Cena 1/ Mansão Bertolin/ Sala de estar/ Interno/ Noite
LUANA: Foi a Luana, eu tenho certeza. Ela queria ver o Solano morto, pelo fato de ele ter me ajudado a desmascará-la.
ANDRADE: Se foi ela quem matou o Solano, eu irei descobrir.
LUANA: Não tem esse negócio de se, delegado Andrade. Eu tenho certeza que foi ela.
ANDRADE: Quando eu tiver informações, eu aviso.
(Andrade sai)
TIAGO: Acalme-se, meu amor.
(Tiago abraça Isadora, que apóia o rosto no ombro dele)
ISADORA: Esse cheiro... Por que sua roupa está cheirando a fumaça, Tiago? Você, por acaso, passou perto da casa da Raimunda?
TIAGO: Claro que não, meu amor.
ISADORA: E esse cheiro de fumaça? Tem explicação?
TIAGO: Alguém colocou fogo no lixo que estava depositado na caçamba que tem na frente da mansão. Meu carro estava estacionado perto da caçamba e o cheiro da fumaça deve ter impregnado na minha roupa. Foi só isso. Eu estou tão surpreso em relação à morte do Solano quanto você. Eu juro.
ISADORA: E eu acredito.
(O casal se beija)
Cena 2/ Pousada/ Quarto de Maura e Alexandre/ Interno/ Noite
MAURA: Vocês não se lembram da nossa juventude? De como éramos unidas? Será que é bom deixar aquela amizade só na lembrança? Eu sei que o tempo passou, que muita coisa mudou, que cada uma de nós teve que tocar a vida que construímos para frente, mas aquele vínculo que tínhamos no passado era algo para nunca ser destruído. Só saíamos para festas quando todas pudessem sair, só namorávamos quando todas pudessem namorar. A gente se amava, se adorava, se respeitava. Éramos o trio de Dourados. E agora? O que somos agora? Cadê aquela amizade?
VERA: Eu sempre quis resgatar aquela amizade. Quando eu me encontrava a Marta, eu costumava falar com ela, mas ela me respondia mal ou me ignorava. Eu sempre estive disposta a recuperar aquele apreço, aquele vínculo, mas parecia que a Marta não queria. Ficava difícil eu me aproximar. Marta, vamos fazer as pazes? Esquecer o que nos separou e voltar a ser amigas?
(Vera abre os braços, em posição de abraço)
MARTA: Vera...
(Marta se aproxima de Vera e a abraça)
MARTA: Perdão. Perdão por cada resposta, por cada rancor. Perdão, minha amiga.
VERA: Você não tem que pedir perdão por nada, Marta.
MAURA: Eu quero participar desse abraço também.
(Maura abraça as duas)
MAURA: O trio de Dourados voltou.
MARTA: Menos, Maura.
(As três, abraçadas, começam a rir)
Cena 3/ Mansão Bertolin/ Quarto de Celso/ Interno/ Noite
(Lara e Celso sentados na cama, lado a lado)
CELSO: Parece que o destino quer nos ver juntos.
LARA: É verdade. Essa coisa do teste de DNA ter sido falsificado foi uma baita surpresa.
CELSO: Você não está feliz pelo fato de não sermos mais irmãos?
LARA: Claro que estou, mas eu já estava acostumada com a idéia de ser filha do Caio, Celso. De repente, muda tudo. Como as coisas ficarão agora?
CELSO: Nós ficamos juntos. Agora que não somos mais irmãos, podemos namorar.
LARA: Antes de um namorado, eu queria um pai, Celso.
(Lara levanta-se e sai)
Cena 4/ Mansão Bertolin/ Sala de estar/ Interno/ Noite
(Francisca varrendo. Marta entra e vê a cena)
MARTA: Mas o que significa isso? O que você está fazendo aqui, traidora?
FRANCISCA: Dona Marta, eu posso...
MARTA: Fora daqui. Traidoras não entram na minha casa.
(Luiza desce a escada)
LUIZA: Mãe, calma.
MARTA: Calma? Você está defendendo a traidora, Luiza?
LUIZA: Mãe, a Francisca está arrependida. Ela vai depor a meu favor na sessão judicial.
MARTA: Como?
FRANCISCA: Eu vou contar para o juiz que o vídeo é uma armação, dona Marta. Que o Vitor divulgou a filmagem na internet e espalhou calúnias a respeito da dona Luiza e do seu Felipe pela cidade.
MARTA: Você confia nela, Luiza?
LUIZA: Claro que eu confio, mãe.
MARTA: Francisca, eu espero que isso não seja mais uma das suas armações, porque se for, essa é a última chance que você pisa na minha casa.
(Marta e Luiza sobem a escada)
Cena 5/ Paisagens de Dourados/ Dia
(Toca Falling Down – Oasis)
Cena 6/ Mansão Bertolin/ Quarto de Marta e Caio/ Interno/ Dia
(Caio acorda e vê Marta, elegante e em pé, ao lado dele)
CAIO: Já acordou?
MARTA: Há muito tempo. Inclusive, eu já fui a hospital marcar a data do exame de DNA.
CAIO: É uma pena esse último exame ter sido falsificado. Eu estava gostando tanto de ser pai da Lara.
MARTA: Eu sinto muito, meu amor.
CAIO: Sente nada. Confessa que você está feliz, Marta. Feliz por não ter que mais aturar uma bastarda na sua vida.
MARTA: Pense pelo lado positivo, Caio. Pelo menos, agora, a Lara poderá ser feliz ao lado do Celso. Nenhuma mulher gosta de saber que seu marido teve uma filha fora do casamento, mas eu imagino o seu sofrimento por conta dessa paternidade.
CAIO: Uma paternidade que nunca foi minha e que esse exame irá, em breve, comprovar.
Cena 7/ Pousada/ Quarto de Cíntia/ Interno/ Dia
(Cíntia e Luiza em pé, frente a frente)
CÍNTIA: Depor a seu favor?
LUIZA: Exatamente. Cíntia, se você disser para o juiz o quanto o Vitor era irresponsável naquela época em que eu descobri que estava grávida, o Marquinhos pode voltar para mim.
CÍNTIA: Eu não sei se eu quero me meter nessa história, Luiza. Eu já me separei do Vitor, não tenho mais nada com ele.
LUIZA: Você disse que faria tudo para distanciar o Marquinhos do Vitor.
CÍNTIA: Mas eu falei aquilo quando eu era ainda casada com o Vitor, tentando salvar o meu casamento com ele. Luiza, eu quero refazer minha vida longe do Vitor e de qualquer coisa que me faça lembrar ele.
LUIZA: Por favor, Cíntia, eu te imploro. Você sabe mais do que ninguém que o Vitor não é tão habituado a cuidar de um bebê e que ele não mudou nada desde a época do ensino médio.
CINTIA: Tudo bem, Luiza. Eu irei depor a seu favor, mas eu espero que essa seja a última vez que trocamos alguma idéia.
LUIZA: Como quiser. Obrigada.
Cena 8/ Cais/ Interno/ Dia
(Luana acorda e vê Alexandre ao seu lado)
ALEXANDRE: Hora de acordar.
LUANA: Você não dorme, Alexandre? (olha para o relógio): São sete da manhã.
ALEXANDRE: Sete da manhã é o horário em que gente decente acorda.
LUANA: E desde quando eu sou decente?
(Eles se encaram. Luana levanta-se e fica frente a frente com Alexandre)
LUANA: Espero que você tenha um motivo bastante convincente para me acordar nesse horário.
ALEXANDRE: Eu passei a madrugada inteira pensando em uma maneira de te ajudar a matar a Isadora.
LUANA: Sério? Quanta eficiência. E no que você pensou?
ALEXANDRE: Antes de te contar, eu preciso que você me garanta que vai limpar minha imagem perante a família Bertolin hoje.
LUANA: Eu dou a minha palavra, Alexandre. Hoje eu invado a mansão e limpo o seu filme. Mas agora me conte que plano é esse que você pensou para matar a Isadora.
ALEXANDRE: É o seguinte. Eu acho melhor seqüestrar a Isadora para depois matar.
LUANA: Seqüestrar? Não seria mais simples você trazer a Isadora até aqui e eu matá-la?
ALEXANDRE: Se você matar a Isadora aqui, trará muita visibilidade e as chances de você ser presa depois do crime serão enormes. Seqüestra a Isadora, leve-a para um lugar longe da cidade e mate-a.
LUANA: E você pelo menos pensou em como irei seqüestrá-la?
ALEXANDRE: Claro. O seqüestro acontecerá no mesmo dia da sessão judicial da Luiza...
(A conversa segue fora de áudio)
Cena 9/ Mansão Bertolin/ Sala de estar/ Interno/ Dia
(Santana, Luiza e Felipe em pé)
FELIPE: Que notícia veio nos trazer, doutor Santana?
SANTANA: A sessão judicial já foi marcada.
LUIZA: Ah é? E para quando?
Cena 10/ Mansão Amorim/ Sala de estar/ Interno/ Dia
(Vitor e Ferreira em pé, próximos à porta, que está aberta)
VITOR: Obrigado pela notícia, doutor Ferreira.
FERREIRA: Com licença.
(Ferreira sai e Vitor fecha a porta. Vera desce a escada)
VERA: Quem era?
VITOR: Meu advogado. Ele veio me avisar o dia da nova sessão judicial. A sessão que fará a guarda provisória que eu detenho sobre o meu filho se tornar definitiva.
VERA: Não cante vitória antes do tempo, filho.
VITOR: Não vá me dizer que está acordando agora, mãe.
VERA: Algum problema com pessoas que acordam tarde demais?
VITOR: Para onde a senhora foi ontem à noite, que foi obrigada a dormir tão tarde?
VERA: Fui visitar a Maura, uma amiga minha da juventude.
VITOR: Passou tanto tempo fora só para visitar uma amiga?
VERA: Também passei em um lugar antes de ir visitar essa minha amiga. Um lugar que não é da sua conta saber.
VITOR: A senhora soube que o Solano foi liberado da cadeia para responder o processo em liberdade?
VERA: Soube. Realmente, não há justiça nesse país.
VITOR: Ele foi assassinado ontem à noite. Parece que alguém resolveu fazer justiça com as próprias mãos.
VERA: Também acho.
(Vitor sobe a escada. Mirna entra)
MIRNA: Dona Vera, que suco a senhora prefere para acompanhar o almoço?
VERA: Acerola, por favor.
MIRNA: Sim senhora. Com...
VERA: Mirna, eu estou cada vez mais preocupada com o Vitor. Ele não tem estrutura para cuidar de um bebê.
MIRNA: E a senhora pretende fazer alguma coisa para mudar essa situação?
VERA: Eu irei depor a favor da Luiza nessa nova sessão judicial.
Cena 11/ Paisagens de Dourados/ Noite
(Toca Silhouttes – Avicii)
Cena 12/ Mansão Bertolin/ Fachada/ interno/ Noite
(Luana se posiciona na frente do muro da mansão. Ela pula o muro, entrando no jardim da casa)
Cena 13/ Pousada/ Quarto de Maura e Alexandre/ Interno/ Noite
ALEXANDRE: Viajar?
MAURA: Eu recebi outra ligação internacional da Alemanha, meu filho. Eu não tenho mais como adiar a viagem. Amanhã mesmo, eu estarei de partida.
ALEXANDRE: Sentirei tanta falta da senhora, mamãe.
MAURA: Eu também, meu filho.
(Alexandre e Maura se abraçam)
Cena 14/ Mansão Bertolin/ Cozinha/ Interno/ Noite
(Tiago entra e fica de frente a geladeira. Discretamente, Luana aparece atrás dele e lhe dá uma coronhada. Tiago dá um grito sonoro e cai no chão, ficando desacordado)
Cena 15/ Mansão Bertolin/ Quarto de Tiago/ Interno/ Noite
(Isadora acorda e percebe que está sozinha na cama)
ISADORA: Esse grito. Onde está o Tiago? Será que esse grito foi dele?
Cena 16/ Mansão Bertolin/ Sala de estar/ Interno/ Noite
(A família Bertolin começa a se concentrar na escada. Quando todos estão no local, eles se surpreendem com o que vê: Luana de costas com Tiago desacordado ao lado dela.)
ISADORA: Luana?
(Luana vira-se para eles)
LUANA (apontando um revólver para Tiago): Boa noite, família Bertolin.
(Congela em Luana. Toca Radioactive – Imagine Dragons)
(Lara e Celso sentados na cama, lado a lado)
CELSO: Parece que o destino quer nos ver juntos.
LARA: É verdade. Essa coisa do teste de DNA ter sido falsificado foi uma baita surpresa.
CELSO: Você não está feliz pelo fato de não sermos mais irmãos?
LARA: Claro que estou, mas eu já estava acostumada com a idéia de ser filha do Caio, Celso. De repente, muda tudo. Como as coisas ficarão agora?
CELSO: Nós ficamos juntos. Agora que não somos mais irmãos, podemos namorar.
LARA: Antes de um namorado, eu queria um pai, Celso.
(Lara levanta-se e sai)
Cena 4/ Mansão Bertolin/ Sala de estar/ Interno/ Noite
(Francisca varrendo. Marta entra e vê a cena)
MARTA: Mas o que significa isso? O que você está fazendo aqui, traidora?
FRANCISCA: Dona Marta, eu posso...
MARTA: Fora daqui. Traidoras não entram na minha casa.
(Luiza desce a escada)
LUIZA: Mãe, calma.
MARTA: Calma? Você está defendendo a traidora, Luiza?
LUIZA: Mãe, a Francisca está arrependida. Ela vai depor a meu favor na sessão judicial.
MARTA: Como?
FRANCISCA: Eu vou contar para o juiz que o vídeo é uma armação, dona Marta. Que o Vitor divulgou a filmagem na internet e espalhou calúnias a respeito da dona Luiza e do seu Felipe pela cidade.
MARTA: Você confia nela, Luiza?
LUIZA: Claro que eu confio, mãe.
MARTA: Francisca, eu espero que isso não seja mais uma das suas armações, porque se for, essa é a última chance que você pisa na minha casa.
(Marta e Luiza sobem a escada)
Cena 5/ Paisagens de Dourados/ Dia
(Toca Falling Down – Oasis)
Cena 6/ Mansão Bertolin/ Quarto de Marta e Caio/ Interno/ Dia
(Caio acorda e vê Marta, elegante e em pé, ao lado dele)
CAIO: Já acordou?
MARTA: Há muito tempo. Inclusive, eu já fui a hospital marcar a data do exame de DNA.
CAIO: É uma pena esse último exame ter sido falsificado. Eu estava gostando tanto de ser pai da Lara.
MARTA: Eu sinto muito, meu amor.
CAIO: Sente nada. Confessa que você está feliz, Marta. Feliz por não ter que mais aturar uma bastarda na sua vida.
MARTA: Pense pelo lado positivo, Caio. Pelo menos, agora, a Lara poderá ser feliz ao lado do Celso. Nenhuma mulher gosta de saber que seu marido teve uma filha fora do casamento, mas eu imagino o seu sofrimento por conta dessa paternidade.
CAIO: Uma paternidade que nunca foi minha e que esse exame irá, em breve, comprovar.
Cena 7/ Pousada/ Quarto de Cíntia/ Interno/ Dia
(Cíntia e Luiza em pé, frente a frente)
CÍNTIA: Depor a seu favor?
LUIZA: Exatamente. Cíntia, se você disser para o juiz o quanto o Vitor era irresponsável naquela época em que eu descobri que estava grávida, o Marquinhos pode voltar para mim.
CÍNTIA: Eu não sei se eu quero me meter nessa história, Luiza. Eu já me separei do Vitor, não tenho mais nada com ele.
LUIZA: Você disse que faria tudo para distanciar o Marquinhos do Vitor.
CÍNTIA: Mas eu falei aquilo quando eu era ainda casada com o Vitor, tentando salvar o meu casamento com ele. Luiza, eu quero refazer minha vida longe do Vitor e de qualquer coisa que me faça lembrar ele.
LUIZA: Por favor, Cíntia, eu te imploro. Você sabe mais do que ninguém que o Vitor não é tão habituado a cuidar de um bebê e que ele não mudou nada desde a época do ensino médio.
CINTIA: Tudo bem, Luiza. Eu irei depor a seu favor, mas eu espero que essa seja a última vez que trocamos alguma idéia.
LUIZA: Como quiser. Obrigada.
Cena 8/ Cais/ Interno/ Dia
(Luana acorda e vê Alexandre ao seu lado)
ALEXANDRE: Hora de acordar.
LUANA: Você não dorme, Alexandre? (olha para o relógio): São sete da manhã.
ALEXANDRE: Sete da manhã é o horário em que gente decente acorda.
LUANA: E desde quando eu sou decente?
(Eles se encaram. Luana levanta-se e fica frente a frente com Alexandre)
LUANA: Espero que você tenha um motivo bastante convincente para me acordar nesse horário.
ALEXANDRE: Eu passei a madrugada inteira pensando em uma maneira de te ajudar a matar a Isadora.
LUANA: Sério? Quanta eficiência. E no que você pensou?
ALEXANDRE: Antes de te contar, eu preciso que você me garanta que vai limpar minha imagem perante a família Bertolin hoje.
LUANA: Eu dou a minha palavra, Alexandre. Hoje eu invado a mansão e limpo o seu filme. Mas agora me conte que plano é esse que você pensou para matar a Isadora.
ALEXANDRE: É o seguinte. Eu acho melhor seqüestrar a Isadora para depois matar.
LUANA: Seqüestrar? Não seria mais simples você trazer a Isadora até aqui e eu matá-la?
ALEXANDRE: Se você matar a Isadora aqui, trará muita visibilidade e as chances de você ser presa depois do crime serão enormes. Seqüestra a Isadora, leve-a para um lugar longe da cidade e mate-a.
LUANA: E você pelo menos pensou em como irei seqüestrá-la?
ALEXANDRE: Claro. O seqüestro acontecerá no mesmo dia da sessão judicial da Luiza...
(A conversa segue fora de áudio)
Cena 9/ Mansão Bertolin/ Sala de estar/ Interno/ Dia
(Santana, Luiza e Felipe em pé)
FELIPE: Que notícia veio nos trazer, doutor Santana?
SANTANA: A sessão judicial já foi marcada.
LUIZA: Ah é? E para quando?
Cena 10/ Mansão Amorim/ Sala de estar/ Interno/ Dia
(Vitor e Ferreira em pé, próximos à porta, que está aberta)
VITOR: Obrigado pela notícia, doutor Ferreira.
FERREIRA: Com licença.
(Ferreira sai e Vitor fecha a porta. Vera desce a escada)
VERA: Quem era?
VITOR: Meu advogado. Ele veio me avisar o dia da nova sessão judicial. A sessão que fará a guarda provisória que eu detenho sobre o meu filho se tornar definitiva.
VERA: Não cante vitória antes do tempo, filho.
VITOR: Não vá me dizer que está acordando agora, mãe.
VERA: Algum problema com pessoas que acordam tarde demais?
VITOR: Para onde a senhora foi ontem à noite, que foi obrigada a dormir tão tarde?
VERA: Fui visitar a Maura, uma amiga minha da juventude.
VITOR: Passou tanto tempo fora só para visitar uma amiga?
VERA: Também passei em um lugar antes de ir visitar essa minha amiga. Um lugar que não é da sua conta saber.
VITOR: A senhora soube que o Solano foi liberado da cadeia para responder o processo em liberdade?
VERA: Soube. Realmente, não há justiça nesse país.
VITOR: Ele foi assassinado ontem à noite. Parece que alguém resolveu fazer justiça com as próprias mãos.
VERA: Também acho.
(Vitor sobe a escada. Mirna entra)
MIRNA: Dona Vera, que suco a senhora prefere para acompanhar o almoço?
VERA: Acerola, por favor.
MIRNA: Sim senhora. Com...
VERA: Mirna, eu estou cada vez mais preocupada com o Vitor. Ele não tem estrutura para cuidar de um bebê.
MIRNA: E a senhora pretende fazer alguma coisa para mudar essa situação?
VERA: Eu irei depor a favor da Luiza nessa nova sessão judicial.
Cena 11/ Paisagens de Dourados/ Noite
(Toca Silhouttes – Avicii)
Cena 12/ Mansão Bertolin/ Fachada/ interno/ Noite
(Luana se posiciona na frente do muro da mansão. Ela pula o muro, entrando no jardim da casa)
Cena 13/ Pousada/ Quarto de Maura e Alexandre/ Interno/ Noite
ALEXANDRE: Viajar?
MAURA: Eu recebi outra ligação internacional da Alemanha, meu filho. Eu não tenho mais como adiar a viagem. Amanhã mesmo, eu estarei de partida.
ALEXANDRE: Sentirei tanta falta da senhora, mamãe.
MAURA: Eu também, meu filho.
(Alexandre e Maura se abraçam)
Cena 14/ Mansão Bertolin/ Cozinha/ Interno/ Noite
(Tiago entra e fica de frente a geladeira. Discretamente, Luana aparece atrás dele e lhe dá uma coronhada. Tiago dá um grito sonoro e cai no chão, ficando desacordado)
Cena 15/ Mansão Bertolin/ Quarto de Tiago/ Interno/ Noite
(Isadora acorda e percebe que está sozinha na cama)
ISADORA: Esse grito. Onde está o Tiago? Será que esse grito foi dele?
Cena 16/ Mansão Bertolin/ Sala de estar/ Interno/ Noite
(A família Bertolin começa a se concentrar na escada. Quando todos estão no local, eles se surpreendem com o que vê: Luana de costas com Tiago desacordado ao lado dela.)
ISADORA: Luana?
(Luana vira-se para eles)
LUANA (apontando um revólver para Tiago): Boa noite, família Bertolin.
(Congela em Luana. Toca Radioactive – Imagine Dragons)
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