quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Superação - Capítulo 48


Continuação imediata do capítulo anterior.

Cena 1 – Cativeiro – Dia
LUIZA – Eu sempre te amei, Fábio! Não vou deixar nosso amor acabar!
FÁBIO – Luiza, vamos conversar, larga isso!
Luiza coloca a faca no próprio pescoço.
LUIZA – Do que me adianta viver? Acabou! Adeus, mundo!
FÁBIO – (gritando) Luiza! Para com isso! Eu te amo!
Luiza paralisa diante do que ouve.
LUIZA – Como?
FÀBIO – Isso mesmo, Luiza, eu te amo! Não faz nada! Vamos viver juntos!
Marcelo não entende nada e fica só observando, com medo.
LUIZA – Fábio, quanto tempo eu esperei pra ouvir você dizer isso de novo.
FÀBIO – Só agora que eu vi você prestes a cometer uma loucura que eu percebi, que não podia viver sem você.
Luiza enche os olhos de lágrimas com a declaração.
FÀBIO – Me beija, Luiza!
Luiza desestabiliza e deixa Fábio se aproximar. Ele chega próximo a ela, que fecha os olhos, feliz. Ela pega suavemente na sua mão, retira a faca e se afasta.
FÀBIO – Você não aprende mesmo, né? Haha
LUIZA – Fábio! O que aconteceu?
FÀBIO – Aconteceu que é muito fácil te enganar! Nunca mais me procura e quanto a ver nosso filho, procure a justiça e vá atrás dos seus direitos!
LUIZA – Fábio, não! Eu te amo!
FÀBIO – Cala a boca, Luiza! Você é louca! Vem, Marcelo, vamos embora daqui!
Fábio auxilia Marcelo, sempre com a faca apontada pra Luiza para impedir que ela faça algo. Em minutos, eles deixam a casa que serviu como cativeiro e deixam Luiza lá sozinha, chorando.

Cena 2 – Hospital – Sala de Espera – Dia
Guilherme fez o teste sanguíneo e saiu, deixando Tonhão e Tonelada aguardando por notícias. Cada um sentou em uma ponta, longe um outro e mal se olham.
TONHÂO – Se a Catarina não tivesse me traido, nada disso teria acontecido.
TONELADA – Se a Catarina não tivesse se casado tão mal, nada disso teria acontecido.
TONHÃO – O que ela viu nesse gordo?
TONELADA – O que ela viu nesse velho?
Eles ficam jogando indiretas um ao outro até que o doutor Arthur vem com novidades.
TONELADA – E então, doutor, já tem o resultado?
ARTHUR – Sim.
TONHÃO – Fala logo, doutor! Qual vai doar o sangue pra salvar a Catarina?
ARTHUR – Infelizmente, nenhum dos 3 foi compatível. Lamento muito, mas vamos ter que encontrar outra pessoa que tenha o sangue específico.
TONELADA – Não acredito!

Cena 3 – Casa da Família Bertollo – Dia
DORIVAL – Ana, você tem que descansar!
MARIANA – É, minha filha, seu irmão tá certo.
EDVALDO – Eu também acho.
ANA – Tá decidido. Amanhã mesmo eu recomeço a trabalhar! Gente, eu to bem. Foi só o susto!
MARIANA – Filha, pode ser perigoso!
DORIVAL – Eu nunca gostei desse Guilherme. Melhor cuidar com ele.
EDVALDO – Não conheço o rapaz, mas por tudo que já soube, melhor cuidar mesmo, Ana.
ANA – Gente, eu vou voltar a trabalhar! Se eu for depender das loucuras do Guilherme, não faço mais nada da minha vida!

Cena 4 – Casa da Família Chateaubriand – Dia
Vanessa e Miguel tomando um suco e conversando.
VANESSA – Miguel, eu queria poder fazer mais pra ajudar a dona Mariana.
MIGUEL – Você já ajuda bastante.
VANESSA – Eu sei! Mas, queria poder fazer mais do que já faço.
MIGUEL – Mais do que isso, só se você tomar o lugar do marido dela e ser o homem da casa! Haha
VANESSA – Seu bobo! Haha
MIGUEL – Te amo!
VANESSA – Quê?
MIGUEL – Te amo! Tá surda é? Haha
VANESSA – Não, eu só queria que você repetisse. É tão bom ouvir isso!
Eles se beijam. O tempo passa até que a porta abre e eles são surpreendidos pela chegada de Edgar, trazendo Franchesco.
VANESSA – Senhor Franchesco???
FRANCHESCO – Vanessa?
VANESSA – O senhor tá vivo???
EDGAR – Me fiz a mesma pergunta! Haha Parece que sim.
MIGUEL – Então, o senhor é o seu Franchesco, do jornal.
EDGAR – Mano, eu trouxe ele pra cá pra prepararmos a volta dele pra família. Não seria bom ele chegar direto, né? Imagina o choque da família.
MIGUEL – Fez certo, Edgar. Vem seu Franchesco, vamos ajudar o senhor.
EDGAR – Vanessa, por favor, não conta nada ainda, ok?
VANESSA – Claro, não se preocupem. Quem diria! Que surpresa boa ver o senhor vivo!

Cena 5 – Morro do Cachorro Abandonado – Dia
Guilherme chegando ao cativeiro de Ana.
GUILHERME – Ana, meu amor! Desculpa a demora! Tive uns problemas e...
Guilherme percebe que Ana fugiu.
GUILHERME – Desgraçada!!!! Você me paga, Ana!

Cena 6 – Paisagens da Cidade – Dia
Cenas da Cidade ao som de Raul Seixas – Tente Outra Vez

LETREIRO: Uma semana depois...

Cena 7 – Hospital – Farmácia – Dia
Ana trabalhando. O doutor Arthur vem até a farmácia.
ARTHUR – Ana? Que bom vê-la aqui novamente!
ANA – Doutor Arthur! Eu é que fico feliz de estar aqui novamente.
ARTHUR – Ana, preciso de uma ajuda sua.
ANA – Diga, doutor Arthur! Algum remédio daqui?
ARTHUR – Não, não. Você lembra de uma senhora que sempre vinha aqui pedir remédios que eu receitava?
ANA – Lembro, a dona Catarina! Faz tempo que não a vejo.
ARTHUR – Ela tá internada aqui. Sofreu um grave acidente.
ANA – Meu Deus! E como ela tá?
ARTHUR – Mal, Ana. Lamento, informar, mas não sei se ela sobreviverá. A quantidade de remédios que ela ingeriu durante a vida fez com que o organismo dela não reaja mais a qualquer medicamento.
ANA – È, eu sempre achei que era demais. Fico triste em saber da situação dela. Se eu puder ajudar...
ARTHUR – E pode, Ana! Ela tá precisando de um sangue específico. Poderia me informar o seu?
ANA – Bem, eu não lembro...
ARTHUR – Tudo bem. Poderia vir comigo pra fazer uns testes? A própria família não foi compatível e como você a conhecia bem...
ANA – Claro. Se meu sangue for compativel com o dela, terei o maior prazer em doar!

Cena 8 – Casa da Família Chateaubriand – Dia
EDGAR – Tem certeza que o senhor tá pronto?
FRANCHESCO – Prontíssimo! Preciso tirar o Guilherme de lá e retomar meu lugar.
EDGAR – Se o senhor tá dizendo... Então vamos!
Eles saem em direção ao jornal Bertollo.

Cena 9 – Jornal Bertollo – Dia
GUILHERME – Droga! Droga!
LUIZA – Eu é que deveria reclamar! Fiz tudo direitinho e perdi o Fábio.
GUILHERME – Você é uma anta! Duvido que tenha feito tudo certo!
LUIZA – Eu anta? E você? Cadê a sua Ana? Tá com ela? Hahaha
GUILHERME – Não gostei da piada! Ei, vamos nos unir agora e resolvermos essa história de uma vez por todas?
LUIZA – É... interessante! Cada um por si, fracassamos, mas se nos unirmos em um caso só...
GUILHERME – Hahahaha E dessa vez, tudo vai dar certo!
Nesse instante, Edgar e Franchesco chegam e ficam ouvindo a conversa escondidos.
GUILHERME – Nem que seja preciso matar... assim como fiz com o velho Franchesco!
LUIZA – Você é louco, mas eu to amando isso!
GUILHERME – E se a Ana não ficar comigo, não vai ficar com mais ninguém! Vai virar churrasquinho, fazer companhia pro papaizinho dela lá no inferno! Que idiota! Foi tão fácil acabar com aquele velho! Foi só tirar uma boa parte da gasolina daquele aviãozinho dele e pronto! Hahaha
Franchesco aparece.
FRANCHESCO – Uma pena que não conseguiu acabar com o velho idiota, né Guilherme?
GUILHERME – Franchesco???

Congela em Guilherme assustado.


FIM DE CAPÌTULO.
Compartilhar:
← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário