quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Sem Limites - Capítulo 48


Cena 1: Minas Gerais/Fazenda de Núbia/Interno/Noite
Núbia: Finalmente chegamos, meu bebê. Neste lugar ninguém irá nos encontrar! Eu te juro, aqui você vai crescer, aqui você vai aprender a ser uma Núbia Marchiori!
(Ela dá uma sequência de gargalhadas)
Núbia: Nossa, como essa fazenda está descuidada. Eu devia ter mantido um empregado aqui!
(Ela coloca a bebê sobre o sofá)
Núbia: Você é um anjinho, desde que saímos de São Paulo, você não chorou sequer uma vez! Isso vai me ajudar bastante a mantê-la em segredo.

Cena 2: Mansão Marchiori/Sala/Noite
Detetive: Agora que a história está explicada, fica mais fácil de compreender.
Eduarda: E com essas informações você vai conseguir encontrar a minha filha?
Detetive: Farei o possível. Outra coisa que ajudaria bastante, seria se vocês me dissessem onde ela tem residências.
Rodrigo: Além dessa mansão, temos um apartamento no Morumbi e o outro na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
Detetive: Só tem essas?
Rodrigo: Sim.
Detetive: A primeira coisa que farei para tentar encontrar a filha de vocês dois será ir até essas residências.
Rodrigo: O senhor acha que ela pode estar escondida lá?
Detetive: Pode ser que sim, pode ser que não.
Eduarda: A única coisa que eu lhe peço, é que faça de tudo para encontrar a minha filha!
Detetive: E farei.
(Mariana se aproxima de Eduarda e a abraça)
Eduarda: Ai mamãe, isso me dói tanto.
Mariana: Fique tranquila, meu amor, iremos reencontra-la!
Eduarda: Será?
Mariana: Tenha fé em Deus. Enquanto você estava desaparecida, eu pedia todos os dias à Deus para que, um dia, eu pudesse reencontrá-la! E cá estou eu, abraça à minha filha.
Eduarda: Será que levaremos muito tempo para reencontra-la?
Mariana: Isso só Deus sabe!
Detetive: Fiquem sabendo que eu farei de tudo para encontra-la!
Cacau: Eu irei ajuda-los também.
Ana: Tive uma ideia!
Rodrigo: Qual, maninha?
Ana: Temos várias fotos da Sônia na máquina fotográfica, certo?
Rodrigo: Sim, certo.
Ana: Eu vou passa-las para o meu notebook e irei espalha-las pelas redes sociais.
Rodrigo: Isso nos ajudará bastante.
Cacau: E eu posso comunicar ao pessoal da antiga vila onde eu morava!
Eduarda: Isso nos ajudara bastante.
Detetive: Toda ajuda é necessária! Se Deus quiser, iremos reencontrar a Sônia.
Mariana: E Deus quer!

Cena 3: AMANHECE

Cena 4: Minas Gerais/Fazenda de Núbia/Sala/Manhã
(Núbia se direciona ao berço onde está Sônia)
Núbia: Bom dia, meu amor. Dormiu confortável no berço que pertencia ao Rodrigo? Espero que sim, ele estava guardado há tanto tempo...
(A bebê começa a chorar)
Núbia: Não chore, meu amorzinho. Você deve estar com fome... Eu vou comprar umas coisas para nós! Fique aqui, quietinha.
(Sônia para de chorar. Núbia sai da Fazenda, ela está vestida com uma roupa antiga, toda coberta)

Cena 5: Minas Gerais/Praça Pública/Manhã
(Lília e Carmen estão sentadas em uma mesa da praça, fofocando. Elas veem Núbia passar)
Carmen: Quem será aquela alí?
Lília: Eu fiquei sabendo dela ontem, mas não vou contar.
Carmen: Por quê? Conte logo!
Lília: Nem sob tortura! Vão sair dizendo por aí que sou fofoqueira...
Carmen: Para com isso, menina. Eu sei que você não é fofoqueira, nos somos a que menos fofocamos nessa cidade!
Lília: Tudo bem, vou contar.
Carmen: Fale logo!
Lília: Aquela esquisitona é uma mulher que fugiu do hospício.
Carmen: Jura?! Que babado! Me conta mais.
Lília: Ouvi as fofoqueiras da cidade comentarem que ela se chama Carla.
Carmen: E quem te contou que ela fugiu do hospício?
Lília: A Carola, aquela que trabalha no armazém do seu Juca!
Carmen: Como aquela mulher é fofoqueira! Por isso está solteirona!
Lília: Você não pode falar nada, você tem 70 anos na cara e está encalhada!
Carmen: Porque quero! Já recebi várias cantadas por aí.
Lília: Duvido muito!
Carmen: E você?
Lília: Vou bem, e você?
Carmen: Eu não quis dizer isso, quis dizer que você também está encalhada!
Lília: Você está redondamente enganada! Eu estou de luto pela morte do meu marido.
Carmen: Mas ele morreu há quase 25 anos!
Lília: Mulher decente é assim, fica de luto pela morte do marido até que a dela chegue!
Carmen: Vamos deixar isso de lado, fiquei sabendo de um babado!
Lília: Qual? Me conta!
Carmen: A Gabriela, filha da Joana, é fruto de um caso extraconjugal!
Lília: Que te contou isso?
Carmen: Ouvi as fofoqueiras dizerem!
Lília: Como esse povinho é fofoqueiro!
Carmen: Ainda bem que não somos assim, apenas compartilhamos os fatos.
Lília: Isso mesmo!

Cena 6: Armazém do Juca/Interno/Manhã
(Núbia está com uma cesta, ela coloca várias coisas dentro. Depois, se direciona ao caixa)
Juca: A senhora deseja mais alguma coisa?
Núbia: Se eu desejasse, teria pego. Apenas isso.
Juca: Tudo bem, o total é de trinta reais e cinquenta centavos.
Núbia: Aqui está.
(Núbia entrega o dinheiro para ele. Ao sair do armazém, ela esbarra em Luíz)
Núbia: Você não olha para onde anda?
(Ela levanta a cabeça e, assustada, encara Luíz)
Luíz: Me perdoe, dona.
(Núbia sai apressada. Luíz entra no armazém)
Luíz: Quem é aquela mulher?
Juca: É nova pela cidade. Mal educada que só!
Luíz: Estranho.
Juca: O quê?
Luíz: A voz dela é familiar.
Juca: Você a conhece?
Luíz: Provavelmente, não. Devo estar confundido ela com alguém!

Cena 7: Mansão Marchiori/Sala/Manhã
(Eduarda desce as escadas, é nítida sua expressão de tristeza)
Rodrigo: Bom dia, meu amor.
Eduarda: Infelizmente não posso desejar o mesmo.
Ana: Fique tranquila, Eduarda, iremos reecontrar a Sônia em breve!
Eduarda: Deus te ouça.
Mariana: Sente-se a mesa, coma algo.
Eduarda: Estou sem fome, mamãe.
Mariana: Coma, Eduarda. Se você ficar com fome, não poderá acompanhar as investigações de perto!
Eduarda: Tudo bem, irei comer algo.
Ana: A Cacau preparou um café da manhã delicioso.
Rodrigo: Você vai a faculdade hoje, Ana?
Ana: Não, eu avisei ao reitor sobre o ocorrido. Ele me liberou das aulas!
Rodrigo: Ainda bem. Eu vou ligar para a Fábrica, hoje não irei para lá.
Eduarda: Ainda bem.
CINCO ANOS DEPOIS

Cena 8: Fazenda de Núbia/Sala/Manhã
(Sônia acabara de entra na sala. Agora ela é uma criança saudável, com cinco anos)
Sônia: Tô cansada, vovó.
Núbia: Hoje você brincou muito, não é mesmo?
Sônia: Sim. Quando a mamãe e o papai virão me buscar?
Núbia: Os seus pais estão em uma viagem, a negócios.
Sônia: Ah, não tem problema. Eu gosto de ficar com a senhora!
Núbia: Ai que fofa. Vem cá, me dê um abraço!
(Elas se abraçam)
Sônia: Eu te amo, vovó.
Núbia: Eu também, meu bebê.

Cena 9: Mansão Marchiori/Sala/Manhã
Eduarda: Cinco anos se passaram, e nada de notícias da minha filha!
Rodrigo: Eu estou muito triste.
Ana: Todos nós estamos, mas ainda tenho fé que iremos reencontrá-la!
Rodrigo: Tomara que a encontremos, Ana.
(A campainha toca, Mariana vai até a porta atender. É o detetive)
Detetive: Bom dia, dona Mariana.
Mariana: Bom dia, há que devo a honra da visita?
(Ele entra na casa)
Detetive: Eu tenho uma boa notícia. Na verdade, ela é ótima!
Eduarda: Tem haver coma minha filha?
Detetive: Sim.
Rodrigo: Por acaso você encontrou o paradeiro dela?
Detetive: Isso mesmo.
Eduarda: Eu não posso acreditar!
Detetive: Pois acredite. A sua filha está em Minas Gerais, ela está numa fazenda com Núbia!
Rodrigo: Que notícia perfeita! Vamos pra lá agora mesmo!
Detetive: E é isso que faremos.
Eduarda: Finalmente a Núbia vai pagar por todos os crimes!
(Foco na expressão de felicidade de Eduarda)

FIM DE CAPÍTULO

Vem aí, de Maria Emma: “Amor Imperfeito”. Nesta segunda, às 19h30, na IPBQ.
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