l1º Cena – Zona Sul – Edifício beira
mar – Manhã
Nina: O amor,
você conhece o amor? Ahhh, deixa eu adivinhar: Não, você não conhece o amor,
pois nunca foi capaz de sentir isso.
Maitê: O que
você quer dizer com isso?
Nina: Que
você só casou com o papai por ambição ao dinheiro dele!
Maitê mete
um tapa na cara de Nina
Fábio: Maitê!
Maitê e
Nina se encaram
Maitê: NUNCA
MAIS REPITA ISSO!
Nina a
encara com ódio.
Nina: Você me
bateu!?
Maitê: E
você merece muito mais
Maitê
vai pra cima de Nina, mas Fábio a segura.
Fábio: Maitê,
chega!
Nina sai
chorando para o quarto.
Maitê: Fábio,
será que você não ver que a sua filha está possuída?
Fábio:
Possuída aqui é você. Desde que aquele jovem rapaz disse ser da favela, que
você vem nos agredido de forma preconceituosa.
Ele é o homem pelo qual nossa filha escolheu namorar, devemos conhecê-lo
e não julga-lo.
Maitê: Eu vou
resolver isso, agora.
Maitê pega
uma bolsa e sai apressada.
Fábio: Aonde
você vai, Maitê?
Ela sai
sem olhar para trás. Fábio põe a mão na cabeça.
2º Cena – Zona Sul – Condomínio
fechado – Casa de Pedro.
Pedro: [...]
Então quer dizer que você vai me abandonar?
Roberto: Não,
jamais, você é meu filho. Mas a partir de hoje, pra tudo que você quiser, terás
que trabalhar.
Pedro o
encara com raiva
Pedro: EU
TENHO ODIO DE VOCÊ!
Flávia
tenta se aproximar
Flávia: Meu
filho...
Pedro: Não,
me deixa aqui. Fica aí com o seu marido, eu vou embora.
Pedro
caminha até a porta
Roberto: Eu
já disse: se sair por essa porta, não precisa mais voltar.
Pedro encara
o pai, cospe no chão e sai.
Flávia: Não,
meu filho, não, voltaaaaaaa.
Roberto
segura Flávia.
Roberto:
Deixa ele.
Flávia
começa a bater em Roberto.
Flávia: ELE É
SEU FILHO, NÃO PODE DEIXAR ISSO ACONTECER.
Roberto: Ele
vai voltar, não se preocupa.
Flávia
chorando encara Roberto.
Flávia: Eu te
odeio, Roberto, te odeio.
Ela sobe
para o quarto em prantos.
Roberto: Onde
foi que eu errei?
Vera chega
pra trabalhar.
Vera: Bom
dia, seu Roberto.
Roberto: Vera?!
Vera: Porque
o espanto? Não me espera pra trabalhar?
Roberto:
Vera, hoje o dia não começou bem nessa casa.
Vera: O que
está acontecendo, seu Roberto?
Roberto: Nada.
Faz assim: Tira o dia de folga, vai pra casa, vai descansar e amanhã você
volta.
Vera: Mas...
Roberto: Faz
isso, eu to mandando.
Vera fica
sem entender.
3º Cena – Zona Sul – Edifício beira
mar – Manhã
Nina chega
na sala arrastando duas malas.
Nina: Tô
indo, pai.
Fábio: Minha
filha, tem certeza?
Nina: Tenho!
A mamãe não vai ceder e eu não vou aguentar ouvir e ficar calada.
Fábio: Eu
também acho melhor você passar uns dias fora, até a poeira abaixar.
Nina: Pai,
obrigada viu?
Nina
abraça o pai
Fábio: Filha,
eu te amo e independente de qualquer coisa, eu sempre irei te apoiar.
Nina: Te amo,
pai.
Fábio: Te
amo, filha.
CORTA PARA:
4º Cena – Zona Sul – Edifício Mares –
Apartamento de Roger – Manhã
Gustavo
está na porta do Apartamento chamando Roger
Gustavo:
Adianta, Roger, senão vamos chegar atrasados na faculdade.
Roger sai
do banheiro correndo, pega a mochila no sofá e sai.
Roger: Tava
fazendo xixi cara...
Gustavo:
Lavou a mão?
Roger:
Esqueci...
Gustavo:
Credo!
Roger: Qual
é? Tu nunca esqueceu não?
Gustavo:
Deixa pra lá, adianta, vamos.
Gustavo
aperta o botão do elevador.
Roger: Então,
cara, tu vai dormir aqui em casa de novo, né?
Gustavo: Não
posso.
Roger: Mas
ainda não terminamos de fazer o trabalho.
Gustavo: Eu
já dormir aqui ontem, não posso dormir de novo. Minha mãe fica sozinha.
Roger: Mas
tem seu irmão, dã !
Gustavo:
Mesmo assim.
Roger: Por
mim, nós dois morávamos juntos.
Gustavo
para e olha para Roger serio.
Gustavo: Tá
de zoa né?
Roger fica
sem graça e o elevador chega.
Roger: Bom...
É... O elevador chegou, vamos?
Eles
entram no elevador.
5º Cena – Quiosque na praia – Ipanema
– Manhã
Beto está
limpando as mesas do quiosque quando Maitê chega.
Maitê: Olá,
garoto.
Beto a
reconhece e ela retira os óculos escuros.
Beto: Você?
Maitê: Nós
precisamos ter uma conversa.
Beto: Nós não
temos nada para conversar.
Maitê: Eu vim
aqui saber quanto você quer pra deixar minha Nina em paz.
Beto fica
perplexo. Vera chega no quiosque, mas fica a observar a conversa.
Beto: Oi?
Maitê: Eu sei
que você só está com minha filha de olho na nossa grana. Mas cedo ou mais tarde
ela irá descobrir isso. Então me diz quanto você quer, e adianta logo o seu
serviço.
Beto: A
senhora só pode estar de brincadeira.
Maitê: Não,
não estou.
Beto fica
encarando Maitê.
Maitê: Ok,
não vai responder, né? Te darei cem mil reais, é uma boa quantia. E garanto que
um favelado como você teria que ralar muito para conseguir juntar essa grana.
Maitê
assina um cheque e oferece a Beto.
Maitê: Toma,
pega.
Beto pega
o cheque.
Beto: Olha
aqui o que eu faço com o seu cheque.
Beto rasga
o cheque em quatro pedaços.
Maitê: Pelo
visto, você realmente pretende levar o seu plano a serio. Olha aqui, garoto...
Vera se
intromete
Vera: Olha
aqui você, sua perua velha. Você acha mesmo que vai conseguir comprar o meu
filho?
Beto: Mãe?!
Maitê: Então
quer dizer que o golpe é em família?
Beto: Não tem
golpe nenhum, eu amo a Nina!
Maitê: Você
ama o dinheiro dela!
Vera mete
a mão na cara de Maitê.
Maitê: Ai,
sua louca!
Maitê
revida o tapa
Maitê: Toma,
sua favela de araque!
Vera se
recupera e empurra Maitê sobre a mesa, ela cai. Beto segura Vera.
Beto: Calma,
mãe.
Vera: Olha
pra cá, presta bem atenção: Se você se meter a besta com o meu filho novamente,
pode ter certeza que eu te quebro em quatro pedaços e te frito viva. Você
entendeu?
Maitê
levanta e pega sua bolsa.
Maitê: Isso
não vai ficar assim, não vai. Vocês me pagam...
Maitê sai
andando apressadamente.
Vera: Filho,
desculpa, eu não aguentei ver ela te insultado.
Beto: Relaxa
mãe, ela bem que mereceu.
Eles se
olham e riem.
6º Cena – Praia de Ipanema – Manhã
Pedro e
mais três amigos estão sentados e fumando na praia.
Pedro: Cara,
to tremendo de ódio dos meus pais.
Vitória: Ih
cara, sai dessa vibe que é mó complexa.
Miller: Já
desencanei dessa faz mó tempão... Nem falo mais com meus pais. Eles me
consideram a ovelha negra da família.
Sergio: Véi,
cês são mó estressados. Relaxa na porra do cigarro aí e esquece essas paradas
familiares.
Miller: Qual
foi Serginho? A maconha desceu pro estomago foi?
Vitória: Ele
acordou de TPM hoje.
Pedro: Véi,
cês falam cada idiotice.
Pedro
levanta.
Vitória: Qual
é, Pedrão, vai pra onde?
Pedro: Tenho
que arrumar lugar pra ficar, mina.
Miller: Fica
tranquilo cara, cola com nós. A casa lá é pequena mas sempre cabe mais um.
Sergio: Na
minha cama ele não dorme.
Miller: Quem
vai dormir com você sou eu.
Sergio: Sai
pra lá, mano.
CORTA PARA:
7º Cena – Zona Oeste – Casa de Vitória
– Noite
Uma festa
rola no local, o som está muito alto. Muita cerveja e muita droga espalhada
pela casa, um ambiente extremamente sujo, eles dançam bêbados.
Vitória:
Uhuuuuu! Tô muito doidona cara.
Miller
encosta em Vitória dançando.
Miller: Ta
gostosa também.
Vitória: Eu
sou gostosa, meu bem.
Ela dá um
beijão em Miller. Sergio chega por trás de Vitória e fica dançando ralando
nela.
Sergio: Hoje
eu to no perigo, gata.
Vitória se
vira para Sergio.
Vitória: E eu
estou pro sexo.
Ela agarra
Sergio e beija a boca dele. Pedro fica observando, Miller se aproxima.
Miller: Vem
se divertir cara.
Pedro: Não,
obrigado.
Miller: Qual
é cara, vai ficar nessa lombra?
Pedro: Relaxa
véi, to bem.
Miller: Você
que sabe...
Campainha
toca.
Vitória: Que
drogaaaa! Aposto que vieram tentar acabar com a nossa diversão.
Vitória vai
abrir a porta e uma vizinha aparece.
Vitória: Fala
logo, sua velha.
Vizinha: O
barulho está incomodando o meu sono.
Vitória: Você
tem problema de insônia e vem jogar a culpa na nossa festa? Vai te catar.
Vizinha: Já
são uma hora da madrugada.
Vitória: E
daí?
Vizinha: E
daí que se vocês não pararem, eu chamo a policia.
Vitória
bate a porta na cara da mulher.
Vitória:
Velha chata.
8º Cena – Zona Sul – Condomínio
fechado – Casa de Pedro – Quarto – Noite
Roberto
deita-se ao lado de Flávia, que está de olhos inchados de tanto chorar.
Flávia: Meu
filho não voltou pra casa.
Roberto: Ele
vai voltar...
Flávia: Culpa
sua.
Roberto:
Flávia, vamos dormir, por favor.
Flávia: Não
irei dormir ao seu lado.
Flávia
levanta e sai do quarto, Roberto põe a mão na cabeça.
9º Cena - Zona Oeste – Casa de Vitória
– Noite
Festa
continua rolando, Pedro fuma no canto.
Sergio:
Caralho véi, a cerveja acabou, merdaaaaa!
Miller: Eu
mandei tu comprar mais, seu lerdo.
Vitória:
Calma meninos, a cerveja acabou, mas eu não.
Vitória
morde os lábios e passa a mão sobre o corpo.
Sergio:
Gostosaaa!
Miller:
Deliciiia!
Campainha
toca novamente.
Vitória:
Droga, deve ser aquela velha chata de novo.
Pedro: Vou
atender.
Pedro abre
a porta e o Delegado Ferraço aparece.
Dlg. Ferraço:
Acabou a palhaçada, rapaziada, tá todo mundo em cana!
Todos
param e se olham
Congela
no olhar raivoso de Pedro
(Gancho ao som de: Tudo Passa – NxZero
e Tulio Deck)
hahaha gostei que os capítulos terminam com música que tem a ver com o tema da novela
ResponderExcluircomo eu faço pra escrever uma novela pra esse blog?
ResponderExcluirmande a sinopse da novela para (malvadadas9@gmail.com). A equipe irá ler e se for aprovada, você será contratado (a).
ResponderExcluirJá enviei tô esperando resposta
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