Continuação imediata do
capítulo anterior.
Cena 1 – Cativeiro –
Dia
LUIZA – Eu sempre te
amei, Fábio! Não vou deixar nosso amor acabar!
FÁBIO – Luiza, vamos
conversar, larga isso!
Luiza coloca a faca no
próprio pescoço.
LUIZA – Do que me
adianta viver? Acabou! Adeus, mundo!
FÁBIO – (gritando)
Luiza! Para com isso! Eu te amo!
Luiza paralisa diante do
que ouve.
LUIZA – Como?
FÀBIO – Isso mesmo,
Luiza, eu te amo! Não faz nada! Vamos viver juntos!
Marcelo não entende nada
e fica só observando, com medo.
LUIZA – Fábio, quanto
tempo eu esperei pra ouvir você dizer isso de novo.
FÀBIO – Só agora que
eu vi você prestes a cometer uma loucura que eu percebi, que não
podia viver sem você.
Luiza enche os olhos de
lágrimas com a declaração.
FÀBIO – Me beija,
Luiza!
Luiza desestabiliza e
deixa Fábio se aproximar. Ele chega próximo a ela, que fecha os
olhos, feliz. Ela pega suavemente na sua mão, retira a faca e se
afasta.
FÀBIO – Você não
aprende mesmo, né? Haha
LUIZA – Fábio! O que
aconteceu?
FÀBIO – Aconteceu que
é muito fácil te enganar! Nunca mais me procura e quanto a ver
nosso filho, procure a justiça e vá atrás dos seus direitos!
LUIZA – Fábio, não!
Eu te amo!
FÀBIO – Cala a boca,
Luiza! Você é louca! Vem, Marcelo, vamos embora daqui!
Fábio auxilia Marcelo,
sempre com a faca apontada pra Luiza para impedir que ela faça algo.
Em minutos, eles deixam a casa que serviu como cativeiro e deixam
Luiza lá sozinha, chorando.
Cena
2 – Hospital – Sala de Espera – Dia
Guilherme
fez o teste sanguíneo e saiu, deixando Tonhão e Tonelada aguardando
por notícias. Cada um sentou em uma ponta, longe um outro e mal se
olham.
TONHÂO
– Se a Catarina não tivesse me traido, nada disso teria
acontecido.
TONELADA
– Se a Catarina não tivesse se casado tão mal, nada disso teria
acontecido.
TONHÃO
– O que ela viu nesse gordo?
TONELADA
– O que ela viu nesse velho?
Eles
ficam jogando indiretas um ao outro até que o doutor Arthur vem com
novidades.
TONELADA
– E então, doutor, já tem o resultado?
ARTHUR
– Sim.
TONHÃO
– Fala logo, doutor! Qual vai doar o sangue pra salvar a Catarina?
ARTHUR
– Infelizmente, nenhum dos 3 foi compatível. Lamento muito, mas
vamos ter que encontrar outra pessoa que tenha o sangue específico.
TONELADA
– Não acredito!
Cena
3 – Casa da Família Bertollo – Dia
DORIVAL
– Ana, você tem que descansar!
MARIANA
– É, minha filha, seu irmão tá certo.
EDVALDO
– Eu também acho.
ANA
– Tá decidido. Amanhã mesmo eu recomeço a trabalhar! Gente, eu
to bem. Foi só o susto!
MARIANA
– Filha, pode ser perigoso!
DORIVAL
– Eu nunca gostei desse Guilherme. Melhor cuidar com ele.
EDVALDO
– Não conheço o rapaz, mas por tudo que já soube, melhor cuidar
mesmo, Ana.
ANA
– Gente, eu vou voltar a trabalhar! Se eu for depender das
loucuras do Guilherme, não faço mais nada da minha vida!
Cena
4 – Casa da Família Chateaubriand – Dia
Vanessa
e Miguel tomando um suco e conversando.
VANESSA
– Miguel, eu queria poder fazer mais pra ajudar a dona Mariana.
MIGUEL
– Você já ajuda bastante.
VANESSA
– Eu sei! Mas, queria poder fazer mais do que já faço.
MIGUEL
– Mais do que isso, só se você tomar o lugar do marido dela e ser
o homem da casa! Haha
VANESSA
– Seu bobo! Haha
MIGUEL
– Te amo!
VANESSA
– Quê?
MIGUEL
– Te amo! Tá surda é? Haha
VANESSA
– Não, eu só queria que você repetisse. É tão bom ouvir isso!
Eles
se beijam. O tempo passa até que a porta abre e eles são
surpreendidos pela chegada de Edgar, trazendo Franchesco.
VANESSA
– Senhor Franchesco???
FRANCHESCO
– Vanessa?
VANESSA
– O senhor tá vivo???
EDGAR
– Me fiz a mesma pergunta! Haha Parece que sim.
MIGUEL
– Então, o senhor é o seu Franchesco, do jornal.
EDGAR
– Mano, eu trouxe ele pra cá pra prepararmos a volta dele pra
família. Não seria bom ele chegar direto, né? Imagina o choque da
família.
MIGUEL
– Fez certo, Edgar. Vem seu Franchesco, vamos ajudar o senhor.
EDGAR
– Vanessa, por favor, não conta nada ainda, ok?
VANESSA
– Claro, não se preocupem. Quem diria! Que surpresa boa ver o
senhor vivo!
Cena
5 – Morro do Cachorro Abandonado – Dia
Guilherme
chegando ao cativeiro de Ana.
GUILHERME
– Ana, meu amor! Desculpa a demora! Tive uns problemas e...
Guilherme
percebe que Ana fugiu.
GUILHERME
– Desgraçada!!!! Você me paga, Ana!
Cena
6 – Paisagens da Cidade – Dia
Cenas
da Cidade ao som de Raul Seixas – Tente Outra Vez
LETREIRO:
Uma semana depois...
Cena
7 – Hospital – Farmácia – Dia
Ana
trabalhando. O doutor Arthur vem até a farmácia.
ARTHUR
– Ana? Que bom vê-la aqui novamente!
ANA
– Doutor Arthur! Eu é que fico feliz de estar aqui novamente.
ARTHUR
– Ana, preciso de uma ajuda sua.
ANA
– Diga, doutor Arthur! Algum remédio daqui?
ARTHUR
– Não, não. Você lembra de uma senhora que sempre vinha aqui
pedir remédios que eu receitava?
ANA
– Lembro, a dona Catarina! Faz tempo que não a vejo.
ARTHUR
– Ela tá internada aqui. Sofreu um grave acidente.
ANA
– Meu Deus! E como ela tá?
ARTHUR
– Mal, Ana. Lamento, informar, mas não sei se ela sobreviverá. A
quantidade de remédios que ela ingeriu durante a vida fez com que o
organismo dela não reaja mais a qualquer medicamento.
ANA
– È, eu sempre achei que era demais. Fico triste em saber da
situação dela. Se eu puder ajudar...
ARTHUR
– E pode, Ana! Ela tá precisando de um sangue específico. Poderia
me informar o seu?
ANA
– Bem, eu não lembro...
ARTHUR
– Tudo bem. Poderia vir comigo pra fazer uns testes? A própria
família não foi compatível e como você a conhecia bem...
ANA
– Claro. Se meu sangue for compativel com o dela, terei o maior
prazer em doar!
Cena
8 – Casa da Família Chateaubriand – Dia
EDGAR
– Tem certeza que o senhor tá pronto?
FRANCHESCO
– Prontíssimo! Preciso tirar o Guilherme de lá e retomar meu
lugar.
EDGAR
– Se o senhor tá dizendo... Então vamos!
Eles
saem em direção ao jornal Bertollo.
Cena
9 – Jornal Bertollo – Dia
GUILHERME
– Droga! Droga!
LUIZA
– Eu é que deveria reclamar! Fiz tudo direitinho e perdi o Fábio.
GUILHERME
– Você é uma anta! Duvido que tenha feito tudo certo!
LUIZA
– Eu anta? E você? Cadê a sua Ana? Tá com ela? Hahaha
GUILHERME
– Não gostei da piada! Ei, vamos nos unir agora e resolvermos essa
história de uma vez por todas?
LUIZA
– É... interessante! Cada um por si, fracassamos, mas se nos
unirmos em um caso só...
GUILHERME
– Hahahaha E dessa vez, tudo vai dar certo!
Nesse
instante, Edgar e Franchesco chegam e ficam ouvindo a conversa
escondidos.
GUILHERME
– Nem que seja preciso matar... assim como fiz com o velho
Franchesco!
LUIZA
– Você é louco, mas eu to amando isso!
GUILHERME
– E se a Ana não ficar comigo, não vai ficar com mais ninguém!
Vai virar churrasquinho, fazer companhia pro papaizinho dela lá no
inferno! Que idiota! Foi tão fácil acabar com aquele velho! Foi só
tirar uma boa parte da gasolina daquele aviãozinho dele e pronto!
Hahaha
Franchesco
aparece.
FRANCHESCO
– Uma pena que não conseguiu acabar com o velho idiota, né
Guilherme?
GUILHERME
– Franchesco???
Congela
em Guilherme assustado.
FIM
DE CAPÌTULO.
0 comentários:
Postar um comentário