segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Superação - Capítulo 31


Continuação imediata do capítulo anterior.

Cena 1 – Jornal Bertollo – Sala de Franchesco – Dia
LUIZA – Desculpe, Dr. Franchesco, mas eu mesma gostaria de fazer essa matéria, afinal de contas, o garoto, Marcelo, é meu filho com o Fábio.
FRANCHESCO – O quê? Ele é seu filho, Luiza? Por isso então, quando eu lhe pedi pra criar aquela matéria, você ficou daquele jeito...
Guilherme, que até então, estava só ouvindo, dá um sorriso irônico.
GUILHERME – (pensando) Então aquele garoto é filho da Luiza com o Fábio... Hmmm, isso tá ficando muito interessante! Hahaha
LUIZA – Sim, doutor. Ele é meu filho.
FRANCHESCO – E por quê não me falou antes?
LUIZA – Eu não quis misturar as coisas.
FRANCHESCO – Tudo bem, então você vá junto com o Guilherme. Não posso te enviar sozinha pra essa missão. Tudo bem pra você, Guilherme? Guilherme?
GUILHERME – (distraído com os pensamentos) Hã? Que? Ah sim, claro, como quiser!

Cena 2 – Rua Indeterminada – Carro – Dia
Marcelo no banco de trás, tentando abrir a porta, que tá trancada.
MARCELO – Me tira daqui! Socorro! Pra onde tá me levando?
HOMEM – Calma, Marcelo! Logo você vai saber!
MARCELO – Como sabe meu nome? Quem é você?
HOMEM – Não importa agora.

Cena 3 – Casa de Edvaldo – Dia
Edvaldo chegando em casa. Fábio atirado no sofá.
EDVALDO – E aí, filho? Alguma notícia do Marcelo?
FÁBIO – Nada, pai. Nada! Não sei mais o que fazer?
EDVALDO – O que já deveria ter feito! Dar parte à polícia, do desaparecimento!
FÁBIO – Bem lembrado, pai!
EDVALDO – Você é uma anta mesmo!
FÁBIO – Eu sei, pai. Eu sempre fui, né?
Fábio se vira no sofá desanimado. Edvaldo vai até ele.
EDVALDO – Desculpa, filho. Eu não quis dizer isso. É que você sabe, eu to muito nervoso com tudo isso. O Marcelo é meu neto, quase que um filho pra mim. Você sabe o quanto eu gosto desse moleque.
FÁBIO – E ele do senhor, pai.
EDVALDO – Não quero perder outro filho.
FÁBIO – Outro filho? Como assim, pai?

Cena 4 – Hospital – Sala do Dr. Arthur – Dia
ARTHUR – Próximo!
Catarina entra.
ARTHUR – A senhora de novo, dona Catarina? Já sei, veio pedir receita!
CATARINA – Sim, doutor Arthur! Preciso. Ando tão nervosa ultimamente!
ARTHUR – Dona Catarina, eu devo lhe alertar que temos outras alternativas para lhe acalmar. Quem sabe posso encaminhá-la à um psicólogo.
CATARINA – Doutor, eu preciso de um calmante! Por favor! O senhor não sabe como anda a minha vida!
ARTHUR – Por isso mesmo, dona Catarina! Um psicólogo poderia lhe auxiliar melhor. Os remédios, se tomados muito frequentemente, podem trazer problemas.
CATARINA – Por favor, doutor Arthur! Só essa receita! Por favor!
ARTHUR – Só essa, dona Catarina! Já vou deixar anotado aqui que na próxima vez, lhe darei um encaminhamento ao psicólogo.
CATARINA – Obrigada, doutor!
Catarina se despede do médico e sai, feliz, em direção à farmácia do hospital.

Cena 5 – Paisagens da Cidade – Dia
Cenas da cidade ao som de Raul Seixas – Tente Outra Vez.

Cena 6 – Hospital – Farmácia – Dia
Ana trabalhando na farmácia, entregando os remédios, mas distraída, pensando em Fábio e no seu sofrimento. É a vez de Catarina.
CATARINA – Oi!
ANA – Dona Catarina! Por que será que eu sabia que mais cedo ou mais tarde a senhora apareceria por aqui? Haha
CATARINA – Preciso de uns calmantes. A vida não tá fácil!
ANA – É... eu concordo!
CATARINA – To te achando meio abatida, menina!
ANA – Problemas, dona Catarina, problemas!
Ana pega o calmante na prateleira e entrega à Catarina.
CATARINA – To vendo que você tá com problemas mesmo. Nem pedir a receita, pediu! Mas eu trouxe, viu?
ANA – É mesmo! Que distraída eu to hoje! Remédio desse tipo aqui, só com receita! Ainda bem que a senhora sabe!
CATARINA – Pois é. De tanto que você me falou. Não acha que precisa de uns calmantezinhos também? Vai te deixar melhor!
ANA – Não, não. Haha Não se preocupe, dona Catarina. Vou ficar bem.
CATARINA – Então, tá. Bom dia e bom trabalho! E obrigada!
ANA – Um bom dia para a senhora também!

Cena 7 – Casa de Edvaldo – Dia
FÁBIO – Que história é essa de perder outro filho, pai?
EDVALDO – Não é nada, Fábio! Esquece.
FÁBIO – Fala, pai! Agora eu fiquei curioso.
No momento, alguém buzina na frente da casa. Edvaldo se alivia por não precisar dar explicações à Fábio.
EDVALDO – Eu vou lá ver quem é!
Edvaldo vai até o portão e tem uma grande surpresa.
EDVALDO – Marcelo! Meu neto! Graças a Deus!
Edvaldo abraça Marcelo.
MARCELO – Vovô! Que saudade! Que medo eu tava! Medo de nunca mais te ver!
EDVALDO – Onde você tava, Marcelo? Ficamos todos preocupados.
Clemente, que até então observava o reencontro, toma a palavra.
CLEMENTE – Encontrei ele lá na favela da Cabra Manca, Edvaldo.
EDVALDO – Clemente, meu amigo! - lhe dá um forte abraço – Muito obrigado por trazer o Marcelo!
CLEMENTE – Não agradeça, Edvaldo. Faria por qualquer um, imagina então para um grande amigo!
MARCELO – Quem é ele, vovô?
EDVALDO – O Clemente é um grande amigo do vovô. Trabalha como taxista e éramos colegas!
CLEMENTE – Isso mesmo, Marcelo!
Fábio sai da casa apressado.
FÁBIO – Me pareceu ter ouvido a voz do... MARCELO! Meu filho! Você tá aqui! Graças a Deus!
CLEMENTE – É... eu tive sorte de ter deixado um passageiro lá naquela favela. Aí voltando, encontrei o Marcelo se arrastando por aquelas ruas. E como você já havia nos alertado sobre seu desaparecimento...
EDVALDO – Fico te devendo um grande favor, Clemente! Vamos entrar, tomar um café?
CLEMENTE – Não, obrigado. Eu ainda tenho que fazer umas corridas marcadas. Passei só pra trazer o Marcelo.
FÁBIO – Muito obrigado, seu Clemente!
EDVALDO – Deus te acompanhe, Clemente!
Eles se despedem, Clemente sai. Edvaldo, Fábio e Marcelo entram.

Cena 8 – Escola Napoinara – Diretoria – Dia
O telefone toca.
MARIANA – Alô...
EDVALDO – (off) Dona Mariana, o Marcelo apareceu!
MARIANA – Que ótima notícia, seu Edvaldo! Graças a Deus! Onde ele tava?
EDVALDO – (off) Parece que em uma favela, mas depois lhe conto os detalhes. Só quis lhe avisar pra deixá-la mais calma. No final do expediente passo pra lhe buscar, como combinado.
MARIANA – Não precisa, seu Edvaldo. O Franchesco me ligou há pouco e vai passar aqui. Aproveita a volta do seu neto!
EDVALDO – Muito obrigado, dona Mariana, então, até amanhã! Tchau!
Mariana desliga o telefone.
MARIANA – Graças a Deus, tudo terminou bem!

Cena 9 – Jornal Bertollo – Sala de Guilherme – Dia
Guilherme sentado pensativo. Luiza bate na porta.
LUIZA – Chamou?
GUILHERME – Senta!
LUIZA – Como assim, senta? Cadê a educação?
GUILHERME – (alterando a voz) Senta!
Luiza senta.
LUIZA – Olha aqui, Guilherme, se você acha que só porque é genro do dono pode falar assim comigo...
GUILHERME – Não sou mais...
LUIZA – Como assim?
GUILHERME – Você sabe quem é a filha do Franchesco?
LUIZA – Sua namorada, ou melhor, ex namorada...
GUILHERME – Sim, mas sabe quem ela é?
LUIZA – Não, eu só ouço vocês falarem dela, mas...
GUILHERME – Luiza, você disse que você é mãe daquele garoto que foi sequestrado. Você é a mãe e o Fábio, filho do motorista do Franchesco é o pai do moleque. É isso?
LUIZA – Sim, mas o que isso tem a ver com você ter terminado o seu namoro? Não to entendendo.
GUILHERME – Tem a ver que a MINHA Ana, acabou comigo pra ficar com o SEU Fábio! E pelo que imagino, você ainda o ama!
LUIZA – O quê? Aquela vadia que anda com o Fábio é a sua Ana, filha do Dr. Franchesco?
GUILHERME – Olha, vou desconsiderar você ter chamado ela de vadia, mas é ela sim. Então, chamei você aqui pra propor uma aliança!
LUIZA – O que você tá pensando?
GUILHERME – Vamos acabar com esse relacionamento da Ana e do Fábio!

Congela em Guilherme diabólico.


FIM DO CAPÌTULO.
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