sexta-feira, 25 de julho de 2014

Classe Social - Quinto Capitulo


l1º Cena – Zona Sul – Edifício beira mar – Manhã

Nina: O amor, você conhece o amor? Ahhh, deixa eu adivinhar: Não, você não conhece o amor, pois nunca foi capaz de sentir isso.
Maitê: O que você quer dizer com isso?
Nina: Que você só casou com o papai por ambição ao dinheiro dele!
Maitê mete um tapa na cara de Nina
Fábio: Maitê!
Maitê e Nina se encaram
Maitê: NUNCA MAIS REPITA ISSO!  
Nina a encara com ódio.
Nina: Você me bateu!?
Maitê: E você merece muito mais 
Maitê vai pra cima de Nina, mas Fábio a segura.
Fábio: Maitê, chega!
Nina sai chorando para o quarto.
Maitê: Fábio, será que você não ver que a sua filha está possuída?
Fábio: Possuída aqui é você. Desde que aquele jovem rapaz disse ser da favela, que você vem nos agredido de forma preconceituosa.  Ele é o homem pelo qual nossa filha escolheu namorar, devemos conhecê-lo e não julga-lo.
Maitê: Eu vou resolver isso, agora.
Maitê pega uma bolsa e sai apressada.
Fábio: Aonde você vai, Maitê?
Ela sai sem olhar para trás. Fábio põe a mão na cabeça.

2º Cena – Zona Sul – Condomínio fechado – Casa de Pedro.

Pedro: [...] Então quer dizer que você vai me abandonar?
Roberto: Não, jamais, você é meu filho. Mas a partir de hoje, pra tudo que você quiser, terás que trabalhar.
Pedro o encara com raiva
Pedro: EU TENHO ODIO DE VOCÊ!
Flávia tenta se aproximar
Flávia: Meu filho...
Pedro: Não, me deixa aqui. Fica aí com o seu marido, eu vou embora.
Pedro caminha até a porta
Roberto: Eu já disse: se sair por essa porta, não precisa mais voltar.
Pedro encara o pai, cospe no chão e sai.
Flávia: Não, meu filho, não, voltaaaaaaa.
Roberto segura Flávia.
Roberto: Deixa ele.
Flávia começa a bater em Roberto.
Flávia: ELE É SEU FILHO, NÃO PODE DEIXAR ISSO ACONTECER.
Roberto: Ele vai voltar, não se preocupa.
Flávia chorando encara Roberto.
Flávia: Eu te odeio, Roberto, te odeio.
Ela sobe para o quarto em prantos.
Roberto: Onde foi que eu errei?
Vera chega pra trabalhar.
Vera: Bom dia, seu Roberto.
Roberto: Vera?!
Vera: Porque o espanto? Não me espera pra trabalhar?
Roberto: Vera, hoje o dia não começou bem nessa casa.
Vera: O que está acontecendo, seu Roberto?
Roberto: Nada. Faz assim: Tira o dia de folga, vai pra casa, vai descansar e amanhã você volta.
Vera: Mas...
Roberto: Faz isso, eu to mandando.
Vera fica sem entender.

3º Cena – Zona Sul – Edifício beira mar – Manhã

Nina chega na sala arrastando duas malas.
Nina: Tô indo, pai.
Fábio: Minha filha, tem certeza?
Nina: Tenho! A mamãe não vai ceder e eu não vou aguentar ouvir e ficar calada.
Fábio: Eu também acho melhor você passar uns dias fora, até a poeira abaixar.
Nina: Pai, obrigada viu?
Nina abraça o pai
Fábio: Filha, eu te amo e independente de qualquer coisa, eu sempre irei te apoiar.
Nina: Te amo, pai.
Fábio: Te amo, filha.

CORTA PARA:
4º Cena – Zona Sul – Edifício Mares – Apartamento de Roger – Manhã

Gustavo está na porta do Apartamento chamando Roger
Gustavo: Adianta, Roger, senão vamos chegar atrasados na faculdade.
Roger sai do banheiro correndo, pega a mochila no sofá e sai.
Roger: Tava fazendo xixi cara...
Gustavo: Lavou a mão?
Roger: Esqueci...
Gustavo: Credo!
Roger: Qual é? Tu nunca esqueceu não?
Gustavo: Deixa pra lá, adianta, vamos.
Gustavo aperta o botão do elevador.
Roger: Então, cara, tu vai dormir aqui em casa de novo, né?
Gustavo: Não posso.
Roger: Mas ainda não terminamos de fazer o trabalho.
Gustavo: Eu já dormir aqui ontem, não posso dormir de novo. Minha mãe fica sozinha.
Roger: Mas tem seu irmão, dã !
Gustavo: Mesmo assim.
Roger: Por mim, nós dois morávamos juntos.
Gustavo para e olha para Roger serio.
Gustavo: Tá de zoa né?
Roger fica sem graça e o elevador chega.
Roger: Bom... É... O elevador chegou, vamos?
Eles entram no elevador.

5º Cena – Quiosque na praia – Ipanema – Manhã

Beto está limpando as mesas do quiosque quando Maitê chega.
Maitê: Olá, garoto.
Beto a reconhece e ela retira os óculos escuros.
Beto: Você?
Maitê: Nós precisamos ter uma conversa.
Beto: Nós não temos nada para conversar.
Maitê: Eu vim aqui saber quanto você quer pra deixar minha Nina em paz.
Beto fica perplexo. Vera chega no quiosque, mas fica a observar a conversa.
Beto: Oi?
Maitê: Eu sei que você só está com minha filha de olho na nossa grana. Mas cedo ou mais tarde ela irá descobrir isso. Então me diz quanto você quer, e adianta logo o seu serviço.
Beto: A senhora só pode estar de brincadeira.
Maitê: Não, não estou.
Beto fica encarando Maitê.
Maitê: Ok, não vai responder, né? Te darei cem mil reais, é uma boa quantia. E garanto que um favelado como você teria que ralar muito para conseguir juntar essa grana.
Maitê assina um cheque e oferece a Beto.
Maitê: Toma, pega.
Beto pega o cheque.
Beto: Olha aqui o que eu faço com o seu cheque.
Beto rasga o cheque em quatro pedaços.
Maitê: Pelo visto, você realmente pretende levar o seu plano a serio. Olha aqui, garoto...
Vera se intromete
Vera: Olha aqui você, sua perua velha. Você acha mesmo que vai conseguir comprar o meu filho?
Beto: Mãe?!
Maitê: Então quer dizer que o golpe é em família?
Beto: Não tem golpe nenhum, eu amo a Nina!
Maitê: Você ama o dinheiro dela!
Vera mete a mão na cara de Maitê.
Maitê: Ai, sua louca!
Maitê revida o tapa
Maitê: Toma, sua favela de araque!
Vera se recupera e empurra Maitê sobre a mesa, ela cai. Beto segura Vera.
Beto: Calma, mãe.
Vera: Olha pra cá, presta bem atenção: Se você se meter a besta com o meu filho novamente, pode ter certeza que eu te quebro em quatro pedaços e te frito viva. Você entendeu?
Maitê levanta e pega sua bolsa.
Maitê: Isso não vai ficar assim, não vai. Vocês me pagam...
Maitê sai andando apressadamente.
Vera: Filho, desculpa, eu não aguentei ver ela te insultado.
Beto: Relaxa mãe, ela bem que mereceu.
Eles se olham e riem.

6º Cena – Praia de Ipanema – Manhã

Pedro e mais três amigos estão sentados e fumando na praia.
Pedro: Cara, to tremendo de ódio dos meus pais.
Vitória: Ih cara, sai dessa vibe que é mó complexa.
Miller: Já desencanei dessa faz mó tempão... Nem falo mais com meus pais. Eles me consideram a ovelha negra da família.
Sergio: Véi, cês são mó estressados. Relaxa na porra do cigarro aí e esquece essas paradas familiares.
Miller: Qual foi Serginho? A maconha desceu pro estomago foi?
Vitória: Ele acordou de TPM hoje.
Pedro: Véi, cês falam cada idiotice.
Pedro levanta.
Vitória: Qual é, Pedrão, vai pra onde?
Pedro: Tenho que arrumar lugar pra ficar, mina.
Miller: Fica tranquilo cara, cola com nós. A casa lá é pequena mas sempre cabe mais um.
Sergio: Na minha cama ele não dorme.
Miller: Quem vai dormir com você sou eu.
Sergio: Sai pra lá, mano.

CORTA PARA:
7º Cena – Zona Oeste – Casa de Vitória – Noite

Uma festa rola no local, o som está muito alto. Muita cerveja e muita droga espalhada pela casa, um ambiente extremamente sujo, eles dançam bêbados.
Vitória: Uhuuuuu! Tô muito doidona cara.
Miller encosta em Vitória dançando.
Miller: Ta gostosa também.
Vitória: Eu sou gostosa, meu bem.
Ela dá um beijão em Miller. Sergio chega por trás de Vitória e fica dançando ralando nela.
Sergio: Hoje eu to no perigo, gata.
Vitória se vira para Sergio.
Vitória: E eu estou pro sexo.
Ela agarra Sergio e beija a boca dele. Pedro fica observando, Miller se aproxima.
Miller: Vem se divertir cara.
Pedro: Não, obrigado.
Miller: Qual é cara, vai ficar nessa lombra?
Pedro: Relaxa véi, to bem.
Miller: Você que sabe...
Campainha toca.
Vitória: Que drogaaaa! Aposto que vieram tentar acabar com a nossa diversão.
Vitória vai abrir a porta e uma vizinha aparece.
Vitória: Fala logo, sua velha.
Vizinha: O barulho está incomodando o meu sono.
Vitória: Você tem problema de insônia e vem jogar a culpa na nossa festa? Vai te catar.
Vizinha: Já são uma hora da madrugada.
Vitória: E daí?
Vizinha: E daí que se vocês não pararem, eu chamo a policia.
Vitória bate a porta na cara da mulher.
Vitória: Velha chata. 

8º Cena – Zona Sul – Condomínio fechado – Casa de Pedro – Quarto – Noite

Roberto deita-se ao lado de Flávia, que está de olhos inchados de tanto chorar.
Flávia: Meu filho não voltou pra casa.
Roberto: Ele vai voltar...
Flávia: Culpa sua.
Roberto: Flávia, vamos dormir, por favor.
Flávia: Não irei dormir ao seu lado.
Flávia levanta e sai do quarto, Roberto põe a mão na cabeça.

9º Cena - Zona Oeste – Casa de Vitória – Noite

Festa continua rolando, Pedro fuma no canto.
Sergio: Caralho véi, a cerveja acabou, merdaaaaa!
Miller: Eu mandei tu comprar mais, seu lerdo.
Vitória: Calma meninos, a cerveja acabou, mas eu não.
Vitória morde os lábios e passa a mão sobre o corpo.
Sergio: Gostosaaa!
Miller: Deliciiia!
Campainha toca novamente.
Vitória: Droga, deve ser aquela velha chata de novo.
Pedro: Vou atender.
Pedro abre a porta e o Delegado Ferraço aparece.
Dlg. Ferraço: Acabou a palhaçada, rapaziada, tá todo mundo em cana!
Todos param e se olham

Congela no olhar raivoso de Pedro

(Gancho ao som de: Tudo Passa – NxZero e Tulio Deck)


Compartilhar:
← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial

4 comentários:

  1. hahaha gostei que os capítulos terminam com música que tem a ver com o tema da novela

    ResponderExcluir
  2. como eu faço pra escrever uma novela pra esse blog?

    ResponderExcluir
  3. mande a sinopse da novela para (malvadadas9@gmail.com). A equipe irá ler e se for aprovada, você será contratado (a).

    ResponderExcluir
  4. Já enviei tô esperando resposta

    ResponderExcluir