
MARCELO – Mãe, me dá meu celular! Eu quero falar com meu pai!
LUIZA – Você vai falar, filho. Calma! Confia pelo menos uma vez e vamos lá.
Marcelo desiste de insistir e vai com Luiza, que o leva até o carro e ambos saem.

Cena 4 – Rio Grande do Sul – Sítio Tavares – Quarto – Dia
FRANCHESCO – Eu preciso dar um jeito de voltar pra casa. Preciso avisar que to bem, que to vivo!

Cena 5 – Favela – Casa de Tonhão – Dia
Catarina chegando em casa.
CATARINA – Ainda bem que o Tonhão não tá. Preciso dar um jeito de acabar com isso. A situação tá ficando complicada demais.
Ela vai até o quarto, abre a bolsa, pega uma caixa de remédios.
CATARINA – Isso aqui vai me ajudar a tomar a decisão certa.

Cena 6 – Escola Napoinara – Sala de Aula – Dia
DORIVAL – Cadê o Marcelo que ainda não voltou?
Ciro ouve e aproveita pra tirar sarro.
CIRO – Tá com saudade da namoradinha? Hahaha
DORIVAL – Cala boca, Ciro!
PROFESSOR – Opa, opa! Vamos parando com a conversa aí! Ciro, Dorival!
DORIVAL – Professor, eu posso ir ao banheiro?
PROFESSOR – Pode, vou ver se o inspetor tá por aqui pra auxiliar.
CIRO – Não precisa, professor! Eu faço isso!
PROFESSOR – Ótimo! Então, tudo certo!
Antes que Dorival fale qualquer coisa com relação à proposta de Ciro, este pega no seu braço e o ajuda a levantar. Dorival não gosta, mas não vê outro jeito. Ele quer ver se descobre por onde anda Marcelo.

Cena 7 – Rio Grande Do Sul – Sítio Tavares – Quarto – Dia
Franchesco chama Bartolomeu, que logo chega.
BARTOLOMEU – Bah, tchê! Já te acordaste? Precisas de algo?
FRANCHESCO – Bem... como eu vou dizer...
BARTOLOMEU – Soltes esta língua, vivente!
FRANCHESCO – Eu lembrei de tudo. Sou Franchesco Bertollo, dono de um importante jornal do Rio de Janeiro, o jornal Bertollo.
BARTOLOMEU – Bah, galo véio! Já sabemos!
FRANCHESCO – Pois é. Eu queria poder voltar pra lá, avisar a família.
BARTOLOMEU – E o que te impede?
FRANCHESCO – Eu perdi tudo no acidente. Queria pedir um favor importante. Por favor, me empresta dinheiro para que eu possa voltar! Chegando lá, retomando minha vida, te devolvo tudo e com juros!
BARTOLOMEU – Bah, nem te estressa com isso, tchê! Claro que te ajudo!

Cena 8 – Casa de Edvaldo – Dia
EDVALDO – E então, filho, você acha que foi isso mesmo?
FÀBIO – Claro, pai! Foi ele! Tenho certeza!
EDVALDO – E o que podemos fazer?
FÀBIO – Já fiz a denúncia. O delegado prometeu averiguar.
EDVALDO – Muito bem, filho. Fez bem. Eles estão mais bem preparados. E você não precisa se arriscar tanto. Pode ser gente perigosa.
FÀBIO – Nem me fala, pai. Temo pela Ana. Ela nas mãos desse psicopata! Eu não vou ficar parado. Vou dar um jeito de encontrar a Ana.
EDVALDO – Filho, você não tá pensando em...
No momento, a conversa é interrompida por batidas na porta. É um homem entregando uma carta, que Fábio logo abre e leva um susto ao ler.
FÁBIO – Não é possível!

Congela em Fábio espantado.


FIM DE CAPÌTULO.
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