segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Superação - Capítulo 46


Continuação imediata do capítulo anterior.

Cena 1 – Casa de Edvaldo – Dia
LUIZA – Isso! E você só vai ver ele de novo se ficar comigo! Vamos ser uma família feliz!
Fábio desliga o telefone assustado.
EDVALDO – O que ela queria?
FÀBIO – Ela sequestrou o Marcelo! E agora? A Ana e o Marcelo sequestrados!
EDVALDO – O quê??? Não acredito que a Luiza tenha feito isso! Que desgraçada!
FÀBIO – E agora, pai?
EDVALDO – Liga pra ela! Tenta descobrir onde ela tá! E não seja burro! Faz o jogo dela! É a única maneira!
FÁBIO – Tá bom, pai.
EDVALDO – Enquanto isso, eu vou ligar pra dona Mariana! Tá na hora de ela saber o que aconteceu com a filha.

Cena 2 – Morro do Cachorro Abandonado – Dia
GUILHERME – Meu amor, to providenciando tudo pra nosso casamento!
ANA – Que casamento?
GUILHERME – O nosso, meu amor!
ANA – Guilherme, para com isso! Chega!
GUILHERME – Cala a boca!
Guilherme dá um tapa em Ana.
GUILHERME – Desculpa meu amor, eu não queria...
Ana começa a chorar.
GUILHERME – Ana, me perdoa! Eu não quis te bater!
ANA – (chorando) Me solta, Guilherme! Por favor! Por todo que nós já vivemos juntos!
GUILHERME – E vamos viver ainda, meu amor! Já to pensando na nossa viagem de lua-de-mel!
ANA – (gritando) Não vai ter casamento! Não vai ter lua-de-mel! Me tira daqui!
No momento, o telefone de Guilherme toca.
GUILHERME – Alô!
Ana aproveita pra tentar pedir socorro.
ANA – (gritando) SOCORRO!!!
GUILHERME – O quê? (para Ana) Cala a boca!
TONHÂO – (off) Guilherme, tá me ouvindo? Vem pro hospital agora!
GUILHERME – No hospital pra quê?
ANA – (gritando) SOCORRO! Eu to presa aqui!
GUILHERME – Pera aí!
Guilherme deixa o telefone ao lado e fala com Ana.
GUILHERME – Quieta, Ana! Eu não to conseguindo ouvir nada! Não adianta pedir socorro que é meu pai e ele sabe muito bem que você tá aqui, lembra? Hahaha
Ana se cala, triste. Guilherme pega o fone novamente.
GUILHERME – Fala agora, pai!
TONHÃO – (desesperado, em off) Vem logo pro hospital! A sua mãe tá internada!
GUILHERME – Minha mãe? O que aconteceu?
TONHÃO – (off) Corre!
Guilherme larga o telefone, não dá expliicações pra Ana e sai correndo.
ANA – Eu preciso aproveitar e conseguir fugir daqui.
Ana começa a gritar por socorro.

Cena 3 – Casa de Edvaldo – Dia
Fábio pega o celular e liga pra Luiza, que logo atende.
FÀBIO – Alô! Luiza?
LUIZA – Meu amor! Que saudade!
FÀBIO – Onde você tá? Me fala!
LUIZA – Calma! Calma! Primeiro você vai me prometer que vamos ficar juntos.
FÀBIO – Como é?
LUIZA – Já falei que é isso ou a família desmorona de vez e nem o Marcelo você vê mais.
Fábio engole a seco e decide fazer o jogo de Luiza.
FÁBIO – Prometo, Luiza! Vamos ser uma família linda!
LUIZA – Que ótimo! Mas, pera aí? E se isso for uma armação?
FÀBIO – Que armação? Claro que não. Eu to falando sério!
LUIZA – Olha lá, hein! Eu vou te passar o endereço de onde eu to. Qualquer sinal da polícia, o pior vai acontecer!
FÀBIO – Que pior?
LUIZA – Sabe o seu filhinho Marcelo? Pois é. Nunca mais vai ver mesmo! Hahaha
FÀBIO – Luiza, ele é seu filho também! Você não teria coragem de fazer nada!
LUIZA – Eu quero você, meu amor. Nada disso vai acontecer se você vier pra cá sozinho e ficar comigo pra sempre!
FÀBIO – Me passa o endereço.
Fábio anota.

Cena 4 – Hospital – Sala de Espera – Dia
TONHÃO – E então, doutor? Fala! A Catarina tá bem?
ARTHUR – O estado dela é grave. Ela entrou em estado de coma.
Guilherme chega correndo, trazendo Tonelada.
TONHÂO – O que esse aí tá fazendo aqui?
TONELADA – Calma, Tonhão! Eu vim em paz!
GUILHERME – Parem! Como é que tá minha mãe? Doutor, me fala!
ARTHUR – Eu tava agora mesmo explicando que o estado dela é grave e ela entrou em coma.
TONELADA – Meu Deus! Catarina!
GUILHERME – Como assim em coma, doutor? O que aconteceu com ela?
ARTHUR – Ela chegou aqui, trazida por esse senhor, pois havia se acidentado, batendo muito forte a cabeça.
TONELADA – Tonhão, desgraçado! O que você fez com ela??
TONHÂO – Nada! Já disse que foi um acidente!
TONELADA – Conta outra! Fala, desgraçado!
ARTHUR – Acalmem-se por favor! Isso aqui é um hospital!
GUILHERME – Doutor, a minha mãe vai ficar bem?
ARTHUR – Vamos ter que aguardar.
TONELADA – Quanto tempo?
ARTHUR – Não sei. Horas, dias, meses, anos talvez...
Tonelada se senta no sofá e começa a chorar.
ARTHUR – Bem, vamos fazer todo o possível. Agora, com licença.
GUILHERME – Pai, agora o senhor vai me contar tudo que aconteceu!

Cena 5 – Jornal Bertollo – Recepção – Dia
Franchesco chega no jornal, não vê ninguém.
FRANCHESCO – Como é bom estar de volta! Ué? Cadê o pessoal? O que aconteceu por aqui?
Edgar vem vindo com uns papéis na mão.
EDGAR – Boa tarde! Posso ajudar o senhor?
FRANCHESCO – Quem é você?
EDGAR – Edgar. Eu trabalho aqui e o senhor, o que deseja?
FRANCHESCO – Eu sou o dono. Franchesco Bertollo.
Edgar se assusta com a presença do dono no local.
EDGAR – O senhor tá vivo?

Cena 6 – Casa da família Bertollo – Dia
DORIVAL – Mãe, eu to preocupado.
MARIANA – Com a Ana, filho? Não se preocupa. Ela tá bem. Deve tá namorando com o Fábio.
DORIVAL – Não, mãe. Com o Marcelo. Ele saiu mais cedo da escola e não falei mais com ele.
MARIANA – Eu vou ligar pra casa dele, pra ver o que aconteceu. Também achei estranha essa história.
No momento, o telefone toca. Mariana atende.
MARIANA – Alô. Seu Edvaldo! Estavamos agora mesmo dizendo ao Dorival que iria ligar pra aí. … O quê??? Não pode ser!
Mariana deixa cair o telefone e fica paralisada.
EDVALDO – (off) Alô! Alô! Dona Mariana? A senhora tá aí? Alô!
DORIVAL – Mãe! O que aconteceu? Mãe! Mãe!
Dorival decide pegar o telefone.
DORIVAL – Alô, seu Edvaldo?
EDVALDO – (off) Dorival, o que houve com sua mãe?
DORIVAL – Eu é que pergunto, seu Edvaldo. O que houve? Ela ficou paralisada aqui.
EDVALDO – (off) Eu to indo pra aí! Me espera!


Cena 7 – Morro do Cachorro Abandonado – Dia
ANA – SOCORRO! ALGUÈM ME TIRA DAQUI!
No momento, um homem ia passando, ouve os gritos e quebra a porta.
HOMEM – Meu Deus! Moça! O que houve?
Ele corre, desamarra ela.
ANA – Muito obrigada, moço! Eu nem sei como agradecer! Muito obrigada mesmo!
HOMEM – O que a moça tava fazendo aí? Quem fez isso?
ANA – Desculpa, mas não tenho muito tempo. Preciso sair daqui o quanto antes.
Ana sai correndo da casa onde ficou presa.

Cena 8 – Cativeiro – Dia
MARCELO – Mãe, onde é que nós estamos? Cadê o pai?
LUIZA – Calma, filho! Seu pai tá vindo.
MARCELO – Ele tá demorando, mãe. O que vamos fazer aqui?
LUIZA – Espera seu pai chegar.
Minutos depois, ouve-se um barulho. Batidas na porta. Luiza vai abrir.
LUIZA – Fábio! Meu amor! Que bom que veio!
MARCELO – Pai!
Fábio vai correndo até Marcelo e o abraça.
FÀBIO – Marcelo, meu filho!
Congela em Fábio emocionado.


FIM DE CAPÌTULO.
Compartilhar:
← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário