(Versão
Revista)
Web
Novela de: @FellixKhoury
Cena
1 / Galpão /Interior / Noite
Continuação
imediata da última cena do capítulo anterior
(Manoel abre a porta do galpão. Ao
fundo uma única luz acesa ilumina Carolina, ainda descordada amarrada a uma
cadeira. Ela corre até ela. A porta do galpão é fechada com um baque. Ela se
vira e encara Amanda que tem o rosto iluminado por uma lanterna)
Manoel – Amanda...
Amanda – Você até que foi rápido!
Manoel – Minha filha Amanda... Como
foi que eu não percebi isso antes?
(Ela o encara)
Manoel – Minha filha...
(Ele saca uma arma e lhe aponta)
Manoel – Abaixa isso, nós
precisamos conversar!
Amanda – Eu não tenho nada para
falar com um assassino... Eu só quero que você pague!
Manoel – Eu não matei a sua mãe!
Corta para:
Cena 2 / Hospital / Quarto de
Tatiana / Int. / Noite
(Carmen segura a mão de Tatiana.
José Carlos entra. Tatiana sorri ao vê-lo)
Tatiana – Meu amor!
J. Carlos – Graças a Deus você
acordou!
Tatiana – Eu não perderia o nosso
casamento por nada!
(Ele sorri desajeitado)
Carmen – Eu vou deixá-los a sós!
(Ela sai)
J. Carlos – Que bom que você está
bem!
Tatiana – Você sentiu a minha
falta?
(Olívia entra)
Olívia – Ele eu não sei, mas eu com
certeza sim minha querida!
Tatiana – Olívia!
Olívia – Que susto você nos deu!
(Ele se aproxima da amiga e segura
sua mão)
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Cena 3 / Galpão / Interior / Noite
(Manoel agora amarrado a uma
cadeira de frente para Carolina que permanece desacordada. Amanda se aproxima e
lhe dá um tapa na cara)
Manoel – Eu não matei a sua mãe!
(Ele lhe esbofeteia de novo. Sangue
escorre pelo nariz dele)
Amanda – Mentiroso!
Manoel – Eu fui acusado
injustamente... Eu tive que fugir para proteger você dos meus inimigos!
Amanda – Mentiroso!
(Ele lhe bate novamente, com tanta
força dessa vez que lhe corta o rosto)
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Cena 4 / Mansão Cerqueira de Moraes
/ Sala / Interior / Noite
(Maria Cecília desce as escadas.
Teresa a chama. Ele se aproxima)
Teresa – Preciso lhe contar uma
coisa que eu escutei hoje mais cedo!
M. Cecília – Você e essa mania de
escutar atrás da porta!
Teresa – Acho que você vai se
interessar!
M. Cecília – O que?
Teresa – Essa tal de Olívia tem o
meu pai e o Paulo nas mãos...
M. Cecília – Sim, o atro...
Teresa – E não é por causa do
atropelamento!
M. Cecília – Como?
Teresa – Eu não sei o que é, mas
não é isso. O Paulo tentou atropelá-la para tirá-la de circulação.
M. Cecília – Você ta me dizendo que
o Paulo ia matar a Olívia por queima de arquivo?
(Teresa balança a cabeça em sinal
de afirmação)
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Cena 5 /Estrada / Noite
(Carlos dirige. Olivia no banco do
carona)
Olívia – Que bom que ela acordou!
J. Carlos – É ótimo, mas me coloca
em uma situação muito desagradável!
Olívia – Eu sei... A mim também!
J. Carlos – Eu não sei o que
fazer... Você talvez fique brava, mas...
Olívia – Eu entendo. Eu não vou te
colocar contra a parede, até por que eu tenho ciência de que sou a errada nessa
história!
J. Carlos – Não. A culpa não é só
sua!
Olívia – Em grande parte sim!
J. Carlos – Eu não sei sinceramente
o que fazer!
Olívia – Faça o que seu coração
mandar!
(Ele coloca a mão sobre a perna
dele)
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Cena
6 / Mansão Cerqueira de Moraes / Quarto / Int. / Noite
(José Eugênio tira o roupão e o
joga sobre o sofá. Maria Cecília entra)
M. Cecília – O que essa garota tem
contra você?
J. Eugênio – (surpreso) Do que você
está falando?
M. Cecília – Da criatura que você
insiste em hospedar na nossa casa!
J. Eugênio – Eu já te disse, o
Paulo atropelou...
M. Cecília – E por que o Paulo a atropelou?
J. Eugênio – Foi um acidente!
M. Cecília – Me poupe Eugênio. Eu
não sou uma retardada, não me trate como tal!
J. Eugênio – O que vcê quer que eu
diga?
M. Cecília – A verdade!
J. Eugênio – Eu estou te falando
tudo que eu sei!
M. Cecília – Engraçado, hoje mais
cedo enquanto você conversava com o Paulo a Teresa teve a impressão de que
havia mais alguma coisa... Coisa essa que motivou o Paulo a tentar matar a
Olívia!
J. Eugênio – Você vai dar ouvido
para as baboseiras que a Teresa fala?
M. Cecília – Você não vai me
contar... Eu vou descobrir Eugênio. De um jeito ou de outro!
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Cena
7 / Galpão / Interior / Noite
(Manoel amarrado ainda. Carolina
ainda desacordada. Amanda aponta uma arma para ele)
Manoel – Me escuta!
Amanda – Eu só vou apertar o
gatilho quando ela acordar... Nunca matei ninguém antes, não quero que ela
esteja dormindo quando acontecer!
Manoel – Não faça isso! Vai ser o
maior erro da sua vida!
Amanda – Você não pensou nisso
quando esfaqueou a minha mãe... Talvez matar inocentes esteja no nosso sangue,
não é papai?
Manoel – Eu não a matei. Eu fui
incriminado!
Amanda – Eu não acredito em você!
Manoel – Eu vendia drogas... Era um
traficantizinho barato, mas era bom nisso. Girava muito dinheiro para um
cara...
Amanda – E ai você matou a minha
mãe?
Manoel – E ai eu conheci a sua
mãe... A gente casou, ela engravidou e eu decidi que eu não podia mais ficar
naquela vida. Eu precisava de um rumo, arrumar um emprego decente em que não
colocasse a vida de vocês em risco!
Amanda – Quando foi que você
decidiu matá-la?
Manoel – Para de ser irônica e me
escuta. Essa é a história que você nunca conheceu!
Amanda – Eu estou escutando!
Manoel – Então eu larguei aquela
vida. Eu e sua mãe nos mudamos para casa da sua avó no interior... Estávamos
bem. Felizes, você tinha acabado de nascer, era uma benção em nossas vidas...
(Amanda abaixa a arma)
Manoel – Até que um dia eu voltava
para casa do trabalho e tinha um carro parado em frente de casa... Era o meu
antigo chefe, vamos assim dizer!
Amanda – E?
Manoel – E ele me ameaçou. Queria
que eu voltasse a trabalhar para ele ou ele iria matar todos a minha volta,
começando por você!
(Uma lágrima escorre dos olhos de
Amanda)
Manoel – Óbvio que eu disse que não
voltaria e que se ele me ameaçasse novamente eu iria à polícia... Posso
continuar?
Amanda – Deve!
Manoel – Então, no dia seguinte
quando eu voltei para casa ele estava lá, com você no colo. Sua mãe desesperada
na volta... Eu acho que ele queria apenas me assustar, mas...
Amanda – Mas o que?
Manoel – Mas a sua mãe partiu para
cima dele e ele a esfaqueou. Ele não eu!
Amanda – Isso é mentira sua!
Manoel – A sua avó pode confirmar
essa história toda!
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Cena
8 / Mansão Cerqueira de Moraes / Quarto de Olívia / Interior / Noite
(Olívia sai do banheiro. Maria
Cecília está sentada na cama)
Olívia – Parece que você gosta
muito desse quarto não é?
M. Cecília – O que você tem contra
o meu marido?
Olívia – Eu não sei do que você
está falando, acho que ele foi bem claro em sua explicação de por que eu estou
aqui, talvez a senhora quer que ele desenhe?
M. Cecília – Eu quero você fora da
minha casa!
Olívia – Eu não vou sair... Eu
tenho certeza que o seu maridinho não vai querer o Paulo na cadeia!
M. Cecília – Não importa o que você
tem contra o meu marido. Essa casa é minha e eu quero você fora dela!
Olívia – Você se acha muito esperta
não é Cecília? Abra os seus olhos, pare de se importar um pouco comigo que
talvez você enxergue a sujeirada que se esconde embaixo do seu tapete!
M. Cecília – Eu quero você fora da minha
casa amanhã pela manhã!
Olívia – Tudo bem... Se é assim que
você quer, mas saiba que eu voltarei!
(Maria Cecília se aproxima e lhe ta
um tabefe na cara. Olívia leva a mão ao rosto)
M. Cecília – Eu estava a tempo
querendo fazer isso... Me sinto mais leve! Boa noite!
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Cena
9 / Hospital / Interior / Noite
Tatiana – A culpa não foi sua. Você
tem que tirar isso da cabeça!
Lucas – Eu sei. Mas se eu não
tivesse lhe...
Tatiana – Não fique pensando nisso!
Lucas – Você ta bem agora!
Tatiana – E isso é o que importa!
Lucas – Amanhã você fazer uns
exames logo cedo... Eu vou para casa hoje, vou descansar um pouco!
Tatiana – Acho bom. Mamãe me disse
que você ficou aqui direto!
Lucas – Eu não podia deixar você
sozinha!
Tatiana – Tenho certeza que o
Carlos não se importaria de ficar aqui!
Lucas – Eu não teria tanta
certeza...
Tatiana – O que você quer dizer com
isso?
Lucas – Ele mal apareceu por aqui!
Tatiana – Ele é muito ocupado!
Lucas – Eu também e, no entanto...
Mas tudo bem, não quero deixar você chateada!
(Ele beija sua testa e sai)
Corta para:
AMANHECE
Cena
10 / Mansão Cerqueira de Moraes / Sala / Interior / Manhã
(José Carlos desce as escadas.
Maria Cecília na sala)
J. Carlos – Já acordada?
M. Cecília – Quem dera eu tivesse
dormido!
(Ele senta ao lado dela)
M. Cecília – Era com você mesmo que
eu queria falar!
J. Carlos – O que foi? Aconteceu
alguma coisa?
M. Cecília – Essa Olívia... Ela
está chantageando o seu pai.
J. Carlos – Não está não mãe! Eu
conheço a Olívia. Ela me jurou que nem passou pela cabeça dela denunciar o
Paulo, que foi o papai que...
M. Cecília – Não é só isso. Ela
sabe alguma coisa do seu pai e do Paulo e por isso o Paulo tentou matá-la!
J. Carlos – Eu não acredito em
você! Isso tudo é para tentar me afastar da Olivia!
M. Cecília – Ouça a voz da razão
meu filho, pelo amor de Deus!
J. Carlos – Não. Você não gosta
dela por que acha que eu ela estamos traindo a Tatiana...
M. Cecília – E não estão?
J. Carlos – Não. Não estamos por
que eu já me decidi: eu não vou mais me casar com a Tatiana!
(Maria Cecília lhe encara
boquiaberta)
Corta para:
FIM DO CAPÍTULO
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