Continuação imediata do
capítulo anterior.
Cena 1 – Casa de
Edvaldo – Dia
LUIZA – Isso! E você
só vai ver ele de novo se ficar comigo! Vamos ser uma família
feliz!
Fábio desliga o telefone
assustado.
EDVALDO – O que ela
queria?
FÀBIO – Ela sequestrou
o Marcelo! E agora? A Ana e o Marcelo sequestrados!
EDVALDO – O quê??? Não
acredito que a Luiza tenha feito isso! Que desgraçada!
FÀBIO – E agora, pai?
EDVALDO – Liga pra ela!
Tenta descobrir onde ela tá! E não seja burro! Faz o jogo dela! É
a única maneira!
FÁBIO – Tá bom, pai.
EDVALDO – Enquanto
isso, eu vou ligar pra dona Mariana! Tá na hora de ela saber o que
aconteceu com a filha.
Cena 2 – Morro do
Cachorro Abandonado – Dia
GUILHERME – Meu amor,
to providenciando tudo pra nosso casamento!
ANA – Que casamento?
GUILHERME – O nosso,
meu amor!
ANA – Guilherme, para
com isso! Chega!
GUILHERME – Cala a
boca!
Guilherme dá um tapa em
Ana.
GUILHERME – Desculpa
meu amor, eu não queria...
Ana começa a chorar.
GUILHERME – Ana, me
perdoa! Eu não quis te bater!
ANA – (chorando) Me
solta, Guilherme! Por favor! Por todo que nós já vivemos juntos!
GUILHERME – E vamos
viver ainda, meu amor! Já to pensando na nossa viagem de lua-de-mel!
ANA – (gritando) Não
vai ter casamento! Não vai ter lua-de-mel! Me tira daqui!
No momento, o telefone de
Guilherme toca.
GUILHERME – Alô!
Ana aproveita pra tentar
pedir socorro.
ANA – (gritando)
SOCORRO!!!
GUILHERME – O quê?
(para Ana) Cala a boca!
TONHÂO – (off)
Guilherme, tá me ouvindo? Vem pro hospital agora!
GUILHERME – No hospital
pra quê?
ANA – (gritando)
SOCORRO! Eu to presa aqui!
GUILHERME – Pera aí!
Guilherme deixa o
telefone ao lado e fala com Ana.
GUILHERME – Quieta,
Ana! Eu não to conseguindo ouvir nada! Não adianta pedir socorro
que é meu pai e ele sabe muito bem que você tá aqui, lembra?
Hahaha
Ana se cala, triste.
Guilherme pega o fone novamente.
GUILHERME – Fala agora,
pai!
TONHÃO – (desesperado,
em off) Vem logo pro hospital! A sua mãe tá internada!
GUILHERME – Minha mãe?
O que aconteceu?
TONHÃO – (off) Corre!
Guilherme larga o
telefone, não dá expliicações pra Ana e sai correndo.
ANA – Eu preciso
aproveitar e conseguir fugir daqui.
Ana começa a gritar por
socorro.
Cena 3 – Casa de
Edvaldo – Dia
Fábio pega o celular e
liga pra Luiza, que logo atende.
FÀBIO – Alô! Luiza?
LUIZA – Meu amor! Que
saudade!
FÀBIO – Onde você tá?
Me fala!
LUIZA – Calma! Calma!
Primeiro você vai me prometer que vamos ficar juntos.
FÀBIO – Como é?
LUIZA – Já falei que é
isso ou a família desmorona de vez e nem o Marcelo você vê mais.
Fábio engole a seco e
decide fazer o jogo de Luiza.
FÁBIO – Prometo,
Luiza! Vamos ser uma família linda!
LUIZA – Que ótimo!
Mas, pera aí? E se isso for uma armação?
FÀBIO – Que armação?
Claro que não. Eu to falando sério!
LUIZA – Olha lá, hein!
Eu vou te passar o endereço de onde eu to. Qualquer sinal da
polícia, o pior vai acontecer!
FÀBIO – Que pior?
LUIZA – Sabe o seu
filhinho Marcelo? Pois é. Nunca mais vai ver mesmo! Hahaha
FÀBIO – Luiza, ele é
seu filho também! Você não teria coragem de fazer nada!
LUIZA – Eu quero você,
meu amor. Nada disso vai acontecer se você vier pra cá sozinho e
ficar comigo pra sempre!
FÀBIO – Me passa o
endereço.
Fábio anota.
Cena 4 – Hospital –
Sala de Espera – Dia
TONHÃO – E então,
doutor? Fala! A Catarina tá bem?
ARTHUR – O estado dela
é grave. Ela entrou em estado de coma.
Guilherme chega correndo,
trazendo Tonelada.
TONHÂO – O que esse aí
tá fazendo aqui?
TONELADA – Calma,
Tonhão! Eu vim em paz!
GUILHERME – Parem! Como
é que tá minha mãe? Doutor, me fala!
ARTHUR – Eu tava agora
mesmo explicando que o estado dela é grave e ela entrou em coma.
TONELADA – Meu Deus!
Catarina!
GUILHERME – Como assim em coma, doutor? O que aconteceu com ela?
GUILHERME – Como assim em coma, doutor? O que aconteceu com ela?
ARTHUR – Ela chegou
aqui, trazida por esse senhor, pois havia se acidentado, batendo
muito forte a cabeça.
TONELADA – Tonhão,
desgraçado! O que você fez com ela??
TONHÂO – Nada! Já
disse que foi um acidente!
TONELADA – Conta outra!
Fala, desgraçado!
ARTHUR – Acalmem-se por
favor! Isso aqui é um hospital!
GUILHERME – Doutor, a
minha mãe vai ficar bem?
ARTHUR – Vamos ter que
aguardar.
TONELADA – Quanto
tempo?
ARTHUR – Não sei.
Horas, dias, meses, anos talvez...
Tonelada se senta no sofá
e começa a chorar.
ARTHUR – Bem, vamos
fazer todo o possível. Agora, com licença.
GUILHERME – Pai, agora
o senhor vai me contar tudo que aconteceu!
Cena 5 – Jornal
Bertollo – Recepção – Dia
Franchesco chega no
jornal, não vê ninguém.
FRANCHESCO – Como é
bom estar de volta! Ué? Cadê o pessoal? O que aconteceu por aqui?
Edgar vem vindo com uns
papéis na mão.
EDGAR – Boa tarde!
Posso ajudar o senhor?
FRANCHESCO – Quem é
você?
EDGAR – Edgar. Eu
trabalho aqui e o senhor, o que deseja?
FRANCHESCO – Eu sou o
dono. Franchesco Bertollo.
Edgar se assusta com a
presença do dono no local.
EDGAR – O senhor tá
vivo?
Cena 6 – Casa da
família Bertollo – Dia
DORIVAL – Mãe, eu to
preocupado.
MARIANA – Com a Ana,
filho? Não se preocupa. Ela tá bem. Deve tá namorando com o Fábio.
DORIVAL – Não, mãe.
Com o Marcelo. Ele saiu mais cedo da escola e não falei mais com
ele.
MARIANA – Eu vou ligar
pra casa dele, pra ver o que aconteceu. Também achei estranha essa
história.
No momento, o telefone
toca. Mariana atende.
MARIANA – Alô. Seu
Edvaldo! Estavamos agora mesmo dizendo ao Dorival que iria ligar pra
aí. … O quê??? Não pode ser!
Mariana deixa cair o
telefone e fica paralisada.
EDVALDO – (off) Alô!
Alô! Dona Mariana? A senhora tá aí? Alô!
DORIVAL – Mãe! O que
aconteceu? Mãe! Mãe!
Dorival decide pegar o
telefone.
DORIVAL – Alô, seu
Edvaldo?
EDVALDO – (off)
Dorival, o que houve com sua mãe?
DORIVAL – Eu é que
pergunto, seu Edvaldo. O que houve? Ela ficou paralisada aqui.
EDVALDO – (off) Eu to
indo pra aí! Me espera!
Cena 7 – Morro do
Cachorro Abandonado – Dia
ANA – SOCORRO! ALGUÈM
ME TIRA DAQUI!
No momento, um homem ia
passando, ouve os gritos e quebra a porta.
HOMEM – Meu Deus! Moça!
O que houve?
Ele corre, desamarra ela.
ANA – Muito obrigada,
moço! Eu nem sei como agradecer! Muito obrigada mesmo!
HOMEM – O que a moça
tava fazendo aí? Quem fez isso?
ANA – Desculpa, mas não
tenho muito tempo. Preciso sair daqui o quanto antes.
Ana sai correndo da casa
onde ficou presa.
Cena 8 – Cativeiro –
Dia
MARCELO – Mãe, onde é
que nós estamos? Cadê o pai?
LUIZA – Calma, filho!
Seu pai tá vindo.
MARCELO – Ele tá
demorando, mãe. O que vamos fazer aqui?
LUIZA – Espera seu pai
chegar.
Minutos depois, ouve-se
um barulho. Batidas na porta. Luiza vai abrir.
LUIZA – Fábio! Meu
amor! Que bom que veio!
MARCELO – Pai!
MARCELO – Pai!
Fábio vai correndo até
Marcelo e o abraça.
FÀBIO – Marcelo, meu
filho!
Congela em Fábio
emocionado.
FIM DE CAPÌTULO.
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