1º Cena – Condomínio Fechado – Casa de
Pedro – Tarde
Lara: A gente
precisa ir para um hotel, pois aqui é o primeiro lugar que eles vão bater.
Flávia: NÃO!
Todos
param e olham pra Flávia
Flávia: Eu
não vou sair da minha casa pra ajudar pirralho nenhum, isso é mais uma armação
dessa vagabunda pra ferrar com a gente. Eu quero mais que o Kleber pegue ela e
ela morra!
Pedro: COMO É
QUE É?
Roberto:
Flávia, você não pode estar falando sério.
Flávia: SERÁ
POSSIVÉL QUE VOCÊ NÃO ESTÁ PERCEBENDO QUE ESSA GAROTA INFEITIÇOU O NOSSO
FILHO??
Pedro: Mãe,
não tem feitiço nenhum, o Kleber é uma pessoa mal, qualquer um em sã
consciência consegue perceber isso. A Lara quer impedir isso e eu estou
ajudando-a
Lara: Dona
Flávia, eu entendo que a senhora não gosta de mim, mas é a vida dessas crianças
que estão em jogo, por favor, ajuda a gente.
Flávia
olha pras crianças e reflete
Pedro: Mãe,
por favor.
Flávia: Ta,
eu vou fazer isso por você, só por você.
Pedro: Ok,
agora vamos fazer o seguinte: Vocês vão para um hotel, eu e a Lara levamos as
crianças para a casa de alguém que seja mais confiável.
Roberto: Tudo
bem filho.
Corta Para:
2º Cena - Condomínio Fechado – Área
Externa – Tarde
O carro de
Kleber estaciona na frente do condomínio.
Kleber: [...]
Tem certeza que é nesse lugar?
Capataz:
Segundo as provas que achei no celular, sim.
Kleber: Como
você chegou a essa conclusão?
Capataz: Pelo
aplicativo do facebook, estava logado, apenas entrei e vi onde ele mora.
Kleber: Sei
não...
Capataz: Só
tem um jeito da gente ter certeza. Indo até o porteiro e perguntando.
Kleber: É
isso que eu vou fazer, me da o celular aqui.
Kleber
pega o celular e sai do carro. Ele caminha até a guarita do porteiro.
Kleber: E aí,
tudo bom?
Porteiro:
Sim, você quer que interfone para alguma residência?
Kleber: Não!
Na verdade, eu queria saber se esse garotinho mora aqui. (mostra a foto). É que
eu encontrei o celular dele e queria devolver, coitado.
Porteiro:
Sim, esse é o Pedro!
Kleber: Isso!
Mas, ele está em casa?
Porteiro: Na
verdade não, ele e a família saíram pouco antes de você chegar, foram fazer uma
viagem.
Kleber: Uma
viagem?
Porteiro:
Isso mesmo!
Kleber: Ok,
obrigado!
3º Cena – Bahia – Hotel Porto da Barra
– Salvador – Tarde
Carlos
entra no quarto e encontra Roger de sunga.
Carlos: Vai
pra onde?
Roger: Olha
esse solzão, vou tomar uma água de coco, dar um mergulho, sentir o clima baiano
mais de perto, pois logo, logo começo a trabalhar e aí já viu, né?
Carlos: Não!
Roger: Não o
que?
Carlos: Você
não vai pra praia, você não conhece nada aqui.
Roger:
Carlos, é só atravessar a rua que eu chego na praia, que medo faz?
Carlos: A
Bahia não é o Rio de Janeiro, vai com calma.
Roger:
Realmente, a Bahia não é o Rio, e isso foi o que percebi quando pisei aqui,
porém não vai me impedi de ir na praia.
Carlos: Eu
não vou, então, você também não vai.
Roger: Aí que
você se engana!
Carlos: Eu
sou seu namorado, você tem que me obedecer.
Roger: Não,
você está erradíssimo. Eu tenho que obedecer meu pai e minha mãe.
Carlos:
Roger, não interessa quem você vai obedecer, você não vai pra praia e ponto.
Roger: Isso é
o que vamos ver!
Roger sai
correndo e Carlos o segue. Eles saem do quarto e correm pelo corredor do hotel,
Carlos consegue alcançar Roger e pega ele pelo braço.
Carlos: EU
DISSE QUE VOCÊ NÃO VAI, E VOCÊ NÃO VAI!
Eles se
encaram com raiva.
4º Cena – Zona Oeste – Casa de Luíza –
Tarde
Carol está
assistindo.
Jurema: CAROL
MENINA VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR!
Carol: Ai
mãe, quase a senhora me mata de susto, desse jeito vou ter um infarto do
coração.
Jurema:
Infarto do coração você vai ter quando for no lugar onde vou te levar.
Carol: Lugar?
Me levar? Ô Mãe desembucha logo.
Jurema:
Comprei os ingresso pro show da sua vida.
Carol fica
surpresa.
Carol: PERA,
CALMA... QUER DIZER QUE... EU VOU AO SHOW DAS...
Jurema: Isso
filha, do bonde das maravilhas, não é uma maravilha?
Carol cai
dura no chão
Jurema:
CAROL? CAROL... ACORDA CAROL. MENINA LEVANTA QUE AINDA TEM MAIS SURPRESA!
Carol
acorda
Carol: Então
fala, qual a outra?
Jurema:
Nenhuma, era pra você acordar mesmo
Carol
desmaia novamente
Jurema: Para
de drama menina
Ela
levanta
Carol: Mãe,
eu vou realizar o sonho da minha vida. Obrigado mãe.
Elas se
abraçam. Luíza chega em casa.
Luíza: Qual o
motivo da felicidade?
Carol: Lu,
você não vai acreditar.
Luíza: Já
sei, você vai no show do bonde das maravilhas.
Carol: Ué,
você sabia?
Luíza: Não, é
que você faz cara de retardada quando fala dessa banda, se é que pode ser
considerada uma banda isso.
Jurema:
Luíza, respeita sua irmã.
Carol: Também
acho, você tem que respeitar o sentimento de uma idola.
Luíza: É fã
idiota, você é a fã.
Carol: Isso
mesmo que eu disse.
Corta Para:
5º Cena – Edifício Beira Mar –
Apartamento de Vera - Zona Sul – Fim da tarde
Campainha
toca
Nina: Ué,
quem será?
Beto:
Estranho, o porteiro não avisou.
Vera: Só
espero que não seja a louca da Maitê.
Nina: Calma,
eu vou atender.
Nina
caminha até a porta e abre. Pedro e Lara entram com Clara e Cauã no colo.
Todos: Pedro?
Vera: O que
você está fazendo aqui, garoto?
Ele olha
pra todos assustado.
Pedro: Eu
preciso da ajuda de vocês.
Nina: Como
assim?
Beto: Ajuda
pra que?
Pedro: Vera,
Nina, eu sei que já fiz muito mal pra vocês, mas eu juro que me arrependi, e,
hoje, vocês são minha única salvação.
Vera: Então
explique o que está acontecendo. Quem é essa moça? E essas crianças... De onde
elas saíram?
Lara: Gente,
eu sou a Lara, ninguém aqui me conhece porque o Pedro me salvou das garras de
um homem muito perigoso.
Beto: Que
homem gente, do que vocês estão falando?
Pedro: O nome
dele é Kleber, ele trafica órgãos de seres humanos e estava mantendo essas
crianças em cárcere privado. Eu ajudei a Lara a salvar essas crianças, pois ela
está machucada, levou um tiro, é uma história absurda.
Todos
estão perplexos.
Vera: Mas,
gente, quem é o monstro que seria capaz de fazer tamanha maldade com duas
crianças indefesas?
Lara: Isso, o
Kleber é um monstro!
Pedro: Vocês
não tem noção da pessoa que ele é. Um ser totalmente desprezível.
Nina: Mas
como a gente pode te ajudar?
Pedro: Ele
está atrás da gente, o meu celular está nas mãos dele, lógico que minha casa
seria o primeiro lugar onde ele iria bater. Eu preciso ficar em um lugar onde
ninguém imaginasse que eu poderia estar.
Beto: Mas
você estaria colocando nossas vidas em risco também.
Pedro: Gente,
por favor, pelo bem dessas crianças.
Eles olham
nos olhos inocentes de Clarinha. Vera se emociona.
Vera: Nina,
Beto, eu não posso deixar que esse Kleber mate essas crianças.
Nina: Tudo
bem, nós vamos ajudar vocês!
Lara e
Pedro sorriem aliviados.
6º Cena – Zona Sul – Apartamento de
Vitória – Noite
Miller e
Sérgio chegam na sala e encontram Vitória quieta.
Miller: [...]
Desde que Pedro resolveu ir salvar a Lara que não temos noticias, o tio Roberto
também não fala nada, estou começando a preocupar.
Sérgio:
Noticia ruim chega rápido, fica sossegado.
Miller:
Vitória, o Pedro não ligou pra você?
Ela não
responde.
Miller:
Vitória? Oi? O gato mordeu sua língua?
Ela
desperta
Vitória: Oi?
O que? Tava falando comigo?
Miller: Ué,
tem outra Vitória aqui?
Sérgio: Ih,
ta no mundo da lua garota?
Vitória:
Estava pensativa.
Sérgio: Tava
pensando na vida?
Vitória: Não!
Quer dizer, sim.... Nas nossas vidas.
Eles
estranham.
Miller:
Nossas vidas? Que história é essa?
Sérgio: É,
fala aí, o que é que está pegando?
Vitória: Sérgio,
Miller, vocês vão ser papais, eu estou gravida.
Eles:
(espanto) GRAVIDA????!
Corta Para:
7º Cena – Rua qualquer – Carro
estacionado – Noite
Kleber: EU
NÃO POSSO PERDER AQUELAS DUAS CRIANÇAS, NÃO POSSO!
Capataz:
Calma, patrão, a gente vai encontrar elas.
Kleber: Como
imbecil? Me diz como!
Capataz: A
tropa de apoio daqui do Rio de Janeiro, eles conhecem a cidade, pode nos
ajudar.
Kleber: Isso,
muito bem! Liga agora mesmo pro Capeta e manda ele ir organizando a nossa tropa
para um reunião urgente no morro do alemão. Juntos nós vamos conseguir chegar
até o Pedro.
Capataz: Vou
fazer isso agora mesmo!
Kleber
fica esperançoso
8º Cena – Edifício Beira mar –
Apartamento de Vera – Zona Sul – Noite
Nina,
Pedro e Beto conversam na cozinha quando Lara chega.
Lara: Gente,
cadê a Vera?
Beto: Ela não
estava com você?
Lara: Não! Eu
queria a ajuda dela para dar banho na Clarinha e no Cauã, eles estão cansados,
quero coloca-los pra dormir
Nina: Eu
posso te ajudar.
Pedro: Não
Nina, deixa que eu ajudo. Eu gostaria que você preparasse algo pra eles
comerem, pois faz muito tempo que saímos da fazenda e eles não comeram nada.
Nina:
Claro! Vou fazer isso.
Beto: E eu
vou encontrar a minha mãe.
Corta para:
9º Cena - Edifício Beira mar –
Apartamento de Maitê – Zona Sul – Noite
Campainha
tocando
Maitê: Calma
já vai
Campainha
toca desesperadamente
Maitê: Calma,
cacete, já disse que estou indo.
Ela abre a
porta e se assusta.
Maitê: VOCÊ?!
Vera entra
no apartamento
Vera:
Surpresa?
Maitê: Mas
você estava presa...
Vera: Estava,
conjugou o verbo certo. Eu ESTAVA!
Maitê olha
com medo
Maitê: O que
você está fazendo aqui?
Vera: Vim te
dar uma coisa que você está merecendo há muito tempo.
Maitê: Não me
diga que...
Vera: CALA A
BOCA! E se prepara pra apanhar.
Vera larga
um tapa na cara de Maitê. Um grande silencio toma conta do ambiente. Maitê
coloca a mão no rosto perplexa com o ocorrido. Elas se encaram.
Vera: SE RECOMPÕE
VAGABUNDA! TA SÓ NO INICIO.
Maitê e
Vera se encaram com ódio.
Congela
em Maitê com sangue no olho
(Gancho ao som: Céu – 10 contados)
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