Capítulo 45
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Cena 1/Hospital São
Lucas/Recepção/Noite
O médico se aproxima de Renata e
Adriana.
RECEPCIONISTA – Ele dará maiores
informações sobre o estado deste senhor.
RENATA – Graças a Deus você chegou!
MÉDICO – Posso ajudar em algo?
ADRIANA – Não só pode como deve!
MÉDICO – E sobre o que seria?
RENATA – Sobre o estado de saúde de
Marcos Ferreira.
MÉDICO – Vocês são parentes dele?
RENATA – Eu sou ex-mulher.
ADRIANA – E eu... Uma amiga da
família.
MÉDICO – Mas ele não está casado
com a senhora Ferreira?
RENATA – Sim, mas isso não vem ao
caso.
MÉDICO – Bom, o estado dele é
delicado.
ADRIANA – O que aconteceu exatamente?
MÉDICO – O Marcos sofreu um
traumatismo craniano e fraturou a coluna. O acidente foi grave!
RENATA – E ele tem chance de
recuperação?
MÉDICO – Não quero dar
esperanças...
ADRIANA – Isso significa que...?
MÉDICO – Vocês devem se preparar
para o pior.
RENATA – E eu posso visita-lo? Não
me dou bem com a atual esposa do Marcos e acredito que esse momento
seria propenso para, quem sabe, me despedir dele.
O médico encara Renata.
Cena 2/Hospital São
Lucas/UTI/Quarto de Marcos/Noite
Renata abre a porta lentamente e entra
no quarto, as luzes apagadas. Ela se aproxima de Marcos, respirando
com a ajuda de aparelhos, adormecido.
RENATA – Ah, Marcos, que triste fim o
seu. Lamento tanto que você esteja assim, entre a vida e a morte,
dependendo de aparelhos para sobreviver. Eu espero que você saia
dessa e possa continuar a sua vida em paz. Não te desejo mal apesar
de tudo o que você fez comigo! Força, Marquinhos. Força!
Renata segura à mão de Marcos e olha,
com ternura, para ele.
Cena 3/Hospital São Lucas/Sala de
Espera/Noite
Adriana está sentada no sofá,
folheando uma revista. Cristina entra no recinto.
CRISTINA – Adriana?
Adriana levanta-se.
CRISTINA – O que você tá fazendo
aqui?
ADRIANA – Renata e eu viemos visitar
o Marcos.
CRISTINA – Vocês não tem mais
nenhuma ligação com ele.
ADRIANA – Isso é o que você pensa.
Nossos destinos estão entrelaçados para sempre!
CRISTINA – A única ligação que
existia entre vocês dois foi rompida. E eu quem tive o prazer, a
honra, a felicidade de romper essa ligação! Se você tivesse o
mínimo de decência...
ADRIANA – Quem é você pra falar de
decência, Cristina? Também era amante do Marcos!
CRISTINA – Mas agora sou esposa!
ADRIANA – Isso por pouco tempo, não
é mesmo?
CRISTINA – O que você está querendo
insinuar com isso?
ADRIANA – O Marcos vai sair dessa e
vai se livrar de você, Cristina!
CRISTINA – Faça-me rir! Dessa o
Marcos só sai para o próprio enterro.
ADRIANA – Como você pode afirmar com
tanta certeza?
CRISTINA – Intuição feminina.
ADRIANA – Ou por que foi você que
causou esse acidente dele?
CRISTINA – Você está louca,
querida.
ADRIANA – Sou lucida o suficiente
para perceber que você só se casou com o Marcos por causa do
dinheiro dele. Reconheço uma mulherzinha como você de longe!
CRISTINA – Talvez porque já tenha
sido uma.
ADRIANA – Como é que é?
CRISTINA – Você foi tão ou mais
ambiciosa que eu, Adriana. Mas a grande diferença é que você não
soube jogar e perdeu! E agora, a rainha desse jogo de xadrez sou eu.
Você é peão descartado. E se eu fosse você se afastaria de uma
vez por todas da minha vida, porque se você continuar me
importunando, eu acabo com a tua raça num estalar de dedos!
Adriana se aproxima de Cristina.
ADRIANA – Cão que ladra não morde,
querida.
Elas se encaram, bem próximas.
Cena 4/Vila do Sossego/Casa de
Madalena/Noite
Madalena, Fagundes, Patrícia, Júlio e
Carmen e Elias reunidos na sala. Eles tomam vinho e riem.
CARMEN – Esse vinho é maravilhoso!
ELIAS – É de uma boa safra.
PATRÍCIA – Velha, né? Por isso que
a Carmen gostou tanto!
CARMEN – Vai começar com as ofensas,
dona Patrícia?
PATRÍCIA – Longe de mim!
MADALENA – Meninas, não vamos
estragar essa noite!
FAGUNDES – Vamos manter a harmonia!
JÚLIO – Exatamente!
MADALENA – O Fagundes e eu temos uma
notícia para dar.
CARMEN – Notícia?
PATRÍCIA – Qual?
FAGUNDES – Eu e meus irmãos
compramos a vila!
CARMEN – COMPRARAM?
PATRÍCIA – COMPRARAM?
MADALENA – Sim! Agora o meu futuro
marido é dono e proprietário dessa vila.
Todos comemoram.
PATRÍCIA – Isso significa que acabou
aquela fase de pagar aluguel?
CARMEN – Nunca mais aluguel, é isso?
MADALENA – Exatamente, nunca mais
aluguel!
Todos comemoram e tomam vinho.
Cena 5/Mansão Grimaldi/Quarto de
Estrela/Noite
Estrela e Estevão, deitados na cama,
se beijam.
ESTRELA – É tão bom estar em seus
braços de novo.
ESTEVÃO – Você não imagina como eu
me sinto com você por perto.
ESTRELA – Eu te amo, Estevão.
ESTEVÃO – Eu te amo mais, muito
mais! E eu tenho uma surpresinha pra você.
ESTRELA – Surpresa? Que surpresa?
ESTEVÃO – Fecha os olhos!
Estrela fecha os olhos e Estevão
vira-se para o lado, abrindo a gaveta do criado-mudo e tirando de lá
uma caixinha.
ESTEVÃO – Pode abrir!
Estrela abre os olhos.
ESTRELA – O que é isso?
Ele mostra a caixinha para ela.
ESTEVÃO – Abra!
Estrela pega a caixinha e abre. Ela vê
um lindo anel banhado em ouro branco, cravejado com diamantes.
ESTRELA – Meu Deus, Estevão, que
lindo!
ESTEVÃO – Eu sabia que você ia
adorar, mas esse não é um anel simples.
ESTRELA – Não?
ESTEVÃO – Não.
ESTRELA – E o que de tão importante
ele tem, além de ser um presente seu?
ESTEVÃO – Ele é o meu pedido físico
de casamento.
ESTRELA – Como?
ESTEVÃO – Estrela Grimaldi, você
quer ser a minha esposa?
Estrela, lacrimejando, oscila em olhar
para a caixinha com o anel e olhar para Estevão. Ela sorri.
Cena 6/Hospital São
Lucas/UTI/Quarto de Marcos/Noite
Cristina entra no quarto e acende as
luzes. Ela fecha a porta e se aproxima de Marcos, ainda adormecido e
respirando com a ajuda de aparelhos.
CRISTINA – Ah, Marquinhos, você
ainda tá vivo? Que coisa mais chata! Pensei que aquele acidente
seria fatal e eu não teria que aturar você oscilando entre a vida e
a morte. Por que não canta pra subir logo, hein? Assim eu herdo
oficialmente tudo o que é meu por direito. Faz esse favor pra mim e
morra de uma vez! Não enrole, não. Se você demorar mais um pouco é
capaz do trem dos mortos passar e te esquecer aqui, o que seria um
erro terrível.
Ela sussurra no ouvido de Marcos.
CRISTINA – Vai pro inferno!
Cristina ri.
Cena 7/Mansão Albuquerque/Rua/Noite
Paloma dá ré no carro, tentando
escapar, mas outras viaturas fecham a rua. Imediatamente os moradores
locais aparecem nas janelas para ver o que está acontecendo.
DELEGADO – Desça do carro com as
mãos para cima!
Paloma, sem saída, desce do carro com
as mãos para cima. Um policial se aproxima dela e a algema.
PALOMA – Eu sou inocente!
DELEGADO – Isso é o que você vai
ter que provar para a justiça!
Paloma é levada para a viatura.
Cena 8/Hospital São
Lucas/Saída/Noite
Adriana e Renata estão na saída do
hospital. O celular de Renata toca e ela atende.
RENATA – Alô?
...
RENATA – NA CADEIA?
...
RENATA – Não pode ser possível!
...
RENATA – Ok, eu vou chegar aí já,
já.
Renata desliga o celular.
ADRIANA – O que aconteceu?
RENATA – A Paloma foi presa.
ADRIANA – De novo?
RENATA – Sim e nós vamos para a
delegacia agora mesmo.
ADRIANA – Tudo bem.
Renata e Adriana entram no outro carro
de Renata e saem do hospital.
Cena 9/Delegacia/Sala de
Visitas/Noite
Renata e Paloma sentadas frente a
frente, de mãos dadas.
RENATA – Você se arriscou demais,
querida!
PALOMA – Eu não aguentava mais ficar
em casa. E como já era noite, pensei que ninguém me veria!
RENATA – E agora, o que faremos?
PALOMA – Eu vou voltar pro presídio.
RENATA – Não! Isso não!
PALOMA – E o que faremos então?
RENATA – Darei o meu jeito, mas para
o presídio você não volta!
Paloma e Renata se encaram.
Cena 10/Leblon/Apartamento de
Carla/Sala/Noite
Rebeca sentada ao sofá, de frente para
sua amiga Carla, que está sentada em uma poltrona.
REBECA – Eu não sei nem como te
agradecer por ter me acolhido aqui.
CARLA – Agora estamos quites.
REBECA – Eu vou resolver a minha
história e sumir do mapa.
CARLA – E com sumir do mapa você
quer dizer o quê?
Cena 11/Mansão Montenegro/Quarto de
Bianca/Noite
Bianca está sozinha em seu quarto,
sentada na cama, usando seu tablet. Ela está sozinha em casa, visto
que César e Odete viajaram e não há nenhum empregado em casa.
REBECA – Com isso eu quero dizer
que vou me livrar da Bianca, do César e da Odete. Eles mexeram com a
pessoa errada e eu vou mostrar isso! Vou acabar com a raça de cada
um. Mas pra isso acontecer preciso esperar a volta do casalzinho de
merda para o Brasil. E então eu vou matar três coelhos com uma
cajadada só!
AMANHECE
Cena 12/Mansão Grimaldi/Sala de
Jantar/Manhã
Estão reunidos à mesa Victoria,
Franco, Melissa, Afonso, Bárbara e Fernando.
VICTORIA – Eu posso saber o motivo
dessa reunião de ultima hora?
BÁRBARA – Eu também estou doida
para saber!
FERNANDO – Contem logo!
MELISSA – Contem! Estou ficando
ansiosa!
AFONSO – Esse suspense está me
matando!
ESTRELA – Conto eu ou você, Estevão?
ESTEVÃO – Que tal nós dois?
ESTRELA – Então vamos lá. Um, dois,
três...
JUNTOS – Nós vamos nos casar!
Todos sorriem e comemoram.
FRANCO – Que notícia maravilhosa!
VICTORIA – Estou explodindo de
felicidade!
FERNANDO – Finalmente esse casório
vai chegar!
BÁRBARA – Isso é perfeito!
AFONSO – Minha netinha se tornando
uma mulher!
MELISSA – Desejo toda felicidade do
mundo e mais um pouco para vocês!
VICTORIA – Você não acha que seu
pai deveria saber?
ESTRELA – Ele está viajando, acho
melhor esperar a volta dele.
VICTORIA – Não! Ele tem que saber
agora!
FRANCO – E por que tanta pressa em
contar sobre o casamento pro Olavo?
VICTORIA – Porque aposto que teremos
a sorte da Alice descobrir sobre tudo!
FRANCO – E qual a vantagem nisso?
VICTORIA – Você vai ver quando ela
souber, meu amor. Você vai ver!
Estrela olha para Victoria.
Cena 13/Mansão Albuquerque/Sala de
Estar/Manhã
Renata desce as escadas e entra na
sala.
RENATA – A Clarice me disse que eu
tinha visi... Cristina?
Cristina, que estava sentada,
levanta-se.
CRISTINA – Bom dia, Renata.
RENATA – O que você veio fazer aqui?
CRISTINA – Fiquei sabendo da prisão
da Paloma.
RENATA – E aposto que veio destilar o
seu veneno e tripudiar sob a minha dor.
CRISTINA – Pelo contrário.
RENATA – E o que veio fazer então?
Me diga!
CRISTINA – Eu estou disposta a tirar
a sua filhinha da cadeia.
RENATA – Como é que é?
CRISTINA – Desde que você venda essa
casa para mim!
RENATA – O QUÊ?
CRISTINA – Isso mesmo. Se você me
vender essa casa e tudo que há dentro dela, eu contrato o melhor
advogado desse país pra cuidar do caso da sua queridinha. E então,
topa ou não topa?
Renata encara Cristina, que sorri.
Cena 14/Alemanha/Catedral de
Colônia/Tarde
Olavo e Alice sobem as escadas da
Catedral. Prestes a entrar nela, o celular de Alice toca. Ela atende.
ALICE – Alô?
ESTRELA – (cel) Alice?
ALICE – Quem tá falando?
ESTRELA – (cel) Sou eu, querida. A
Estrela!
ALICE – Estrela? O que você quer?
OLAVO – A Estrela?
ESTRELA – (cel) Quero que você dê
um recado para o meu pai.
ALICE – E eu lá sou pombo correio,
garota?
ESTRELA – (cel) É coisa simples!
ALICE – Então fala logo!
ESTRELA – (cel) Diga para ele
apressar a volta ao Brasil.
ALICE – E pra quê?
ESTRELA – (cel) Pro meu casamento!
ALICE – COMO É QUE É?
ESTRELA – (cel) Isso mesmo, querida.
O Estevão e eu vamos nos casar!
Foco na expressão furiosa de Alice.
Toca a instrumental Saga do Diamante
cor de Rosa – Império.
FIM DE CAPÍTULO
E vem aí, de Lady
Marizete, Rainha do Mar, a sua nova web novela das 7. Em breve, no
IPBQ.









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